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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Biondi: O papel fundamental da mídia no pré-privataria

por Luiz Carlos Azenha

Para entender os crimes já desvendados cometidos durante a privatização no Brasil — sem contar os que ainda serão desvendados, durante a CPI das Propinas da Privataria Tucana, ou CPI das PPT — é importante ler o combo.

O combo:



O livro seminal de Aloysio Biondi já é difundido em PDF, pela Fundação Perseu Abramo.

Na segunda parte, Biondi cita pela primeira vez, sem entrar em detalhes, o papel fundamental que a mídia desempenhou em “preparar” a opinião pública para a privataria.

A PRIMEIRA PARTE ESTÁ AQUI

SEGUNDA PARTE

Na surdina, governo garantiu tarifas altas

Houve uma intensa campanha contra as estatais nos meios de comunicação, verdadeira “lavagem cerebral” da população para facilitar as privatizações. Entre os principais argumentos, apareceu sempre a promessa de que elas trariam preços mais baixos para o consumidor, “graças à maior eficiência das empresas privadas”.

A promessa era pura enganação. No caso dos serviços telefônicos e de energia elétrica, o projeto de governo sempre foi fazer exatamente o contrário, por baixo do pano, ou na surdina.

Como assim? Antes de mais nada, é preciso relembrar um detalhe importante: antes das privatizações, o governo já havia começado a aumentar as tarifas alucinadamente, para assim garantir imensos lucros no futuro aos “compradores” – e sem que eles tivessem de enfrentar o risco de protestos e indignação do consumidor. Para as telefônicas, reajustes de até 500% a partir de novembro de 1995 e, para as fornecedoras de energia elétrica, aumentos de 150% – ou ainda maiores para as famílias de trabalhadores que ganham menos, vítimas de mudanças na política de cobrança de tarifas menores (por quilowatt gasto) nas contas de consumo mais baixo. Tudo isso aconteceu como “preparativo” para as privatizações, antes dos leilões.

Mas o importante, que sempre foi escondido da população, é que, em lugar de assinar contratos que obrigassem a Light e outros “compradores” a reduzir gradualmente as tarifas – como foi obrigatório em outros países –, o governo garantiu que eles teriam direito, no mínimo, a aumentar as tarifas todos os anos, de acordo com a inflação. Isto é, o governo fez exatamente o contrário do que jornais, revistas e TVs diziam ao povo brasileiro, que acreditou em suas mentiras o tempo todo.

Além dessa garantia de reajustes anuais de acordo com a inflação, os “compradores” das empresas de energia podem também aumentar preços se houver algum “imprevisto” – como é o caso da maxidesvalorização do real ocorrida no começo de 1999…

E os preços cobrados pelas “compradoras” das telefônicas? Para elas, apesar dos mega-aumentos ocorridos antes da privatização, a obrigatoriedade de reduzir as tarifas dos serviços locais – os mais usados pela população, sobretudo pelo “povão” – somente começa a partir do ano… 2001. Ou seja, o governo, na surdina, combinou que as tarifas não deveriam cair em 1998, 1999 e 2000. E tem mais: para esses mesmos serviços locais, a queda máxima “combinada” é de 4,9% no total.

Quando? Até 2005. Sete anos depois da privatização, o consumidor só terá 4,9% de redução acumulada.

Bem ao contrário do que o governo e os meios de comunicação afirmaram.
FONTE: http://www.viomundo.com.br/denuncias/biondi-o-papel-fundamental-da-midia-no-pre-privataria.html

Privataria tucana: livro usa deputado Emiliano José (PT-BA) como fonte no escândalo da Ilha do Urubu, em Trancoso

A essa altura “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr, já é um best seller. Editado pela Geração Editorial, a primeira edição esgotou-se rapidamente nas livrarias. Em Salvador, a Livraria Saraiva, no Shopping Iguatemi, tem um balcão apenas para vender a obra. O livro fala muito das picaretagens de José Serra e de seu primo, o espanhol naturalizado brasileiro, Gregório Marin Preciado. À página 172, ele cita exaustivamente a denúncia do deputado Emiliano José (PT-BA), em reportagem intitulada “Ilha do Urubu, o paraíso traído”, publicada na revista Carta Capital em 2009.

O título do capítulo 8 do livro é “O primo mais esperto de José Serra”. Ele conta (com muita documentação) como se deu o perdão de uma dívida milionária do Gregório Preciado no Banco do Brasil, no tempo de FHC, o apoio do banco estatal na privataria, a compra de três estatais por Preciado na era FHC e os “altos negócios com um paraíso natural da Bahia”. O primo de Serra conseguiu reduzir 109 vezes o valor da pendência com o BB, uma dívida de R$ 448 milhões por irrisórios R$ 4,1 milhões. O caso foi revelado pelo jornalista Fernando Rodrigues, na Folha de São Paulo.

A chave mágica se abriu para Gregório Marin Preciado em 1983, quando foi nomeado por Serra para o Conselho do Banespa. Os tucanos nem eram ainda tucanos. Em agosto de 1993, Preciado, o primo de Serra, toma um empréstimo de US$ 2,5 milhões na Agência Rudge Ramos. Não consegue pagar e os cofres do Banco do Brasil é que vão pagar. E então a picaretagem vai rolando a dívida, que vai aumentando.

Quando FHC inaugurou a era da privataria, Preciado aparece na Bahia como representante da Iberdrola espanhola, que adquiriu três estatais, entre elas a Coelba, a Cosern, do Rio Grande do Norte e a Ceple de Pernambuco. Preciado Marin tornou-se proprietário de uma mansão de R$ 1 milhão em Trancoso, paradisíaco recanto do sul da Bahia. O mesmo Oásis em que a família Serra busca recuperar-se da labuta. Foi lá que Serra passou o réveillon de 2010. São as ligações mafiosas.

A reportagem “A Ilha do Urubu” compromete o ex-governador Paulo Souto, ao ser derrotado por Jaques Wagner. Souto esvaziou as gavetas do Palácio de Ondina e foi à forra contra os eleitores da Bahia, despachando um “saco de bondades” custeadas pelos cofres do estado, incluindo a outorga a particulares de 17 propriedades rurais, 12 imóveis e 1.042 veículos. “É o que revelou a denúncia do deputado Emiliano José (PT-BA), ampliada na imprensa”, afirma Amaury Jr. Das terras outorgadas, uma foi a Ilha do Urubu, considerada uma das áreas mais valorizadas do litoral do Atlântico.

O capítulo 8 do livro de Amaury Ribeiro desce a detalhes de como foi a operação. No começo de 2010, um Parecer da Procuradoria Geral do Estado declarou nula a doação da terra. As relações perigosas entre Serra, seu primo Gregório Marin Preciado e o ex-governador Paulo Souto foram desfeitas. Vale a pena ler o livro “A Privataria Tucana”. Tem escândalo de fazer dó.
FONTE; http://bahiadefato.blogspot.com/

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Biomassa

Biomassa é toda matéria orgânica não fóssil, de origem animal ou vegetal, que pode ser utilizada na produção de calor, seja para uso térmico industrial, seja para geração de eletricidade e/ou que pode ser transformada em outras formas de energias sólidas (carvão vegetal, briquetes), líquidas (etanol, biodiesel) e gasosas (biogás de lixo).

Projeções indicam que, em 2020, a geração de eletricidade por biomassa atingirá 20,1 GW de capacidade instalada
Em 2010, a participação da biomassa na matriz energética brasileira foi de 31%, dos quais, 17,7% de produtos da cana, 9,5% de lenha e 3,8% de outros resíduos. Para 2020, os estudos do Ministério de Minas e Energia mostram que a biomassa deve passar de 35% de participação na matriz.
As projeções indicam que, em 2020, a geração de eletricidade por biomassa atingirá 20,1 GW de capacidade instalada, respondendo por 11% da capacidade instalada total, contra 7,8 GW em 2010, e 6,6% de participação. A geração por bagaço de cana é a principal indutora do crescimento no período.
Fonte:
Ministério de Minas e Energia
http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/energia/matriz-energetica/bioenergia-biomassa

¿Paranoía? Chávez recuerda que Clinton había mandado a escudriñar datos de la salud de Cristina Fernández, según reveló Wikileaks

Hace 2 años, la Secretaria de Estado de EEUU, Hillary Clinton, ordenó a su embajada en Buenos Aires averiguar si la presidenta Cristina Fernández tomaba medicamentos y cuáles eran, además de otros asuntos sobre la salud de la mandataria argentina.

Así lo reveló este viernes el Presidente de Venezuela, Hugo Chávez, al comentar el contenido de un cable secreto filtrado por la controversial página WikiLeaks, fechado en Washington hace 2 años (Ver http://www.aporrea.org/tiburon/n170487.html), y que hoy toma gran relevancia luego que la mandataria argentina le fuera diagnosticado un cáncer de tiroides.

“Enviado por el Departamento de Estado a la embajada de EEUU en Buenos Aires (…) son solo elementos, pero da qué pensar”, dijo el Jefe de Estado desde Ciudad Caribia, donde encabezó una entrega de viviendas al pueblo venezolano.

“Firmado por la Señora Clinton, preguntando asuntos como estos: 'necesitamos saber sobre la presidenta Cristina, cuáles son sus costumbres personales, cómo enfrenta el estrés del trabajo, si está tomando algún medicamento'", parafraseó partes del contenido del cable secreto.

“¡Y le preguntan a ver si toma un medicamento y cuál es ese medicamento”, destacó Chávez.

“¿Por qué desde Washington están preocupados por la salud de nosotros?. ¿No es eso para sospechar?”, se preguntó.

El Mandatario Nacional reiteró sus comentarios sobre la extraña coincidencia de que a 5 mandatarios progresistas o de izquierda en América Latina les haya dado cáncer en los últimos tiempos.

Recordó que no ha acusado a nadie en particular, solo ha referido comentarios y hechos que en la historia registran cómo se ha atacado a pueblos enteros utilizando los conocimientos de la ciencia. Dijo que en el siglo 20, se lanzaron epidemias como el Dengue Hemorrágico contra el pueblo cubano. “Lo lanzó EEUU a Cuba, eso está comprobado, y no solo allí, también en Vietnam con agentes químicos que producen enfermedades”.

En lo que toca a la extraña enfermedad que afecta hoy a cinco figuras latinoamericanas, Chávez precisó que en EEUU algunos voceros oficiales se dieron por aludidos. “No estoy acusando a nadie, sólo hago una reflexión”, advirtió.

No obstante, el Mandatario venezolano hizo un llamado a cuidarse a sus homólogos de América, especialmente de Bolivia, Ecuador y Nicaragua, para evitar que por extrañas circunstancias aparezcan en el futuro como nuevas víctimas del cáncer.

FONTE: http://www.aporrea.org/medios/n195696.html

domingo, 29 de janeiro de 2012

Começa o plano Dilma:"Programa Ciências sem Fronteiras"

Cerca de 630 estudantes brasileiros selecionados no Programa Ciências sem Fronteiras, do governo federal, tiveram os passaportes carimbados para estudar em universidades norte-americanas. Entre os dias 19 e 23 de dezembro, a Embaixada e o Consulado dos Estados Unidos fizeram um mutirão de entrevistas de vistos em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife para atender a demanda.

Em Brasília, 79 universitários receberam boas-vindas do embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon, em uma recepção típica daquele país, com direito a hambúrguer, refrigerante e batatas fritas. No Rio de Janeiro, 126 universitários foram recebidos pelo cônsul-geral dos EUA, Dennis Hearne; em São Paulo, o cônsul-geral William W. Popp recepcionou 304 estudantes e no Recife coube ao cônsul Usha Pitts receber 118 universitários.

Será uma temporada de um ano para cursar uma graduação no exterior. O Programa Ciências sem Fronteiras foi criado em julho com a finalidade de conceder 100 mil bolsas de estudos até 2014. “Estamos mandando jovens brasileiros, selecionados por mérito, para as melhores universidades do mundo. A iniciativa partiu da presidente Dilma Rousseff, que percebeu em boa hora a necessidade de aumentar o número de jovens brasileiros estudando no exterior.

“A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) faz isso há 80 anos e nos últimos seis anos financiamos 25 mil bolsas no exterior, não apenas nos EUA. Agora é um passo muito maior, porque vamos passar dessas 25 mil para 100 mil bolsas de estudos, incluindo as 25 mil que vêm do setor industrial (privado e público)”, comenta Jorge Almeida Guimarães, presidente da Capes.

O primeiro edital do Programa Ciência sem Fronteiras teve 1.500 selecionados. O anúncio foi feito pela presidente Dilma Rousseff. A Capes coordenou a chamada pública, que teve cerca de sete mil inscrições. Dos selecionados, 841 embarcam em janeiro de 2012 e o restante em julho de 2012.
O projeto envolve estudantes das áreas de engenharia, física, química, biotecnologia, energias renováveis, computação e setores que demandam mão de obra qualificada. A finalidade é qualificar esses estudantes brasileiros e atrair especialistas estrangeiros para o Brasil.

“O programa é uma oportunidade para jovens que talvez nunca teriam ou tiveram essa chance de passar uma temporada, conviver com instituições, com um tipo de ensino muito diferente do nosso, muito mais focada na formação do que na informação. Quando voltarem, eles serão os primeiros a nos ajudar a fazer mudanças no ensino do Brasil”, explica Jorge Almeida.

Meta do programa é atingir 100 mil bolsas

O objetivo do programa é conquistar 100 mil bolsas nos próximos três anos. Alcançada esta meta, o governo financiará 75 mil e o restante deverá ficar por conta da iniciativa privada. O governo investirá R$ 3,1 bilhões. Os beneficiados terão direito a passagens aéreas, bolsa mensal, seguro-saúde, auxílio-moradia e mensalidades escolares.

As 75 mil bolsas serão divididas da seguinte forma: 24.600 para doutorado; 9.790 para doutorado integral; 8.900 para pós-doutorado, 2.660 para pesquisas; 700 para treinamento de especialistas já empregados; 860 para jovens cientistas e 390 para pesquisadores de fora virem ao Brasil. Foram escolhidas as 50 melhores universidades nas áreas de ciências da saúde, engenharia e tecnologia. Entre elas estão Harvard, Stanford, Columbia, nos Estados Unidos. No Reino Unido, a Oxford e o Imperial College, entre outras instituições. “Estamos construindo pontes entre o Brasil e os EUA. Ganham igual os dois países. Os dois lados estão aprendendo, é uma troca recíproca. É importante para nós e fantástico para o Brasil”, ressalta o embaixador americano, Thomas Shannon.
Naira Malaquias, estudante de engenharia civil, acha que, além do conhecimento acadêmico, trará uma bagagem cultural

Além de abrir um canal de comunicação entre Brasil e EUA, a permanência de jovens brasileiros nos EUA é importante para a abertura de mais universidades. “Ter uma parceria com o Brasil nessa parte de ciência e tecnologia é fundamental para a economia do Brasil e a dos Estados Unidos”, argumenta Thomas.

Até 2014 estima-se que os EUA ofereçam 18 mil bolsas de graduação e os demais países, 10 mil. As inscrições estão abertas até o dia 15 de janeiro de 2012.

Expectativas
Os estudantes não veem a hora de viajar. Eles vieram dos quatro cantos do Brasil e passaram por uma seleção concorrida. “Foi estressante, passamos por provas, corremos atrás de várias documentações. Espero adquirir técnicas para o desenvolvimento da tecnologia do país”, diz Fabricio Rodrigues, 24 anos, estudante de engenharia elétrica.

Naira Malaquias, 21 anos, estudante de engenharia civil, menciona que, além de bagagem acadêmica, espera trazer uma bagagem cultural. “Não vamos estar convivendo só com pessoas dos EUA, vamos estar convivendo com pessoas do mundo todo. É uma outra língua, uma outra cultura. Então, espero trazer muita bagagem dentro da minha mala”, disse a estudante.

FONTE: http://aposentadoinvocado1.blogspot.com/2011/12/comeca-o-plano-dilmaprograma-ciencias.html

Analistas aprovam atuação do Banco Central em 2011

Weruska Goeking (wgoeking@brasileconomico.com.br)

Criticado de início, BC acerta mão ao antever a gravidade da situação econômica nos países europeus.

No ano em que o fantasma da inflação voltou a assombrar a população brasileira - mesmo que de forma mais branda -, o governo precisou lançar mão de muitos artifícios para tentar manter a inflação sob controle.

Com inflação acumulada de 6,56% na prévia divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 21 de dezembro, o país ainda está ligeiramente distante do centro da meta, que é de 4,5%. Apesar disso, analistas aprovam a atuação do Banco Central em 2011.

"O grande destaque do ano foi a mudança de comportamento por parte do Banco Central, a partir do momento em que ele se antecipou à crise. Foi uma mudança de paradigma e é quase unânime ouvir no mercado que o BC acertou", afirma Adriano Moreno, estrategista da Futura Invest.

"Mas só o tempo irá dizer se o julgamento que fazemos hoje é o correto", pondera Moreno.

Para Eduardo Velho, economista-chefe da Prosper Corretora, o grande acerto foi a redução de juros, no momento certo, mostrando uma antecipação do Banco Central.

"A crise europeia era maior do que o mercado estava estimando aqui no Brasil e houve muitas críticas quando o BC cortou a taxa básica de juros. Depois, a reunião de outubro já mostrou que a perspectiva é de que comece a cair, mas poucas pessoas vieram na mídia dizer que o BC estava indo bem", conta o economista, que destaca também a política fiscal, com a prorrogação da redução de Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para o trigo, reduzindo o impacto da inflação sobre a cesta básica.

FONTE: http://www.brasileconomico.com.br/noticias/analistas-aprovam-atuacao-do-banco-central-em-2011_111196.html

sábado, 28 de janeiro de 2012

Mini-Guia De Compras Éticas, Ecológicas E Sem Crueldade Animal / Ecological, Ethical And Cruelty-Free Shopping Mini-Guide:

# Produtos de limpeza para a casa:

- Todos os produtos neste link da Quercus, estão à venda em supermecados a preços acessíveis: http://e-loja.quercus.pt/scid/eStore/defaultproductCategoryViewOne.asp?productCategoryId=340
- Ainda há as seguintes opções:
> Marca Sonett: http://greenfibres.server101.com/sonett/sonett_key.php, à venda em lojas de produtos naturais e online aquihttp://www.cemporcentovegan.pt/store.php?cat=16&par=0
> Marca Bio-D: http://www.biodegradable.biz/, à venda em lojas de produtos naturais e online aqui http://www.ecoescolhas.com/67-limpeza-ecologica,
aqui http://pt.efeitoverde.com/Cat-21-Detergentes.html
e aqui http://www.centrovegetariano.org/loja/Cat-24-Detergentes.html
> Receitas para detergentes caseiros
aqui http://www.facebook.com/notes/margarida-mateus/-receitas-caseiras-de-cosm%C3%A9ticos-e-detergentes-naturais/204744262877046
e aqui http://www.ipemabrasil.org.br/receita.htm


# Cosmética e higiene pessoal:

- Para cosmética e higiene pessoal de supermercado, sugiro a Nívea, que não testa em animais e que lançou recentemente a gama Pure & Natural, que tem produtos 95% de origem vegetal:
> Cuidados de rosto:http://www.nivea.pt/Produtos/Cuidado-do-Rosto/pure-and-natural
> Desodorizante em sprayhttp://www.nivea.pt/Produtos/Desodorizantes/Pure-and-Natural%20Action/Pure-and-Natural-Action-Spray-Jasmine-scent e desodorizante roll-onhttp://www.nivea.pt/Produtos/Desodorizantes/Pure-and-Natural%20Action/pure-and-natural-action-jasmine-scent-roll-on

- Sugiro também a Corine de Farme, que também não em animais, e que lançou recentemente a gama Woman, que tem produtos entre 95% e 99% de origem vegetal: http://www.corinedefarme.com/#/home

- A marca de sabonetes Confiança, é vegetal, não testa em animais, é extremamente barata e existe à venda em qualquer supermercado: http://www.confiancasoaps.com/

- A marca Biopha Nature, também parece ser muito razoável.
Aqui o site: http://www.vitarmonylportugal.com/os-nossos-productos/biopha-nature-1
Aqui a página de Facebook: http://www.facebook.com/pages/Biopha-Nature-Portugal-Higiene-pessoal-biol%C3%B3gica-/146700392033444?sk=info

- A marca Naetura, preconiza preços altos, mas é de facto uma das melhores em termos de qualidade (à venda no Jumbo): http://www.kalma-organics.com/

- Nos supermecados LIDL, temos a marca Sahuda Nature, de baixo custo:http://ritavegan.blogspot.com/2011/02/produtos-de-higiene-vegan-de-baixo.html


- Fora dos supermercados, há a opção das lojas O Boticário, que não testam em animais e de há um tempo para cá, têm tido algumas preocupações ambientais, desenvolvendo produtos mais ecológicos.
Aqui o site (com Maquilhagem):http://internet.boticario.com.br/portal/site/Produto/
Aqui a página de Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=100001608987051

- Outra opção é a Yves Rocher, que só não tem o selo de aprovação da Vegan Society porque utiliza mel e cera de abelha em alguns dos seus produtos, de resto, é tudo natural e vegetal, e é uma empresa com imensas preocupações ambientais, procurando desenvolver produtos o mais amigos do ambiente possível: (com Maquilhagem) http://www.yrportugal.eu/yvesrocher.html
O chato em relação à Yves Rocher é que só funcionam por encomendas, e o valor destas tem, obrigatoriamente, de ser superior a €35, mas vale mesmo a pena.
Aqui o site: http://www.yrportugal.eu/encomendas.php
Aqui o catálogo (11 a 29 de Abril de 2011):http://www.yvesrocher.pt/novo/img_upload/campanhas/2011Promo06/inicio.html).
- A marca Faith In Nature, é aprovada pela Vegan Society e considerada uma das melhores em todo o mundo: http://www.faithinnature.co.uk/
À venda aqui: http://www.cemporcentovegan.pt/store.php?cat=28&par=0
aqui: http://pt.efeitoverde.com/Cat-26-Higiene%2Be%2BCosm%25E9tica.html
e aqui: http://www.centrovegetariano.org/loja/


- Recomendo também a loja online 100% Vegan, onde todos os produtos comercializados por esta empresa portuguesa, são aprovados pela Vegan Society:http://www.cemporcentovegan.pt/store.php?cat=28&par=0
Há ainda as seguintes opções online:
> Eco-Escolhas (Com Maquilhagem):http://www.ecoescolhas.com/31-maquilhagem
> Efeito Verde: http://pt.efeitoverde.com/Cat-26-Higiene%2Be%2BCosm%25E9tica.html
> Centro Vegetariano: http://www.centrovegetariano.org/loja/Cat-22-Cosm%25E9ticos.html
> Pegada Verde (Preços altos): http://www.pegada-verde.pt/index.php/cosmetica-biologica.html

- Receitas para cosméticos e higiene pessoal caseiras aqui:http://www.facebook.com/notes/margarida-mateus/-receitas-caseiras-de-cosm%C3%A9ticos-e-detergentes-naturais/204744262877046
aqui: http://ritavegan.blogspot.com/2011/03/champo-e-desodorizante-caseiros.html
aqui: http://ritavegan.blogspot.com/2010/11/pasta-de-dentes-natural-e-caseira.html
aqui: http://www.pvsoap.com/recipe_vegan_lip_balm.htm
e aqui (mencionam alguns ingredientes de origem animal por não se tratar de uma site vegan): http://www.astrologosastrologia.com.pt/magia_beleza.htm

- No que toca a lâminas, ainda não tenho conhecimento de nenhuma que não seja testada em animais, mas a marca Gillette, anda a ceder à pressão dos consumidores e tem estado a substituir parte dos animais por tubos de ensaio para testar as lâminas, portanto achamos que, dentro das cruéis, a Gillette será a menos cruel: http://www.gillette.com/pt/PT/home.aspx

MODIFICADO DE: http://empresastestes.blogspot.com/2011/05/mini-guia-de-compras-eticas-ecologicas.html

Aloysio Biondi: Compre também sua empresa pública

por Luiz Carlos Azenha

Impossível ler Privataria Tucana sem passar, antes, por Aloysio Biondi, em O Brasil Privatizado. É um tema aparentemente complicado mas que ressoa, até hoje, na memória coletiva. Como disse um motorista de táxi que me trouxe certo dia ao Higienópolis, baiano de Vitória da Conquista, ao ingressar no que ele chamou de “território dos bicudos”: “O negócio deles é vender”. O ex-presidente Lula explorou este sentimento muito bem, nos debates que precederam o segundo turno da campanha presidencial de 2006, quando lembrou que Geraldo Alckmin queria vender “até o avião da presidência”. Em 2010, Dilma Rousseff trouxe de volta a Petrobrax, que é o retrato perfeito da relação dos tucanos com o patrimônio público: enfraquece, desvaloriza, descaracteriza, desmilingue e… vende.

O livro já é de domínio público (aqui) e vendeu 150 mil cópias quando ainda não existia a internet. Vale a pena relembrá-lo e disseminá-lo.

PRIMEIRA PARTE

por Aloysio Biondi, em O Brasil Privatizado

Compre você também uma empresa pública, um banco, uma ferrovia, uma rodovia, um porto. O governo vende baratíssimo. Ou pode doar. Aproveite a política de privatizações do governo brasileiro. Confira
nas páginas seguintes os grandes negócios que foram feitos com as privatizações – “negócios da China” para os “compradores”, mas péssimos para o Brasil.

Antes de vender as empresas telefônicas, o governo investiu 21 bilhões de reais no setor, em dois anos e meio. Vendeu tudo por uma “entrada” de 8,8 bilhões de reais ou menos – porque financiou metade da “entrada” para grupos brasileiros.

Na venda do Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj), o “comprador” pagou apenas 330 milhões de reais e o governo do Rio tomou, antes, um empréstimo dez vezes maior, de 3,3 bilhões de reais, para pagar direitos dos trabalhadores.

Na privatização da rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo, a empreiteira que ganhou o leilão está recebendo 220 milhões de reais de pedágio por ano desde que assinou o contrato – e até abril de 1999 não começara a construção da nova pista.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi comprada por 1,05 bilhão de reais, dos quais 1,01 bilhão em “moedas podres” – vendidas aos “compradores” pelo próprio BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), financiadas em 12 anos.

Assim é a privatização brasileira: o governo financia a compra no leilão, vende “moedas podres” a longo prazo e ainda financia os investimentos que os “compradores” precisam fazer – até a Light recebeu um empréstimo de 730 milhões de reais no ano passado. E, para aumentar os lucros dos futuros “compradores”, o governo “engole” dívidas bilionárias, demite funcionários, investe maciçamente e até aumenta tarifas e preços antes da privatização.

Aproveite você também, conheça os detalhes neste livro.

E veja, nas páginas 65 a 68, um balanço das contas que o governo está escondendo.

Promessas e fatos

Irritada, tentando há 15 minutos utilizar um orelhão, Maria coloca o telefone no gancho e desabafa:

– Esse demônio só liga em número errado… É o terceiro orelhão com defeito em que estou tentando, e preciso falar urgente com meu filho, que vai sair para a escola…

– É, tá um inferno mesmo – retruca o Zé, no orelhão ao lado. –

E olhe que já estou sendo forçado a vir fazer ligações no orelhão porque o telefone lá de casa está mudo há duas semanas… E disseram que tudo ia melhorar com a tal privatização… “Telefone instalado, já, já, até em São José da Tapera”. Lembra do anúncio na televisão? Este país…

Diálogos igualmente indignados repetiram-se aos milhares, nas principais cidades brasileiras, nos últimos meses. Não apenas por causa das “telefônicas”, hoje tristemente famosas, mas também em razão dos desastrosos “apagões” da Light, da Eletropaulo, do “raio de Bauru”… Ou dos postos de pedágios que brotaram como cogumelos nas rodovias de São Paulo, Paraná etc., antes mesmo de as empreiteiras “compradoras” terem executado um único centímetro de pista nova… Ou dos bancos, que fecham agências em cidades onde eram os únicos a atender à população… Ou das ferrovias, que não cumprem metas, mas aumentam os fretes… Ou dos fertilizantes, defensivos, remédios para o gado, antes produzidos no país e agora importados e, por isso mesmo, pagos em dólar pelos agricultores…

Todos esses desastres já criaram a convicção de que o famoso processo de privatização no Brasil está cheio de aberrações. Não foi feito para “beneficiar o consumidor”, a população, e sim levando em conta os interesses – e a busca de grandes lucros – dos grupos que “compraram” as estatais, sejam eles brasileiros ou multinacionais. Mas há mentiras ainda maiores a serem descobertas pelos brasileiros, destruindo os argumentos que o governo e os meios de comunicação utilizaram para privatizar as estatais a toque de caixa, a preços incrivelmente baixos.

A venda das estatais, segundo o governo, serviria para atrair dólares, reduzindo a dívida do Brasil com o resto do mundo – e “salvando” o real. E o dinheiro arrecadado com a venda serviria ainda, segundo o governo, para reduzir também a dívida interna, isto é, aqui dentro do país, do governo federal e dos estados. Aconteceu o contrário: as vendas foram um “negócio da China” e o governo “engoliu” dívidas de todos os tipos das estatais vendidas; isto é, a privatização acabou por aumentar a dívida interna. Ao mesmo tempo, as empresas multinacionais ou brasileiras que “compraram” as estatais não usaram capital próprio, dinheiro delas mesmas, mas, em vez disso, tomaram empréstimos lá fora para fechar os negócios. Assim, aumentaram a dívida externa do Brasil. É o que se pode demonstrar, na ponta do lápis, neste “balanço” das privatizações brasileiras, aceleradas a partir do governo Fernando Henrique Cardoso.

FONTE: http://www.viomundo.com.br/denuncias/aloysio-biondi-compre-tambem-sua-empresa-publica.html

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

QUAL A ORIGEM DA PROPRIEDADE DE PINHEIRINHO?

A Justiça mandou invadir.
A PM de São Paulo e de Alckmin/Nahas prontamente atendeu.
E baixou o pau !
A Justiça Federal bem que tentou impedir.
Mas foi esmagada por superior tribunal.
A prefeitura tucana de São José dos Campos se esqueceu de cobrar o imposto que Nahas devia.
E se lixou para os pobres que moravam em Pinheirinho.
Virem-se !
A posse de Nahas sobre as terras é um mistério profundo.
Quem mandou matar a família de alemães ?
De quem Nahas comprou a área ?
Quem grilou a área ?
FONTE: http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/01/25/justica-tucanos-e-privataria-isso-e-pinheirinho-e-o-brasil/

O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) afirmou nesta quarta-feira, em evento do Fórum Social Temático, em Porto Alegre (RS), que a ação policial que resultou na desocupação da região do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), legitima crimes de chacina e grilagem que deram origem à disputa pela área. De acordo com Protógenes, o terreno, que atualmente pertence à massa falida da empresa Selecta, do investidor Naji Nahas, era de uma família alemã que foi brutalmente assassinada em 1969, sem deixar herdeiros.

“A área se reveste de uma origem violenta, de uma chacina, de suspeita de grilagem. E agora o Estado de São Paulo está legitimando esta ação”, afirmou. “Foi uma família de alemães que foi chacinada no ano de 1969, em condições até hoje inexplicáveis, e não deixou herdeiros. Se não deixou herdeiros, essa propriedade era para ser adjudicada em favor do Estado, o que legitimaria a ocupação de qualquer cidadão de São José dos Campos”, argumentou.

Segundo o deputado, o terreno foi posteriormente repassado a Naji Nahas, “de uma forma que até agora não se tem explicação”. “(Nahas) É suspeito de fraude no mercado de capitais, fraude no mercado financeiro, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal. São sucessivas fraudes que este megainvestidor é envolvido no Brasil, e já foi condenado. Já foi preso por mim na Polícia Federal, na operação Satiagraha”, disse Protógenes.

FONTE: http://www.viomundo.com.br/denuncias/protogenes-estado-legitima-crimes-no-pinheirinho.html

A violenta, covarde e ilegal desapropriação do Pinheirinho, área ocupada por 2 mil famílias em São José dos Campos, presenteou o “banqueiro” Naji Nahas. A área é parte da massa falida da sua empresa, a Selecta, e a futura venda do terreno de 1,3 milhão de metros quadrados, avaliado em R$ 180 milhões, ajudará a pagar parte da sua milionária dívida de impostos com a prefeitura local.

Já Daniel Dantas foi presenteado com a notícia de que a Justiça Federal desbloqueou 27 fazendas de gado de sua “propriedade”. Elas tinham sido confiscadas em julho de 2009 em decorrência da Operação Satiagraha, desencadeada pela Polícia Federal para investigar os crimes financeiros patrocinados pelo agiota. Segundo matéria do Estadão de ontem (24), agora os seus "bens" foram liberados.
FONTE: http://altamiroborges.blogspot.com/2012/01/nahas-e-daniel-dantas-fazem-festa.html#more


Após receber informações de que o terreno conhecido como Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), teria sido grilado no passado, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) decidiu acionar a Câmara dos Deputados para pedir que seja investigada a situação da propriedade. O deputado quer saber como a posse da área, que mede cerca de um milhão de metros quadrados, chegou até a empresa Selecta S/A, do investidor libanês Naji Nahas. Hoje, o Pinheirinho pertence à massa falida da Selecta.

O levantamento feito pelo deputado sobre a origem do terreno remonta à década de 1970, quando os donos eram uma família alemã, que foi assassinada e não deixou herdeiros. Um amigo da família, mesmo sem direito sobre o bem, teria tomado posse e, mais tarde, repassado o terreno para uma terceira família. Esses novos donos, por sua vez, teriam vendido o terreno para Naji Nahas. A dúvida do deputado, que comandou na Polícia Federal a Operação Satiagraha, responsável pelo indiciamento de Nahas por evasão de divisas, operação de instituição financeira sem autorização, falsidade ideológica, fraude e formação de quadrilha, é sobre a possível falsificação da escritura do terreno. “Em algum momento, foi fabricado um documento totalmente fraudulento. Coincidentemente, essa titularidade aparece na mão de um fraudador. É fraude em cima de fraude”, suspeita o deputado.

FONTE: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica-brasil-economia/33,65,33,14/2012/01/25/interna_politica,287490/deputado-pede-para-a-camara-investigar-a-documentacao-do-pinheirinho

O local onde hoje se encontra o bairro do Pinheirinho foi uma fazenda de propriedade de uma família de origem alemã , a familia Kubitzky. Seus donos se chamavam Hermann, Artur, Erma e Frida.

A família de imigrantes alemães foi brutalmente assassinada em meados do ano de 1969. A área ficou sem herdeiros, pois seus donos eram bem idosos e solteiros e sem filhos. Existem matérias nos arquivos do jornal Folha de São Paulo e de outros jornais da época falando do caso.

A partir destas informações podemos constatar que em 1981 surgiu um “dono” para essas terras e ele se chama Naji Nahas….

O Pinheirinho, em São José dos Campos, parte da antiga chácara Regio, foi ocupado pelas 2000 famílias há 8 anos.

FONTE: http://molinacuritiba.blogspot.com/2012/01/quem-tem-direito-sobre-area-de.html

Naji Nahas chegou ao Brasil em 1969 com US$ 50 milhões para investir, fugindo da situação de conflito no Líbano, onde morava. Antes, já havia fugido do Egito (onde fora criado numa mansão em um terreno de 10 mil metros quadrados) porque o presidente Nasser expropriou e nacionalizou todos os bens de sua rica família.

Em terras brasileiras, começou com uma granja de coelhos. Nos fim dos anos 70, sua fortuna era de mais de US$ 1 bilhão. Os negócios evoluíram na década de 80 para um conglomerado de 27 empresas, 11 delas pertencentes à Selecta Indústria e Comércio. Controlou a principal seguradora do país e comprou participações na Petrobras.

http://www.pstu.org.br/nacional_materia.asp?id=6943&ida=36

Segundo a prefeitura Municipal de São José dos Campos, em 15/05/1907 a Câmara Municipal desta cidade celebrou um contrato de arrendamento de 400(quatrocentos)alqueires, denominado Campo do Rio Comprido, com a Companhia de Matérias Taníferas. Essa companhia alemã fez em alta escala a cultura de acácias com o fim comercial de materiais taníferas, empregando grande capital no investimento de plantação e benfeitorias.

http://biblioteca.univap.br/dados/000000/0000008A.PDF

A guerra do ópio e o eurocentrismo

Por Emir Sader
Dois livros saem simultaneamente na Inglaterra. Um de Neil Ferguson, tradicional defensor da “superioridade branca”, com o sintomático título de“Civilização: o Ocidente e o resto”, o outro uma boa reconstrução histórica e politica: “A guerra do ópio: drogas, sonhos e a construção da China”, de Julia Lovell. Juntos, compõem um quadro perfeito do mundo colonizador e a mentalidade eurocentrista que o sustenta.

Neil Ferguson retoma sua visão explicitamente eurocentrista, expressa já no significativo titulo do livro. O tom melancólico, sob o cenário da crise atual, que rebaixa o perfil da Europa a níveis inimagináveis até um tempo atrás, serve para uma visão retrospectiva da ascensão e consolidação da Europa como centro do mundo e herdeira de todas as civilizações, como se representasse um ponto de chegada de todas elas.

Paralelamente se publica um reconstrução sistemática da guerra do ópio, com todos os sentidos que o episódio crucial teve. A Europa tinha interesse em comprar grande quantidade de bens da China: seda, chá, especiarias, entre outros. Mas a China não tinha interesse em comprar nada da Europa, o que levava a um comércio totalmente desequilibrado.

A Inglaterra buscou resolver a questão bem ao seu estilo: pela invasão militar, valendo-se da despreocupação da China de ser uma potência militar. “Uma guerra contra uma nação tão infantil nessa arte, seria melhor ser chamada de assassinato”- disse um oficial britânico. Dezenas de milhões de chineses morreram, mas os britânicos sofreram apens alguns ferimentos.

A guerra nem serviu para que o Imperio britânico se expandisse geograficamente, houve apenas a incorporação de Hong-Kong, O fundamental foi impor o livre comércio e, além disso, induzir o consumo de ópio na China, abastecendo esse vasto mercado com a produção realizada na outra grande colônia inglesa – a India. Essa a contribuição da “civilização” ocidental para a China – o consumo do ópio e o livre comércio. Assim se reequilibrava o comércio entre a Europa e a China. O Ocidente ainda propagou uma imagem da China no mundo vinculada ao ópio, que o próprio Ocidente introduziu naquele país.

A guerra do ópio só terminou recentemente, quando o governo chinês demandou a reintegração de Hong-Kong a seu país. Diante das hesitações de Margareth Thatcher, tentando dilatar a decisão, Deng-Xiao Ping lhe disse que recuperariam pela força o território, o que foi suficiente para que a suposta Dama de Ferro devolvesse docilmente Hong-Kong à China.

O Times já temia, um século atrás, que o gigante despertasse e revertesse aquela situação. A China, por sua vez, tirava a lição da necessidade de armar-se para se proteger da cobiça do Ocidente. Cada um pode constatar hoje como mudaram as relações entre a China e o Ocidente, desde então.
VIA; http://www.aldeiagaulesa.net

Cervejarias artesanais dos EUA se preparam para novo boom

As cervejarias artesanais americanas estão apostando alto em suas marcas de pequena circulação.

À medida que as vendas de cervejas artesanais estão corroendo cada vez mais a receita das grandes marcas americanas, dezenas de cervejarias regionais estão investindo milhões de dólares em novos equipamentos, tanques de fermentação e linhas de engarrafamento, enquanto outras estão comprando terrenos e construindo fábricas para atender à demanda.

Duas das maiores cervejarias artesanais do país, a Sierra Nevada Brewing Co., de Chico, na Califórnia, e a New Belgium Brewing Co., de Fort Collings, Colorado, têm uma participação combinada de menos de 1% do mercado americano, mas cada uma planeja investir pelo menos US$ 75 milhões no ano que vem em novas fábricas no leste americano para ampliar a abrangência de sua produção.

A atividade das cervejarias artesanais é um ponto positivo para uma economia americana que ainda batalha para reanimar o setor manufatureiro e a construção civil. O mercado de nicho também está indo contra a tendência das grandes cervejarias americanas, que tiveram em 2011 o terceiro ano consecutivo de queda no volume de vendas de barris de cerveja, segundo firmas que monitoram o setor.

"É como o Vale do Silício agora, ou Florença durante a Renascença", diz Jim Koch, presidente do conselho e fundador da Boston Beer Co., que fabrica a Samuel Adams e é a cervejaria artesanal mais importante dos Estados Unidos.

As vendas de cervejas artesanais dos EUA subiram 14% no primeiro semestre de 2011, para 5,1 milhões de barris, depois de subir 11% ano passado, o que abriu o caminho para elas obterem o índice de crescimento mais rápido desde 1996, segundo a Associação de Cervejarias do país. Sediada em Boulder, no Colorado, a associação do setor define as cervejarias artesanais como "pequenas, independentes e tradicionais" e contabiliza 1.740 delas até o fim de junho, com mais 725 no estágio de planejamento.

A Anheuser-Busch InBev NV, que fabrica a Budweiser, e a MillerCoors LLC, que fabrica a Miller e a Coors, têm juntas mais de 75% do mercado. Mas a dominância delas está diminuindo, já que as pessoas estão abandonando a cerveja do tipo "lager leve" e experimentando cervejas com sabor mais acentuado, como a India Pale Ale, ou a IPA, uma cerveja de trigo com sabor frutado fabricada por muitas microcervejarias locais.

A Boston Beer, que tem cerca de 1% da participação do mercado americano de cerveja, espera gastar pelo menos US$ 35 milhões com despesas de capital ano que vem em suas cervejarias nos Estados de Ohio, Pensilvânia e Massachusetts. O total de vendas da empresa subiu 6%, para 1,8 milhão de barris, nos primeiros nove meses de 2011.

Ken Grossman, fundador e dono da Sierra Nevada, espera definir nos próximos meses o local de sua cervejaria na costa leste americana, e começar a construir no meio do ano que vem. Dois possíveis Estados para a fábrica são a Carolina do Norte e a Virgínia, e o plano inicial é aumentar a capacidade anual em 300.000 barris, com financiamento bancário já garantido para a empreitada. A capacidade "ficará um pouco apertada" antes de a segunda fábrica ser concluída, diz Grossman, cuja cervejaria produziu cerca de 850.000 barris este ano, 8% a mais que em 2010, e está chegando rapidamente ao seu limite de 1 milhão de barris anuais.

A New Belgium, que fabrica a Fat Tire Amber Ale, também espera decidir em breve qual será o local na costa leste onde construirá uma cervejaria com capacidade para 300.000 barris anuais. Sua fábrica no Colorado vendeu cerca de 700.000 barris em 28 Estados americanos este ano. A segunda fábrica vai diminuir o custo com transporte e aliviar gargalos que causaram problemas na cervejaria de Fort Collins, diz Kim Jordan, cofundadora e diretora-presidente da empresa.

Mas algumas pessoas na indústria de cerveja questionam se as cervejarias artesanais voltarão à bolha vista nos anos 90, quando centenas delas abriram as portas e desfrutaram de rápido crescimento antes de uma desaceleração geral nas vendas.

"A torta não está crescendo o suficiente", diz David Peacock, presidente das operações americanas da Anheuser-Busch. "Algum tipo de crise certamente está por vir."
FONTE: http://www.allbeers.com.br/2011/12/cervejarias-artesanais-dos-eua-se.html

domingo, 22 de janeiro de 2012

Adoções especiais | Adotar e Amar

Animais que apresentam problemas de saúde se mostram muito mais afetuosos e fiéis aos seus donos. É como se fossem muito mais gratos por saberem que existem pessoas que aceitam as condições “físicas” em que eles se encontram e que estão dispostos a trocarem muitos carinhos.
Se para os bichinhos sem raça definida já é difícil encontrar um novo lar, imagine para os idosos, por exemplo. Mais difícil ainda é essa adoção se concretizar quando se trata de animais com algum tipo de deficiência física. Sem falar no número de abandono que nesta situação é ainda maior.
Muitas vezes a deficiência é decorrente de situação de maus-tratos a que foram vítimas, seja por negligência ou atos cruéis de seus donos ou de terceiros. Atropelados, chutados ou espancados, a mutilação de órgãos e membros é a sequela mais comum entre eles.
Por outro lado, apesar da triste realidade, pelo menos, a crença antiga de que animais nesta condição precisam ser sacrificados tem se tornado cada vez menos difundida.
Ainda assim, a cultura de que um animal não é descartável é bem mais comum do que se imagina e a eutanásia passa a ser solução para as pessoas que não podem ou não querem mais cuidar de um animal com deficiência.


Entretanto, é preciso entender que a eutanásia é uma decisão complicada que deve ser tomada pelo dono em conjunto com o veterinário e só deve ser cogitada quando se tratar da melhor saída para o animal – em caso de dores e sofrimento excessivo e não apenas porque é mais cômodo para o dono.
Com os sentidos e instintos muito mais aguçados que os nossos, os animais nessas condições, na maioria das vezes, se adaptam facilmente, convivem bem com as suas deficiências e conseguem levar uma vida normal. Entretanto, em alguns casos, há sim limitações, a necessidade de cuidados especiais e de atenção constante.

A veterinária Janaína C. R. dos Reis, do Centro Veterinário Mister Vet alerta: “Não adianta pegar o bicho num momento de dó. Tem que ter a posse responsável do animal. É preciso ter paciência e saber que o bichinho vai exigir mais tempo do dono e, em alguns casos, terá mais despesas.” Ela acredita que quem deseja adotar um bicho deficiente precisa saber direito quais as expectativas de melhora dele. “Isso é importante. O objetivo de uma adoção é dar mais qualidade de vida e melhores cuidados ao animal. Saber a realidade da situação é essencial.”

Um abraço.
Carol e Allan
http://miaaudote.blogspot.com/
twitter: @miaaudote

sábado, 21 de janeiro de 2012

2011: Los nuevos mercados emergentes

Marco A. Gandásegui, h.

En 2011 América latina se movió hacia la consolidación de una mayor autonomía económica frente a EEUU. Al mismo tiempo, empero, estrechó lazos comerciales asimétricos con China. Los sectores populares siguieron la tendencia de votar por líderes de centro izquierda nacionalistas (Perú y Argentina). Este cambio, sin embargo, no modificó la correlación de fuerzas establecida por las políticas neoliberales de los últimos lustros que han debilitado y reducido las organizaciones sindicales.

Los trabajadores precarios e informales, en la coyuntura actual, son en gran parte espectadores de las maniobras de los sectores más “progresistas” de las burguesías regionales que están recuperando los espacios perdidos durante los años oscuros de dictaduras y regímenes neoliberales. La pregunta de fondo es si ¿los efectos del llamado “giro hacia la izquierda” están transfiriendo poder hacia los sectores populares (creando empleos decentes y erradicando la pobreza, entre otras cosas) o, más bien, están contribuyendo a la emergencia de un nuevo mercado latinoamericano?

América latina siguió en 2011 el patrón de cambios inaugurado a principios de la década pasada con la aparición de gobiernos que cuestionan la ortodoxia neoliberal, pero que no rompen con sus políticas. Estos cambios han sido más notorios en los países del continente suramericano. México, Centro América y Colombia, en cambio, conservaron sus estructuras dependientes de EEUU.

Desde el punto de vista económico, la región tuvo un crecimiento del producto interno bruto (PIB) que permitió que las burguesías de algunos países continuaran aumentando sus inversiones y, al mismo tiempo, reduciendo su déficit comercial. Sin embargo, la expansión no introdujo políticas para reducir la pobreza real, la desigualdad ni el empleo informal (precario). Además, los países suramericanos se han convertido nuevamente en exportadores agro-mineros dependientes. En la actualidad, sus economías dependen de sus exportaciones de petróleo y cobre, por un lado, y/o de granos agrícolas, por el otro.

Un cambio que sorprende a muchos observadores es la prolongada declinación norteamericana como socio comercial dominante y su reemplazo por la República Popular China. El país oriental se ha vuelto en menos de una década en el principal destino de las exportaciones de la mayoría de los países latinoamericanos. Las excepciones son México y los países centroamericanos, así como Colombia.

En estos últimos países la presencia militar norteamericana sigue aumentando producto de una política regresiva de los sectores más conservadores. México y Colombia, en alianza con EEUU, mantienen una estrategia militar que niega toda posibilidad de encontrar una solución a la guerra de clases en ambos países. Los sectores más conservadores bautizaron estas luchas con el nombre de “guerra contra las drogas”. En Centroamérica, donde EEUU aún conserva mucha influencia política, la militarización se agudiza. En Panamá donde no existe legalmente un Ejército, hay miles de hombres sirviendo en la milicia y en 2011 se hicieron compras multimillonarias en armamentos sofisticados.

EEUU no ha abandonado su política golpista cuya víctima más reciente fue Honduras en 2009. En 2011 amenazó a Cuba y sigue creando situaciones para socavar la estabilidad de Venezuela. En el caso de Nicaragua creó una crisis fronteriza con su vecino, Costa Rica. El caso más problemático es México donde EEUU interviene en forma creciente en sus estamentos militares y alimenta a los “carteles de drogas” con armas y mercancías ilícitas.

En el Caribe la situación de Puerto Rico se deteriora cada vez más resultado de su relación colonial con EEUU. Las protestas se han generalizado como consecuencia de la reducción de ingresos de los trabajadores (reformas fiscales) y el cierre de servicios públicos de primera necesidad (salud y educación). Haití, mientras tanto, no sale del infierno en que se encuentra con motivo de las reformas neoliberales impuestas por EEUU. En 2011 sufrió una crisis alimenticia al descubrir que los cambios le impedían producir arroz, rubro básico de su población.

Cuba dio un salto audaz para salir del acoso de medio siglo de su vecino norteamericano. Como estrategia para dinamizar la producción y distribución de bienes y servicios aprobó políticas para reducir el sector público y aumentar la economía por cuenta propia. La medida pretende generar un mercado interno de pequeños productores que complemente el mercado externo. Los cambios, sin embargo, no han reducido la agresividad del gobierno norteamericano. Incluso, los cinco cubanos detenidos en EEUU siguen tratados en el marco de un régimen casi extra-judicial.

Mientras que en el resto del mundo – con excepción de China – las economías tambalean producto de la crisis global de producción capitalista, América latina lograba sostenerse e, incluso, recuperarse con relación a 2009 y 2010. En parte, esto se debió al vínculo comercial con China y la estrategia expansionista hacia nuevos mercados. La presencia económica de Brasil se siente en toda la región. Chile se agita en el Cono Sur y Perú. Colombia expande sus tentáculos hacia Centro América. En esta competencia por el mercado regional tanto México como Argentina han quedado rezagados.

El aparente auge económico, sin embargo, no favoreció a los sectores populares. En el marco de las políticas neoliberales, aún prevalecientes, la pobreza se trató de disimular con medidas focales consistentes en la distribución de bienes, servicios y efectivo entre las familias en situaciones más precarias. En Brasil se anunció la disminución de la pobreza oficial en un 20 por ciento como consecuencia de la ejecución de programas focalizados. El país que tuvo mayor éxito en este rubro fue Venezuela con una disminución de la pobreza extrema en un 50 por ciento.

Los programas focales, sin embargo, no frenaron los movimientos y conflictos sociales que se extienden de un extremo al otro de la región. Estos se concentran en las áreas donde el capital incursiona con mayor fuerza. Por un lado, la expansión minera, agropecuaria e inmobiliaria genera choques violentos – muchas veces sangrientos - con las comunidades. Por el otro, educadores, estudiantes y trabajadores de la salud se encuentran en un estado de movilización permanente, producto de las políticas de desregulación y privatización.

El llamado “giro a la izquierda” también sentó las bases para la creación de la Comunidad de Estados de América Latina y el Caribe (CELAC) con el aparente liderazgo de Brasil y Venezuela. Sin embargo, se aseguró la presencia de los gobiernos conservadores de Chile, México y Colombia. CELAC tiene un objetivo político claro y, a la vez, una estrategia económica que privilegia el reordenamiento del mercado regional. CELAC, el Mercosur y UNASUR – por sus implicaciones políticas y económicas - son mal vistas por Washington y el segmento más atrasado, pero importante, de las clases empresariales del hemisferio. No es casual que la prensa norteamericana, así como los medios más poderosos de la región, están a la espera de una definición de la correlación de fuerzas al interior de la CELAC para pronunciarse.

- Marco A. Gandásegui, hijo, es docente de la Universidad de Panamá e investigador asociado del Centro de Estudios Latinoamericanos (CELA) Justo Arosemena. http://marcoagandasegui11.blogspot.com



FONTE; http://www.alainet.org/active/51735

Só há memória subterrânea

Em um pequeno texto, do ano de 1925, Freud lembrava que a negação constitui “uma forma de tomar conhecimento do que foi reprimido” (Freud, 2011, p. 277). Embora a negação não seja uma aceitação do reprimido, negar implicaria “um levantamento da repressão”, capaz de dar testemunho de uma divisão mais profunda entre as faculdades intelectuais e a dimensão afectiva.
Entre os sons moucos brandidos pelos discursos oficiais, as decisões dos tribunais superiores, o fórceps para fazer nascerem instituições encarregadas do impossível - a exemplo da Comissão Nacional da Verdade (Lei Federal n. 12.528/2011), cuja tarefa política é a de reproduzir simbolicamente o silêncio – o Estado Brasileiro e o governo federal não tem cessado de reinstaurar o negacionismo como postura intelectual e política fundamental de nosso tempo.
O primeiro dos sintomas desse negacionismo encontra-se na recusa pelo Supremo Tribunal Federal em declarar a não-recepção da Lei de Anistia pela Constituição da República de 1988. Quase que paralelamente ao ajuizamento da ADPF 153 pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil perante o STF, em 26 de março de 2009 o Caso Gomes Lund e Outros contra a República Federativa do Brasil era recebido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, situada na cidade de San José, na Costa Rica, tendo por objeto responsabilizar a União por detenção arbitrária, tortura e desaparecimento forçado de 70 pessoas (membros do Partido Comunista do Brasil e camponeses da região) como resultado de operações do Exército brasileiro empreendidas entre 1972 e 1975 com o objetivo de erradicar a Guerrilha do Araguaia.
A derrisória defesa brasileira, que chegou a alegar em seus últimos estertores, a perda de objeto da demanda - dado que o STF, em abril de 2010, julgou constitucional a Lei de Anistia -, acabou derrotada pela sentença de 24 de novembro de 2010 proferida no âmbito de uma Corte Internacional de Direitos Humanos.
Desnecessário lembrar que os votos dos Ministros do Supremo Tribunal Federal que redundaram na decisão da ADPF 153, se não ignoraram completamente as disposições de Direitos Humanos aplicáveis ao caso, não atenderam sob nenhum aspecto à jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos que considera permanentes, e logo insujeitos à prescrição, os crimes de lesa-humanidade.
A Corte interamericana de Direitos Humanos concluiu que as disposições da Lei de Anistia brasileira não podem obstar a investigação e a punição dos responsáveis por graves violações de direitos humanos, especialmente em se tratando de lei de autoanistia, preceito incompatível com a Convenção Americana de Direitos Humanos segundo a jurisprudência da Corte Internacional. Reconheceu, ademais, o caráter permanente do desaparecimento forçado, a imprescritibilidade dos crimes e a violação do dever brasileiro de tipificar o desaparecimento forçado de pessoas. Ainda, consubstanciou-se a violação ao direito à verdade e da integridade pessoal (especialmente psicológica) dos familiares das vítimas.
Diante disso, a CIDH fixou uma série de reparações, determinando ao Estado brasileiro a investigação, o processamento e a punição dos responsáveis pelas violações de direitos humanos na época da ditadura, o esclarecimento público do paradeiro das vítimas, o atendimento psicológico a ser dispensado aos familiares das vítimas que o desejarem pela via do sistema de saúde pública.
Determinou, ainda, que se desse ampla publicidade da condenação, com ato público de reconhecimento de responsabilidade internacional, prevendo como garantias de não-repetição a criação de um programa permanente e obrigatório sobre direitos humanos em todos os níveis hierárquicos das Forças Armadas, tipificação penal do delito de desaparecimento forçado, acesso, sistematização e publicação de documentos em poder do Estado sobre os fatos, instituição de Comissão da Verdade etc. Finalmente, oportunizou-se às vítimas o acesso a indenizações por danos materiais e imateriais.

* * *

Muito além de expor a fratura entre as interpretações nacional e internacionalista dos Direitos Humanos, o caso Gomes Lund expõe o negacionacionismo de fundo que há décadas orienta as políticas institucionais brasileiras empenhadas em acertar contas com o passado ajustando-o a um discurso histórico oficial. É Freud quem, há pouco, auxiliava-nos a compreender que a postura negacionista implica o reconhecimento do negado ao mesmo tempo em que o reprime, e que a negação testemunha uma ruptura entre dimensões afectivas e intelectuais.
A divisão encontrada por Freud entre afecto e intelecto na negação, com toda a sua ambiguidade, poderia remeter à clivagem entre discurso oficial e memória subterrânea que o sociólogo e germanista francês Michael Pollak (1989) apresentava em Memória, esquecimento, silêncio. Por oposição à memória institucional, as memórias subterrâneas, dos grupos marginais, dos excluídos, são as memórias do sofrimento e da dominação.
O campo das disputas sobre a memória e seus signos esteve sempre aberto: memórias segmentarizadas, de Estado, enunciados oficiais permeados por excessos do perdão e negligências pardas, encontram-se com linhas de ruptura que são subrepticiamente desenhadas, cingidas, esboçadas pelas memórias subterrâneas que se infiltram pelos espaços não-oficiais e podem quebrar suas linhas molares.
Se, como quiseram Nietzsche e Clastres, a memória, mas também a lei, é inscrita no corpo a partir de um sistema de afectos e de crueldade, são as memórias subterrâneas, não raro resistentes na morada de seu silêncio, que podem emergir e travar combates no campo da formação simbólica do político. Combates, guerras de guerrilhas, não guerras de abolição: não se trata de suprimir os discursos oficiais, mas de penetrá-los por baixo, pelas costas, traí-los, fazerem-se cravar o ferrão nas próprias costas, pronunciar no interior dos espaços institucionais – e também para muito além deles – as linhas de ruptura de que os saberes de Estado, as investigações documentais e o poder jamais serão capazes.
O que Pollak, como Freud, compreenderam muito bem é que a negação está longe de ser um dispositivo puro de reconhecimento ou de repressão: a negação é um misto; negar-se a cumprir a decisão da Corte Interamericana, como vem fazendo o Estado Brasileiro já há um ano, nem reprime o conteúdo negado – pois algo sombrio dele se desprende e parece persistir como uma memória silenciosa, roída por dentro – nem o dá integralmente à vista.
A decisão do caso Gomes Lund constitui um dos primeiros espaços institucionais povoados pelas memórias subterrâneas. A negação de seu cumprimento constitui, mais que uma atitude hipócrita, o gesto do reprimido daquele que confessa: o momento enrubescente em que a repetição consciente do “Não é isso” torna-se, sem que percebamos, afirmação: “Não, é isso”.
A negação, no entanto, não contém nunca a condição para sua própria superação dialética. O que sua impenetrabilidade inaparente e atual oferece, com a rotura entre o intelectual e o afectivo, é o próprio limiar entre o silêncio e o simbólico: pequenas rahaduras no interior das continuidades supostamente monolíticas, linhas de fuga ou de ruptura que se insinuam por entre as linhas de segmentariedade dos aparelhos de Estado. Esse limiar constitui a positividade possível do passado que Deleuze afirmava ser o fundamento do próprio tempo: só há memória subterrânea.
FONTE: http://murilocorrea.blogspot.com/2011/12/so-ha-memoria-subterranea.html

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A Privataria Tucana e o livro de Aloysio Biondi

Por Jasson de Oliveira Andrade

O livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. é um fenômeno de vendas. Segundo consta da capa do livro, a obra revela “a fantástica viagem das fortunas tucanas até o paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas”. Fantásticas e estarrecedoras. Em um capítulo do livro, Amaury comenta o livro de Aloysio Biondi, “O Brasil Privatizado”, que trata do mesmo assunto, mas A PRIVATARIA TUCANA é mais completo, visto que trata da lavagem de dinheiro, baseado em documentos da CPI do Banestado, desconhecidos por Biondi. Em 1999, escrevi um artigo, publicado pelo Jornal do Guaçu, que já não existe mais. O que se vai ler a seguir, é o que escrevi naquela época.

O BRASIL PRIVATIZADO
JASSON DE OLIVEIRA ANDRADE
“O economista Aloysio Biondi escreveu um pequeno grande livro, focalizando as privatizações no Brasil. Por esse livro, “O Brasil Privatizado”, podemos constatar que existem privatização e “privatização”. A respeito da primeira, ensina Biondi: “A febre da privatização e o impulso ao chamado neoliberalismo teve seu ponto de partida na Inglaterra, com a primeira-ministra Margaret Thatcher. Mas mesmo a “dama de ferro” fez tudo diferente do governo Fernando Henrique Cardoso: a privatização inglesa não representou a doação de empresas estatais, a preços baixos, a poucos grupos empresariais [como aconteceu no Brasil]. Ao contrário: seu objetivo foi exatamente a “pulverização” das ações, isto é, transformar o maior número possível de cidadãos ingleses em “donos” de ações, acionistas das empresas privatizadas”.
Já a “privatização” à brasileira (Collor e FHC) é diferente. Ao invés de democratizá-la, concentra a venda a poucos privilegiados. Além disso, existiram facilitações, as quais, segundo Biondi, transformaram-na em um “negócio da China”. Praticamente, a “privatização” foi uma doação.
E os benefícios que as “privatizações” trouxeram ao Brasil? Segundo Biondi, o governo dizia que o dinheiro arrecadado com a venda serviria para reduzir a dívida interna (do governo federal e dos estados). O economista afirmou que aconteceu o contrário: “o governo “engoliu” (assumiu) dívidas de todos os tipos das estatais vendidas, isto é, a privatização acabou por aumentar a dívida interna”. Disse ainda Biondi: “as empresas multinacionais ou brasileiras que “compraram” as estatais não usaram capital próprio, dinheiro delas mesmas, mas, em vez disso, tomaram empréstimos lá fora para fechar os negócios. Assim, aumentaram a dívida externa do Brasil. (…) Em resumo: as privatizações agravaram o “rombo” externo e o “rombo’ interno. A política de crédito do BNDES (aos “compradores”) agravou a recessão (e, conseqüentemente, o desemprego)”.
Um fato revelado pela VEJA (14.06.1995, página 62) confirma as revelações de Aloysio Biondi. A revista diz que o líder sindical Luiz Antônio Vieira Albano (Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda) e fundador do PT, “desde 1990, quando brigou com os colegas do sindicato para sair em defesa da privatização, começou a melhorar de vida. Por baixo seu patrimônio é calculado em 500.000 dólares”. Albano declarou à VEJA: “Se todos ganharam com a privatização porque o neguinho aqui não iria ganhar? “ Sem comentários!
Outro fato que endossa as críticas de Aloysio Biondi são as declarações do empresário Antonio Ermírio de Moraes ao jornalista Antonio Carlos Seidl (Folha, 3/11/1999). Ao comentar a decisão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de financiar grupos estrangeiros no leilão (privatização) da energética paulista Tietê (CESP), ele disse: “Para o capital de fora é até vergonhoso [na minha opinião vergonhoso foi FHC permitir isso]. Que tragam o seu dinheiro para cá. Nós somos pobres e eles são milionários. Por que precisam da gente? [gente aí é FHC]. É UM ABSURDO (destaque meu). O ponto básico é esse: tragam o dinheiro para cá, mas não chupem os cofres daqui, que já são tão limitados”.
Eis aí o retrato do “Brasil privatizado”. Pelo menos Collor (Fernando I) e FHC (Fernando II) poderiam ter imitado Margaret Thatcher!
A frase do liíder sindical à Veja, em 14/6/1995, tornou-se atual com a publicação do livro “A Pirataria Tucana”.
JASSON DE OLIVEIRA ANDRADE é jornalista em Mogi Guaçu.
Dezembro de 2011

VIA: http://humbertocapellari.wordpress.com/2011/12/26/a-privataria-tucana-e-o-livro-de-aloysio-biondi-por-jasson-de-oliveira-andrade/

Dane-se o tempo

Tinha um cara.

Esse cara estava atrasado.

Ele tinha uma poesia na cabeça.
Dane-se o tempo.

Esse poema falava e ecoava e ricocheteava.
Quase gritava.

Dane-se o tempo.


Escrito por KS Nei , Quinta-feira, Dezembro 29, 2011

FONTE;http://corsarios-efemeros.blogspot.com/2011/12/dane-se-o-tempo.html

Aprovada concessão de benefícios trabalhistas para conselheiros tutelares

Assim como os demais trabalhadores, os membros dos conselhos tutelares passarão a ter direito a salário, férias, 13º salário, licenças paternidade e à gestante, além de cobertura previdenciária. A concessão desses benefícios foi estabelecida em projeto de lei (PLS 278/09) da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), aprovado na quarta-feira (21/12/11), pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.

O funcionamento dos conselhos tutelares é regulado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Após ajustes no texto feitos pelo relator, senador Gim Argello (PTB-DF), o PLS 278/09 vinculou esse organismo à administração pública local e ampliou o mandato dos conselheiros de três para quatro anos, com direito a reeleição.

O relator também introduziu inovações na proposta. Em primeiro lugar, admitiu a instalação de mais de um conselho tutelar no Distrito Federal e em municípios divididos em microrregiões ou regiões administrativas. Depois, eliminou a garantia de prisão especial em caso de crime comum para o conselheiro tutelar, avaliada pelo relator como medida "discriminatória e inconstitucional".

Ainda de acordo com o projeto, a escolha dos membros do conselho tutelar ocorrerá - em todo o território nacional - sempre no primeiro domingo após o dia 18 de novembro do ano seguinte ao das eleições majoritárias. A posse dos eleitos deverá se dar no dia 10 de janeiro do ano posterior ao processo de escolha.

Tramitação – A matéria, que tramita em caráter conclusivo, ainda passará pela apreciação da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa da Casa.

Com informações da Agência Senado

VIA:http://www.direitoshumanos.gov.br/clientes/sedh/sedh/2011/12/23-dez-2011-aprovada-concessao-de-beneficios-trabalhistas-para-conselheiros-tutelares

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

MESTRES DA HIPOCRISIA, TUCANOS CONTAM COM A DESINFORMAÇÃO E A MEMÓRIA CURTA DO ELEITOR

No balanço de um ano de governo Dilma, eles atacam a maior taxa de juros do mundo, o risco de calamidade energética e uma política cambial errática; de quem eles estão falando mesmo? Estariam se olhando no espelho?

Não anda fácil a vida do PSDB. O partido termina o ano manchado pela publicação do livro A Privataria Tucana . Para tentar colocar outro partido em pauta, o presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra, divulgou um documento que faz uma crítica do primeiro ano de governo de Dilma, que surfa em popularidade. Mas, quem lê, enxerga mais os oito anos da era perdida tucana. Exemplo...
Quando falam em juros, tucanos tiveram absurdos 42% ao ano.

Quando falam em crise fiscal, tucanos "esquecem" levaram a dívida de 40% para 65% do PIB.

Quando falam em calamidade energética, tiveram o apagão de 2004 por falta de investimento.

Quando falam em câmbio errático, tiveram o dólar de 1 a 4 reais.

Criticam até o acumulo de reservas externas de 400 Bilhões, que é justamente o que hoje fortalece o Brasil e nos coloca longe de perder novamente a soberania para o FMI.

Os tucanos querem que os desavisados, os desinformados e os de memória curta pensem que o Brasil pode ser melhor com eles quando nunca foi.

FONTE: http://soldadonofront.blogspot.com/2011/12/mestres-da-hipocrisia-tucanos-contam.html

"A maior indenização por racismo da história do Brasil"

Organizações de mulheres negras receberão indenização da Sony Music (Portal Geledés).

Foi confirmada em, 14.12.2011, por 5 a 0, a decisão do TJ RJ, com cinco desembargadores, que remete para 1.200 (hum mihao e duzentosmil) a indenização a ser paga por Sony Music à entidades de mulheres negras lideradas por Criola, e outras, por conta da música "Essa negra fede", de autoria do palhaço e deputado federal Tiririca.

A Sony já depositou 600 mil. Faltam os outros 600. Como advogado das entidades de mulheres negras só posso me congratular com o TJ/ RJ por estabelecer "a maior indenização por racismo da história do Brasil, pequena ainda se comparada com outros segmentos de dano moral, por exemplo". Parabenizo o Dr. Fernando Cabral, jovem e brilhante advogado que me representou no julgamento de hoje, vez que impedido por outros compromissos profissionais. Humberto Adami Existem petições/ofício a serem juntados ao processo Data : 07/12/2011

Protocolo : 2011.400349 | Leia o Processo | (Fonte: Blog do Humberto Adami)
VIA; http://www.soscorpo.org.br/home/entry/qa-maior-indenizacao-por-racismo-da-historia-do-brasilq.html

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A MADAME NA CALÇADA E OS SEM-TETO NA PAULISTA

por ALCEU LUÍS CASTILHO (@alceucastilho)

Esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta. Diante do prédio do Banco do Brasil, onde funciona o escritório do governo federal em São Paulo, centenas de trabalhadores sem-teto reúnem-se diante de um carro de som, ocupando uma faixa da avenida. Até ali apenas buzinas sinalizavam desprezo dos paulistas mais apressados às reivindicações dos trabalhadores – por desapropriações na cidade e no campo.

Era meio-dia desta quinta-feira. Uma comissão de 13 representantes dos movimentos acabara de sair de reunião com a chefe de gabinete do escritório, Rosemary Nóvoa de Noronha. Ela telefonou durante o encontro para o ministro Gilberto Carvalho, da Secetaria Geral da Presidência da República, que marcou uma audiência para o dia 19.

Tensão adiada, vitória dos sem-teto. Com o prédio do Banco do Brasil esvaziado (ele fora ocupado até o terceiro andar pelos manifestantes), todos ocupam novamente a faixa no leito da Paulista. Outros aglomeram-se na calçada, espremidos entre a sede do banco e a estação do Metrô Consolação.

Uma senhora passa bufando, abrindo alas. Não foi a única insatisfeita: em outro momento dos protestos um senhor aproximara-se dos policiais para fazer uma recomendação: “Pode bater. Não tem dó”.

Mas a senhora apressada disputa ela mesma o espaço: avoluma-se diante dos trabalhadores, os braços ocupando os centímetros da calçada. Estava com pressa. E desprezava aquela manifestação – ou aquelas pessoas. No carro de som, o porta-voz percebe a tensão e grita: “Está brava, madame?”

Risos. Risos gerais dos sem teto – na faixa ocupada na Paulista, na calçada e no carro de som. Guilherme Boulos, da coordenação nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) é quem comanda o microfone. Momentos antes, no Masp, ele dissera aos manifestantes que aquela avenida – aos 120 anos – costuma ser ocupada por representantes da elite, por banqueiros. E por carrões. E que era o momento de ser ocupada pelos trabalhadores.

A palavra “madame” representava tudo isso naquele momento. “Está brava, madame?”, repete Guilherme Boulos. “Mas nós não vamos sair daqui não, madame. Nós vamos ficar aqui na Paulista!” Ele não perde tempo e puxa um grito dos manifestantes, uma palavra de ordem que clama pelo “poder popular”. A madame some, invisível.

O episódio lembra aquele da manifestação dos estudantes da USP, há duas semanas. A Folha de S. Paulo publicou no dia seguinte uma foto em que duas senhoras aparecem em primeiro plano. Elas estão revoltadas contra os manifestantes. Uma delas, rosto contraído, estende ostensivamente a eles o dedo do meio.

“UM PAÍS SEM POBREZA”

Este blog acompanhou, desde o Masp, a ação dos sem teto. Diante da ocupação dos três andares do prédio do Banco do Brasil (que cede um andar ao governo federal), a notícia tornou-se inevitável nos meios de comunicação. Mas quase ninguém da grande imprensa (eu só vi a CBN) estava no terceiro andar, onde Boulos chegou a bater boca com Rosemary, a representante do governo.

“Se não vão nos receber voltamos à situação anterior (de ocupação massiva do prédio)”, disse ele, diante de um recuo da chefe de gabinete. “Isso é uma ameaça?”, pergunta Rosemary. “Não”, responde Boulos – que apenas cobrava o cumprimento do acordo. Mas a reunião logo aconteceria.

Treze representantes dos movimentos participaram da comissão. A massa desceu para a calçada da Paulista e restaram oito profissionais de imprensa (na maior parte, alternativa) diante da porta de vidro. Naquele andar não há símbolos do Banco do Brasil, mas sim o do governo federal. Nas paredes laterais, fotos de Dilma e de Lula. Na parede ao fundo, sob o logo do governo, a frase: “País rico é um país sem pobreza”.

Antes da reunião, palavras de ordem soavam alto no terceiro andar – com um calor escaldante, quase todos suando muito. “Ô Dilma, eu vim aqui só pra te ver!” “Um dois três, quatro, cinco, mil, ou dá a nossa casa ou paramos o Brasil”.

Os principais grupos presentes eram o MTST, o MST (regional Campinas), o MUST (Movimento Urbano dos Sem Teto) e os representantes da Fábrica Ocupada Flaskô. Todos enfrentam ameaças de desocupações. Essa foi uma das três pautas de reivindicações, a serem discutidas no dia 19 com Gilberto Carvalho e com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes.

Em particular, os sem teto temem a reintegração de posse da ocupação Pinheirinho, em São José dos Campos, com 2 mil famílias – que pode acontecer a qualquer momento, pois uma juíza exige o cumprimento de decisão judicial. Este blog publicará na segunda-feira texto específico sobre esse conflito.

Outra pauta na reunião com os ministros será a das desapropriações. Os sem teto querem uma Política Nacional de Desapropriações. Por um lado, a dos terrenos urbanos, diante da especulação imobiliária e da necessidade de moradia. Por outro, das terras rurais – diante dos latifúndios. A desapropriação da Fábrica Ocupada Flaskô, em Sumaré (SP) também é uma reivindicação.

Finalmente, os sem teto querem protestar contra a criminalização dos movimentos populares. Essa criminalização ocorre pelo país por meio de repressões policiais, processos e prisões. O caso dos estudantes da USP foi mencionado como um dos exemplos recentes. Muitas manifestações democráticas acabam em repressão.

Mas ontem os policiais estavam calmos – nitidamente orientados a aceitar o ato e a passeata. Alguns pedestres, eles sim, estavam assanhados – o que mostra a base política e cultural para as ações repressivas.

Ao menos nesta quinta-feira, a truculência resumiu-se ao corpanzil de uma senhora, la madamedisputando espaço na calçada.
VIA: http://www.mtst.org/index.php/noticias/178-a-madame-na-calcada-e-os-sem-teto-na-paulista

2011 - O ANO DA DERROCADA DA "GAFE" (GLOBO -ABRIL - FOLHA - ESTADÃO) PORTA VOZ DO INSTITUTO MILLENIUN

DE: http://007bondeblog.blogspot.com/2011/12/2011-o-ano-da-derrocada-da-gafe-globo.html
O leitor e comentarista assíduo do nosso blog, Vincent Van Blogh, com base na matéria sobre a "briga" entre Aécio e Serra, faz uma excelente análise da atuação da mídia e da oposição. Reproduzimos o seu comentário, agradecendo ao autor, e aos demais comentaristas e visitantes que nos honraram com a presença e opinião no ano que em em breve se encerra. Continuem conosco em 2012.

Caro Bond, o episódio ilustra bem como o demo-tucanato não tem nada para apresentar à população a não ser uma coleção de egos inflados, além de um problema sério de síndrome de abstinência do poder.


Durante os últimos 9 anos não vimos uma única proposta proveniente do demo-tucanato para o futuro da nação.

Na falta de projetos ou propostas, o que vimos foi uma grande dúvida existencial: devemos ou não devemos sustentar o legado FHC?

Fora isso, Bond, o demo-tucanato ficou a reboque da oposição midiática, liderada por D. Judith do Instituto Millenium.

A GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão, tropa de choque desse instituto, entoou o samba-de-uma-nota-só, procurando atribuir ao governo todas as mazelas provenientes da corrupção. Tentaram incutir na população que o grave problema da corrupção surgiu no Brasil a partir da ascenção de Lula em 2003.

Evidentemente, faltou credibilidade para sustentar a tese e a população, muito sabiamente, nela não embarcou.

Como forma disfarçada de atingir o Governo Lula, há um sutil ataque "aos políticos" de forma generalizada. "São todos corruptos e são todos farinha do mesmo saco". Esta é claro a senha golpista. Afinal se os políticos são todos corruptos por que não sermos governados por "não políticos"?

O problema da corrupção no Brasil é muito antigo. E dela se beneficiaram muitos dos não políticos que hoje se apresentam como "indignados".

Parece que, contrariamente à logica, no Brasil não existem os corruptores. Só os corruptos.

Podemos incluir entre os corruptores, não exaustivamente, todas as empreiteiras, todas as concessionárias de rádio e televisão, todos os grandes grupos de mídia impressa, que sempre mantiveram relações carnais com os "políticos corruptos", isso quando não comeram e beberam diretamente dos "favores" do Departamento de Estado norte-americano.

Inclua também o pequeno corruptor, aquele quer paga a cervejinha para o guarda, em troca de "um jeitinho" e que sabe inflar os pulmões para gritar contra a corrupção... alheia.

O livro do Amaury chega em boa hora, pois se a indignação demonstrada contra a corrupção for verdadeira, não podemos ficar apontando apenas para A ou B, esquecendo de C. Teremos que ir muito fundo em busca de todos os atores que sempre souberam se beneficiar do poder e que agora, tantos anos afastados, não conseguem mais esconder sua síndrome de abstinência.

A democracia, caro Bond, implica o revezamento no poder, sim. Mas com esses atores (FHC, Serra, Aécio, Alckmin) a oposição não voltará. Felizmente.

Quem sabe, um dia, com novas ideias a serem apresentadas à população, com novos nomes, e, acima de tudo, com novas práticas que lhes deem a credibilidade, ora ausente, uma nova oposição possa surgir.

Como não nasci casado com o governo, nesse dia até eu poderei, quem sabe, apoiar esta nova oposição. Afinal, como todo governo, este também não é perfeito. Por enquanto, quero que essa gente nefasta, gente hipócrita, se afaste.

E se for para nos manifestarmos contra a corrupção, vamos sim. Há muita coisa extremamente suja que necessita ser investigada e colocada ao sol.

domingo, 15 de janeiro de 2012

“O Brasil precisa se constranger por aprovar um Código Florestal como esse”

Por Vinicius Mansur
Do Comitê Brasil em Defesa das Florestas

Pedro Gonijo é professor de filosofia da Universidade de Brasília e secretário executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz - CBJP, organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB (entidades integrantes do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável).


Em 2007, a Campanha da Fraternidade trouxe o tema da Amazônia. Em 2011, o lema é “A Fraternidade e a Vida no Planeta”. Neste ano também, a CNBB compôs o Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, na luta contra o desmantelamento do Código Florestal. O que os vem movendo nessa direção?

A CBJP tem em sua tradição o trabalho em defesa dos direitos humanos, dos direitos sociais que, em última instância, se traduz numa defesa da vida. Isso faz parte da própria concepção cristã de justiça, de vida para todos, em qualidade, em abundância. O projeto que nós defendemos enquanto cristãos - e a CBJP como um organismo da CNBB nesse processo – é de promoção da vida plena para todos, especialmente dos mais vulneráveis.

Entramos na discussão do Código Florestal a partir das nossas próprias discussões, mais especificamente das Campanhas da Fraternidade voltadas para o meio ambiente, mas de um modo geral dessa busca de lutar pela vida, sobretudo onde a vida é mais ameaçada. E nas nossas avaliações, um dos aspectos em que a vida tem sido mais ameaçada tem sido na destruição da biodiversidade, com o desenvolvimento predatório que a nossa civilização ocidental desenvolveu, que dentro do atual modelo econômico vem crescendo. Isso é uma forte ameaça não só às vidas humanas atuais e das futuras gerações, mas também às outras formas de vida existentes no planeta.

Nós não podemos defender apenas os direitos da espécie humana e dizer que o direito a vida é um direito só dos humanos e não das outras formas de vida. Nós acreditamos que preservar as outras formas de vida é preservar a nossa própria vida. Esse é o mote maior no qual nos inserimos e o desmantelamento do Código Florestal é uma causa específica.

Há um crescimento do envolvimento da comunidade cristã com essas questões?

O processo de massificação de qualquer temática é difícil. A maior parte das pessoas se dá conta da realidade que se apresenta de forma mais imediata e mais próxima. A maioria das pessoas está preocupada com a sua sobrevivência imediata, numa sociedade cada vez mais competitiva, com o capitalismo cada vez mais aprofundado, com o processo de exploração cada vez maior e que muitas vezes, inclusive, dispensa a exploração de muitas pessoas, jogando-as no desemprego.

Agora, nós percebemos que, a partir dessa discussão da defesa da vida, das proposições das Campanhas da Fraternidade, a defesa geral do desenvolvimento sustentável e do respeito ecológico tem crescido.

Com relação ao Código Florestal, qual é a sua avaliação sobre as mudanças que ele vem sofrendo no Congresso Nacional?

O Código precisaria diferenciar algumas coisas, como a agricultura familiar, precisaria evitar a possibilidade de criminalizar pessoas de pequenas posses que no passado ocuparam, na forma como se sabia, como se tolerava. Mas a maior parte das questões que são preocupantes no Código vigente poderiam ser resolvidas por legislações infraconstitucionais, por portarias, por decisões do Conama [Conselho Nacional do Meio Ambiente], enfim, nós não precisaríamos de um novo Código Florestal.

Para nós, o próprio fato de entrar em pauta a reforma do Código já é uma derrota colocada, não pelo agronegócio, mas pelo agrobanditismo. Porque, na verdade, para a própria existência do agronegócio é fundamental a existência de água e água em abundância, é fundamental a existência de terra e terra de qualidade. São estes de visão imediatista que estão defendendo de forma tão ferrenha aquilo que está produzindo esse “Frankenstein” do Código Florestal. Portanto, consideramos que há um processo de involução, de retrocesso legislativo no que se refere à proteção ao meio ambiente no Brasil.

E como o senhor avalia a atuação do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável?

Eu sou apaixonado pela existência do Comitê. Acho que ele conseguiu reunir gente muito diferente, que tem bandeiras de luta ou representa setores da sociedade bem diferentes, mas que conseguiram de forma paulatina construir uma compreensão do que era fundamental nesse processo, colocando de forma muito tranqüila, muito honesta, quais eram os limites de cada organização. Tudo em busca de um entendimento maior de que sem unidade, fracionando as nossas forças, nós não teríamos condições de lutar contra o que está acontecendo. Matrizes de pensamento e prática social tão diferentes conseguiram produzir uma unidade para uma ação política fundamental nesse momento.

Se não fosse o Comitê Brasil o resultado teria sido muito mais catastrófico, provavelmente a essa altura do campeonato, teríamos um texto bem pior aprovado pelo Congresso. Acho que esse é o grande ganho. Quando a gente diz pensar um projeto de sociedade, cada um de nós tem posições muito diferenciadas, mas se tem algo que a gente consegue fazer junto, acho que é um ganho que não pode se perder. Inclusive, acho que o Comitê Brasil poderia passar a discutir outras pautas tão relevantes quanto o Código Florestal que talvez permitissem uma continuidade dessa união.

De que maneira o Comitê influiu?

Em primeiro lugar, o Comitê consegui ter capilaridade na sociedade, sensibilizar uma parcela significativa dela. A coleta de assinatura que foi conseguida [1,5 milhão de assinantes] é reveladora de que esse tema tem eco na sociedade. A gente pode dizer que em volta das pessoas que participaram dessas assinaturas tem um universo bem maior que provavelmente tem simpatia e, se continuássemos, poderiam participar.

Em segundo, o processo de incidência política no Congresso e no Executivo. Ao repetirmos constantemente quais são os compromissos da presidente Dilma, no que se refere a não aprovar nada que permita a manutenção e ampliação do desmatamento, nós estamos incidindo e dizendo ao governo “a sociedade está de olho naquilo que vai ser o posicionamento da presidência e naquilo que tem sido o posicionamento no governo”. E o processo de incidência dentro do Congresso foi fundamental. No senado, o relatório apresentado pelo senador Jorge Viana expressava alguns avanços, apesar de não resolver as principais contradições oriundas da Câmara dos Deputados.

Quais são os principais problemas que permanecem no texto enviado de volta à Câmara?

Vou citar os que eu acho mais emblemáticos e que precisaríamos reverter ou conseguir um veto da presidente. Não há separação clara do que deve ser o tratamento dado a agricultura familiar e o que deve ser dado aos médios e grandes produtores. Também não está bem feita a diferenciação no que se refere às áreas desmatadas e no que se refere às áreas de proteção ambiental. Nesse sentido, essa anistia promovida aos médios e grandes proprietários de terra é nefasta. Outro ponto é a proteção dos pequenos rios onde há faixas de recomposição, que caiu pela metade, dos 30 para 15 metros.

Terminado esse ano, com a votação marcada só para o ano que vem, o que esperar do Comitê no Próximo período?

Precisamos ampliar a nossa articulação com as organizações internacionais, com parlamentos e governos de outros países que estejam mais sensibilizados para a questão ambiental. A destruição do meio ambiente em qualquer lugar do planeta deixa de ser assunto somente de um país e passa a ser um problema que afeta o clima no mundo inteiro.

Há uma série de lutas sociais que já foram feitas no Brasil que só conseguiram ganhar força quando conseguimos parcerias em outros países que tinham condição de pressionar o Brasil. Inclusive em função da Rio+20. O Brasil precisa se constranger por aprovar um Código Florestal como está se dando, em função de estar se prontificando a sediar uma conferência que deveria discutir justamente um outro patamar civilizatório no que se refere ao respeito ao meio ambiente, ao desenvolvimento sustentável.

Temos que conseguir criar uma pressão de fora para dentro e continuar esse trabalho com a sociedade brasileira. Além de continuar o trabalho de incidência política, as conversas de deputado a deputado, de partido a partido, pressionar para que as lideranças, as direções dos partidos venham a público, mostrar a cara e fazer esse debate.

Temos que desmontar alguns discursos. Um é o de que este texto é de consenso, porque ele só é de consenso dentro de algumas lideranças dentro do Congresso. A população, seja em função das assinaturas, seja em função das pesquisas de opinião, tem expressado sua completa discordância. Quando você junta num comitê desde ex-ministros do meio ambiente de governos tão diferentes, reúne movimentos de tantas diferenças, como Via Campesina, WWF, ISA, Greenpeace, CUT, CNBB, OAB e organizações sociais que não são ligadas, em princípio, ao meio ambiente significa que aí sim você tem uma representação da sociedade bastante forte.

O que se vê no Congresso é um pequeno grupo com forte poder econômico e de pressão política para conseguir fazer alterações no Código Florestal. A segunda falácia é a que afirma que esse texto aprovado é o “caminho do meio”, por não atender só a ambientalistas ou só a produtores rurais. Isso é uma falácia porque qualquer mudança no Código que, de alguma forma, permita manter e ampliar o desmatamento, que reduza as áreas de proteção permanente e dê anistia a quem desmatou, se distancia de uma da posição virtuosa, ou seja, que defenda, de fato, um desenvolvimento sustentável e seja comprometida com as futuras gerações.

FONTE: http://www.mst.org.br/O-Brasil-precisa-se-constranger-por-aprovar-um-Codigo-Florestal-como-esta-se-dando

GLOBO S/A PRESTA ASSESSORIA POLÍTICO MIDIÁTICA DESDE 1989

Após 22 anos, Boni admite que Globo armou contra Lula para eleger Collor


Debate decisivo da eleição de 1989, que na prática elegeu Fernando Collor, foi conspirado e arrumado pela emissora. "Colocamos as pastadas todas ali com supostas denúncias contra Lula, mas estavam vazias", revela o ex-chefão global.

Todos já sabiam sobre a manipulação de imagens por parte do jornalismo da Rede Globo, no Jornal Nacional, um dia depois do debate do dia 14 de dezembro de 1989 entre os candidatos à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor de Mello.

Agora, felizmente, 22 anos após o ocorrido, o homem que formatou o “Padrão Globo de Qualidade” simula uma "revelação bombástica" para lançar sua nova obra, "O Livro do Boni": a Globo manipulou o debate.

Em entrevista ao jornalista Geneton Moraes Neto, transmitida pela Globo News, José Bonifácio Sobrinho, o Boni, dá detalhes da noite do debate, cuja repercussão foi considerada fundamental para a vitória no segundo turno de Collor de Mello, uma vez que antes do acontecimento os dois políticos estavam em situação de empate técnico.

Boni admitiu que a emissora assumiu o lado de Fernando Collor de Mello. Segundo ele, após ser procurado pela assessoria do ex-presidente, o superintendente executivo da Globo, Miguel Pires Gonçalves, pediu que ele palpitasse no evento. “Eu achei que a briga do Collor com o Lula nos debates estava desigual, porque o Lula era o povo e o Collor era a autoridade”, contou. “Então nós conseguimos tirar a gravata do Collor, botar um pouco de suor com uma `glicerinazinha` e colocamos as pastas todas que estavam ali com supostas denúncias contra o Lula – mas as pastas estavam inteiramente vazias ou com papéis em branco”, disse Boni. “Todo aquele debate foi [produzido] – não o conteúdo, o conteúdo era do Collor mesmo -, mas a parte formal nós é que fizemos”.

Ao contar algo que todos já sabiam, fazendo questão de acrescentar detalhes picantes, para ter mais repercussão - trechos de sua entrevista já foi replicada por diversos veículos e portais de comunicação - o ex-chefão da Globo conseguiu protagonizar um dos maiores eventos literários do ano.

Ao contar algo que todos já sabiam, fazendo questão de acrescentar detalhes picantes, para ter mais repercussão - trechos de sua entrevista já foi replicada por diversos veículos e portais de comunicação - o ex-chefão da Globo conseguiu protagonizar um tiro no pé, um dos maiores eventos escândalos literários em que confessa preferência, interesses e a prestação de um serviço político midiático por um veículo privado.
VIVA!!
FINALMENTE TEMOS A CONFISSÃO DE ALGUÉM DE DENTRO COM A IMPERIOSA E NECESSÁRIA VERDADE MOSTRANDO QUE CERTOS VEÍCULOS PRIVADOS DE COMUNICAÇÃO SÃO UM PERIGO PARA A DEMOCRACIA!

FONTE: http://soldadonofront.blogspot.com/2011/11/emissora-presta-assessoria-politico.html

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

CUT 2012: a Central será fundamental na luta pelo desenvolvimento sustentável

Para Carmen Foro, é preciso ampliar a proteção social e expandir a criação de empregos verdes e decentes
Escrito por: CUT Nacional

Entre os dias 15 e 22 de junho de 2012, o Brasil sediará a Rio + 20. A Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável tem papel mobilizador e buscará comprometer as nações com o desenvolvimento sustentável atrelado à justiça social. O que se espera, para além de uma declaração política, é a consciência de que somente a cooperação entre os povos e o compromisso assumido por cada um e por todos os governantes, sobretudo do Norte, apontará caminhos para redução das desigualdades e dos impactos sociais e ambientais que hoje assolam o planeta.

Os temas centrais da Conferência são Economia Verde e Governança. Secretária de Meio Ambiente da CUT, Carmen Foro, lembra que a CUT está diretamente envolvida no processo de discussão e vem atuando em diversos espaços para fortalecer a posição do movimento sindical. “Entre nossas demandas para a Rio+20 estão a ampliação da proteção social, para levar seguridade a 5 milhões de pessoas no mundo que não tem acesso a proteção social adequada; uma Taxa sobre a especulação financeira, um imposto de 0,05% geraria cerca de 600 milhões de dólares por ano, quase três vezes a ajuda oficial ao desenvolvimento de 2008 (ODA) e objetivos nacionais de criação de empregos verdes e decentes, fazendo com que os investimentos públicos em setores potencialmente verdes possam criar uma ponta entre os objetivos sociais, emprego e ambientais”, destaca.

A CUT integra a Comissão Nacional da Rio + 20 e o Comitê Facilitador Brasileiro da Sociedade Civil e internamente criou um grupo de trabalho que reúne-se para dialogar as demandas das secretarias que se articulam com a Conferência, definindo conjuntamente a estratégia CUTista.

Também como forma de unificar a luta do movimento sindical, a CUT realizou em conjunto com a CSA, a FES e o Idecri, nos dias 10 e 11 de novembro, o “Seminário Internacional Rio + 20: Trabalho e Desenvolvimento Sustentável - A perspectiva do Movimento Sindical das Américas”. O Encontro buscou definir a estratégia da classe trabalhadora para o mundo do trabalho, fortalecendo, assim as posições do movimento sindical das Américas para a Rio + 20.

Por um Código Florestal sem retrocessos
Neste ano uma das principais batalhas do movimento sindical, social e ambiental foi travada no parlamento: impedir retrocessos na Lei 4771/1965, o Código Florestal.

A Central definiu sua posição e se articulou junto a outros movimentos da sociedade civil na defesa de mudanças no Código Florestal para buscar atualizar a Lei, que não continha instrumentos adequados para a agricultura familiar, sem, porém, pactuar com retrocessos.

Em abril, a CUT organizou o seminário “As mudanças no Código Florestal e os Desafios para o Desenvolvimento Sustentável”, no Congresso Nacional, e desde então vem se articulando para impedir retrocessos.

Após grandes embates na Câmara e mesmo com a resistência dos movimentos, o novo Código Florestal foi votado e aprovado em maio de 2011 e em dezembro último no Senado. Sem levar em conta esses atores. “Mesmo alertados pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), pelo Ministério Público, por acadêmicos, ambientalistas e pesquisadores sobre os riscos que as mudanças podem causar para as populações, o Código Florestal foi votado no Senado sem ter resolvidos seus principais problemas. Ele legaliza as atividades agropecuárias instaladas em áreas ambientalmente importantes, sem um forte mecanismo que impeça novos desmatamentos, e anistia quem desmatou”, critica Carmen.

O Código Florestal irá à votação na Câmara em março do ano que vem, a três meses, portanto, da Rio + 20. A batalha dos movimentos no primeiro trimestre deve ser para garantir o veto da Presidenta nos pontos críticos não solucionados pelo Senado.

O clima das COP´s
Outro encontro importante, a 17ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-17), prevista para ocorrer de 28 de novembro a 09 de dezembro teve de se estender até o dia 11 de dezembro para conquistar uma negociação com algum avanço. O movimento sindical foi a Durban pedindo por um pacote equilibrado em três grandes blocos: um segundo compromisso do protocolo de Kyoto, um acordo legalmente vinculante, e pelo Fundo Verde climático democrático, com fundos para mitigação e adaptação e com mecanismos de governança. Um acordo vinculante para ser adotado em 2015 com metas diferenciadas para países desenvolvidos e em desenvolvimento parece ainda mais impraticável.

“Ainda não temos o que o mundo vem esperando. O que os países fecharam em Durban foi um acordo pouco ambicioso em sua totalidade. Mais do que nunca, trabalhadores e sindicatos ao redor do mundo devem fortalecer suas ações no âmbito nacional. Precisaremos tornar nossas vozes ainda mais altas”, ressaltou Carmen.

Desafios para 2012
Para a secretária do Meio Ambiente da Central, a Rio + 20 representa uma oportunidade para o mundo e para o Brasil entrar no caminho para um novo modelo de desenvolvimento baseado no crescimento sustentável e construído com justiça social. “Uma forte mobilização dos trabalhadores para a Rio + 20 demonstrará que estamos prontos para o desafio. A mobilização está sendo articulada nos diversos espaços internos da CUT e um conjunto de atividades estão sendo preparadas, dentre elas a realização do segundo Diálogo com negociadores na cidade de São Paulo em parceria com a CSI-CSA-FundaçãoSustainlabour.”

A CUT iniciará uma parceria num projeto promovido pela Sustainlabour de formação para os trabalhadores e trabalhadoras no tema da biodiversidade, com a participação dos Secretários e Secretárias de Meio Ambiente para atualizar o projeto cutista e compartilhar as ações para a Rio+20. Também integrará o Comitê de Produção e Consumo Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, atuando no Comitê com as demandas sindicais nesta discussão que é estratégica para o estabelecimento de uma nova forma de produção e consumo. Outro espaço que conta com participação da Central é o Comitê Assessor da Educação Ambiental, que fará no próximo ano a Jornada pela Educação Ambiental articulando-se para a Rio + 20.

A Central integra ainda o Comitê do Fundo do Clima e participa dos planos setoriais nacionais que deverão ampliar-se em 2012. “Outros importantes temas, como a Campanha contra o uso dos agrotóxicos e a soberania alimentar devem ocupar um lugar de maior centralidade nas nossas demandas deste ano.

A definição da Central Única dos Trabalhadores para 2012 de que aumentaremos as mobilizações visando fortalecer a pressão para alcançarmos o desenvolvimento sustentável com justiça social, distribuição de renda e valorização das relações de trabalho vem se somar as outras inúmeras ações da estratégia da nossa Central”, comenta.

Para Carmen Foro, a disputa pelo novo modelo de desenvolvimento para o Brasil neste momento de crise é estratégica e fundamental. E o tema ambiental ganha centralidade com os debates gerais do conjunto da pauta de negociação coletiva do conjunto da classe trabalhadora.
FONTE: http://www.cut.org.br/destaques/21627/cut-2012-a-central-sera-fundamental-na-luta-pelo-desenvolvimento-sustentavel