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sábado, 22 de setembro de 2012

O perfil dos candidatos à prefeitura de SP! - por Marcos Doniseti!


Neste texto, irei fazer um perfil resumido dos principais candidatos à prefeitura de São Paulo, que são Haddad, Serra e Russomano, bem como fazer um comentário sobre o governo atual, de Gilberto Kassab, do PSD. Vamos lá, então:
 1) Haddad foi um excelente ministro da Educação: ProUni, ENEM, PDE, Fundeb, Caminho da Escola, 224 novas Escolas Técnicas, 14 novas Universidades Federais, etc. Poucos ministros da Educação da história brasileira tem tanto a mostrar quanto ele. No aspecto administrativo ele dá um banho em todos os outros. O segundo melhor, em termos de gestão, que é o Chalita, perde feio para ele. O resto não existe. Haddad, porém, sofre com os mesmos problemas que Dilma enfrentou em 2010, ou seja, é um novato em campanhas eleitorais e era muito desconhecido do eleitorado até antes de começar a campanha eleitoral no rádio e na TV. E tal como Dilma, Haddad também conta com o apoio do presidente Lula.
Mas, aqui, temos que ressaltar que, desta vez, o apoio de Lula se limita, essencialmente, à participação no rádio e na TV. O câncer de Lula, mesmo tendo sido curado, é claro que o deixou mais debilitado e, com isso, o ex-presidente não tem mais condições de fazer como fez com Dilma, quando a levou pelo país inteiro, durante a campanha, e discursou em todos os comícios da vitoriosa campanha da atual presidenta da República.
 No entanto, Fernando Haddad tem uma outra liderança, dentro do PT, que poderá ajudar e muito na sua campanha, que é a da ex-prefeita, e atual senadora, Marta Suplicy. Esta é muito popular na periferia paulistana e entre o eleitorado petista, que são justamente os eleitores que Haddad precisa conquistar para conseguir passar para o 2o. turno e poder enfrentar Russomanno. Assim, Marta representará, para Haddad, nesta campanha eleitoral, o mesmo que o então presidente Lula significou para Dilma em 2010.
 Entendo que existe uma grande chance de que essa participação, cada vez mais intensa, da ex-prefeita Marta Suplicy na campanha petista, poderá fazer a diferença e ajudar bastante na ida de Haddad para o segundo turno.
 2) Russomano não tem experiência administrativa alguma (nunca administrou um carrinho de pipoca na vida sequer). Seu plano de governo é um festival de generalidades ocas e vazias. Não diz nada com coisa alguma. Cresceu nas pesquisas por ser bastante conhecido do eleitorado, devido à sua fama de defensor dos 'direitos dos consumidores', ao espaço generoso que tem na mídia há mais de 20 anos, ao apoio da Igreja Universal, pelo fato de ter sido fortalecido pelo governador Alckmin, doido para se vingar de Serra pela traição de que foi vítima em 2008.
 Mas, em termos de propostas de governo, experiência administrativa e soluções viáveis para melhorar a situação da cidade e dos paulistanos, não tem quase nada a apresentar. No máximo, ele daria um bom diretor do Procon. Mais nada.
 3) Serra é o atraso, puro e simples, e sem credibilidade alguma. Discurso igual ao das campanhas anteriores, perdeu força devido à 'fadiga de material tucano' em SP, como disse FHC. Traduzindo a fala do FHC:  Ninguém mais aguenta ver o Serra na tv falando sempre as mesmas asneiras e as mesmas mentiras de sempre, como as de que ele criou o FAT, o Seguro-Desemprego, os genéricos, construiu sozinho o Rodoanel, a Floresta Amazônica e o Oceano Atlântico.
 Serra também se desgastou muito pelo abandono precoce da prefeitura de SP em 2006, apenas 15 meses depois da posse, mas principalmente em função do péssimo segundo mandato de Kassab, que gerou o atual caos vivido pelos paulistanos. Serra e Kassab abandonaram os paulistanos e, agora, são abandonados por eles, recebendo um mais do que merecido troco.
 Sua candidatura foi totalmente esvaziada pelo governador Alckmin, que tirou três apoios partidários certos dele: PP, PTB e PSB, todos da base de Alckmin na Assembléia Legislativa e com cargos no governo.
 4) Chalita é o que tem a melhor experiência administrativa, depois de Haddad, é claro, mas as suas realizações (como os programas Família na Escola e Escola de Período Integral) não se comparam com as do ex-ministro da Educação de Lula, que são muito mais vastas.
Mas, talvez isso se deva ao fato de que o PSDB nunca deu prioridade para a educação, em momento algum de sua história, onde quer que tenha governado. Apesar de possuir boa presença no vídeo (algo importante nas campanhas eleitorais atuais), Chalita é prejudicado pelo fato de que o PMDB paulista virou um partido nanico em SP devido aos muitos anos em que foi dominado pelo ex-governador Orestes Quércia, já falecido. Tanto isso é verdade que Chalita somente conseguiu fechar aliança com outros partidos nanicos (PSC, PSL, PTC).
 Talvez a sua candidatura, caso ultrapasse os 10% dos votos, possa significar o começo da reconstrução do PMDB paulista, mas isso não será uma tarefa fácil e nem rápida. Teria alguma chance na eleição, se ocorresse um desembarque maciço dos tucanos na canoa da sua campanha e Alckmin fizesse o mesmo, 'cristianizando' totalmente a candidatura de Serra. Se Chalita não for para o 2o. turno, no mínimo, ele deverá sair com uma imagem positiva da campanha, o que poderá credenciá-lo a tentar novamente na próxima eleição, mas já com maiores chances de vitória, dependendo do desempenhio do próximo prefeito, é claro
5) Soninha é candidata pelo PPS que, aqui em São Paulo, e em grande parte do Brasil, não passa de uma sublegenda do PSDB. Sua maior preocupação parece ser a de, sempre, ajudar os candidatos tucanos, de alguma forma (criticando os principais adversários deles, por exemplo).
Até porque ela tem uma grande dívida com eles, que arrumaram emprego para grande parte da família dela no governo do estado. Enquanto ela não se livrar dessa imagem de candidata que fica sempre à reboque dos tucanos, servindo como linha auxiliar dos mesmos, estará condenada a ficar sempre com algo como uns 5% dos votos, não mais do que isso.
 6) Paulinho é o candidato de um partido que, pelo menos em SP, não tem muita perspectiva de poder e que ora se alia ao PT, ora ao PSDB. Suas propostas não são muito bem explicadas ou detalhadas e sua candidatura parece ser mais uma maneira de dar uma legenda e visibilidade na mídia para os integrantes da Força Sindical, bem como para ele próprio. Assim, Paulinho sempre consegue se eleger, sem dificuldades, para deputado federal e o PDT também sempre elege alguns vereadores e deputados (em 2010, o PDT elegeu 3 deputados federais e 4 deputados estaduais por São Paulo).
 7) Giannazi se limita a fazer o discurso que o PSOL faz no país inteiro, que é o seguinte: 'Nós somos os únicos bons, puros e honestos. Todos os outros são corruptos. Logo, votem em nós'. Heloisa Helena e Plínio de A. Sampaio falaram, essencialmente, a mesma coisa nas eleições presidenciais de 2006 e de 2010. Não conseguiram coisa alguma com isso e o mesmo irá acontecer com Giannazi que, pelo menos, irá aparecer na mídia e, assim, garantirá uma eleição certa para deputado federal em 2014.
 O PSOL se credencia, assim, e rapidamente, para se tornar 'a UDN da Esquerda festiva' e a legenda predileta de jovens bem nascidos e bem nutridos (vulgarmente conhecidos como sendo 'Mauricinhos' e 'Patricinhas') que estudam em universisdades estatais gratuitas e que, mesmo assim, reclamam do Bolsa-Família.
 O partido, inclusive, deveria aproveitar o embalo e passar a se chamar 'Partido do Socialismo Lacerdista', visto que a cada 10 palavras que pronunciam 9 é 'corrupção'. Assim, pelo menos, a sigla PSOL seria preservada... rs. Os membros do PSOL são muito bons para reclamar de tudo e de todos. Fora isso, não tem mais nada a apresentar. Sua especialidade é falar mal do PT, de onde grande parte dos seus integrantes são egressos. Alguns dos seus integrantes foram expulsos do PT, enquanto outros saíram atirando do partido atirando para tudo quanto é lado e falando mal do Lula, do Zé Dirceu, do Bispo, do Papa e do Chico Barrigudo.
 A grande contribuição do PSOL, até o momento, foi a de ajudar a acabar com a CPMF, que financiava a Seguridade Social brasileira (que reúne a Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde Pública), prejudicando imensamente aos trabalhadores brasileiros.
 Apesar disso, os membros do PSOL insistem em dizer que ninguém fez mais pela classe trabalhadora brasileira do que eles. Acredite, se quiser...
 8) Levy Fidelix e Eymael: São os candidaros folclóricos. Consta que são dois empresários muito ricos e que, com certeza, adoram aparecer na mídia e se ver na mesma. Controlam os seus partidos do mesmo jeito que administram as suas empresas, visando o lucro, é claro. Eles sempre saem candidatos porque, desta maneira, mantém as suas legendas (ou empresas?) ocupando espaço na mídia e, em coligação com partidos maiores, acabam elegendo alguns parlamentares. Com isso, seus partidos-empresas passam a ter direito a dinheiro do Fundo Partidário e a tempo na televisão, o que permite ao partido manter espaço na mídia, pegar dinheiro do Fundo Partidário e eleger novos parlamentares...
 E assim vai, como num círculo virtuoso (pelo menos para eles, é claro). Fidelix ainda tem o 'mérito' de apresentar idéias que, depois, são 'copiadas' por candidatos de partidos maiores, como são o caso do 'Anel Viário' (que virou o Rodoanel) e do AeroTrem (o trem voador...) que virou o Monotrilho.
Como esse já começou a ser construído em muitas cidades pelo país afora, Fidelix, no debate da RedeTV!, mostrou senso de oportunidade e já apresentou duas novas idéias 'revolucionárias' e às quais ele deverá martelar nas próximas campanhas eleitorais: o motoremédio e o motomédico... rs... Sensacional!!!
 Desejo muita saúde ao Levy Fidelix e torço para que continue se candidatando. Assim, teremos, pelo menos, alguns momentos divertidos nos debates e no horário eleitoral.
 Quanto ao atual prefeito, Kassab, ele simplesmente não fez alguma coisa na cidade em seu segundo mandato. Essa história de acabar com as escolas de lata, como ele tanto gosta de falar, é piada e começou no governo Marta. Além disso, se não tivesse pelo menos isso em 8 anos, então era melhor se aposentar da política, mesmo. Aliás, quase tudo o que Kassab diz que fez, na verdade foi obra da Marta. Os CEUs que ele fez já estavam licitados ao final do governo Marta.
O mesmo vale para o hospital do M’Boi Mirim. O Hospital Cidade Tiradentes já estava pronto quando o governo de Marta terminou. Era só equipar e contratar funcionários.
A renovação da frota e a reestruturação do sistema de transporte coletivo, com a criação do Bilhete Único, também foi obra da Marta. Resumindo: São Paulo ficou 8 anos sem governo (2005-2012) e por isso virou esse caos total no qual se encontra atualmente.
 E se os paulistanos elegerem Russomano (cuja candidatura foi vitaminada pelo Alckmin, para se vingar de Serra, que o traiu há quatro anos, como já demonstrei aqui no blog), ficará mais 4 anos assim.
 Te cuida, São Paulo!
 MODIFICADO DE: http://guerrilheirodoentardecer.blogspot.com.br/2012/09/o-perfil-dos-candidatos-prefeitura-de.html

Marcos Coimbra: O Paraíso, o Inferno e o mensalão


por Marcos Coimbra, em CartaCapital
 Na mitologia de muitas culturas, existem narrativas sobre os caminhos que se abrem em função das escolhas que fazemos.
 Em algumas versões, são lendas que nos levam a pensar nas consequências práticas das ações presentes, no modo como determinam nosso futuro no mundo. Em outras, referem-se ao que nos aguarda no além-túmulo. Na tradição do catolicismo popular, por exemplo, temos a crença do encontro da alma com São Pedro, que, zelando pelas chaves da Porta do Céu, só deixa entrar no Paraíso quem tiver mantido vida justa na Terra. Quem não, endereça ao Inferno. Para muitos muçulmanos, o primeiro destino da alma é determinado nos instantes que sucedem a morte. Chegam os anjos Munkar e Nakir e a interrogam, fazendo três perguntas: “Quem é teu Senhor? Quem é teu Profeta? Qual é tua religião?”. Os que acertam ficam à espera da ressurreição em alegria, os que erram são torturados até o Dia do Julgamento.
 São muitas histórias semelhantes e, em todas, um mesmo recado: quem faz a coisa certa é recompensado, quem se desvia paga. Nas labaredas do Inferno. A ansiedade dos ministros do Supremo Tribunal Federal perante o julgamento do “mensalão” é compreensível. Receberam da Procuradoria-Geral da República uma denúncia que os especialistas consideram mais frágil que a que foi feita contra Fernando Collor. E aquela foi tão inepta que caiu por terra na primeira análise! O fulcro da acusação é uma palavra inventada por um personagem famoso pela falta de seriedade.
Nada, nem uma única evidência foi produzida em sete anos de investigações que demonstrasse que funcionou no Congresso Nacional, entre 2004 e 2005, um esquema de compra de votos para aprovar medidas de interesse do governo Lula. O que torna a existência da “quadrilha do mensalão” uma fantasia. Quem duvidar, que leia a denúncia e verifique com seus olhos se ela aponta as votações e os votos que teriam sido negociados (o número do inquérito é 2245 e está disponível no site da PGR)
 Mas nem a fragilidade da denúncia, nem sua falta de sentido, estiveram em discussão em algum momento. Quando chegou ao Supremo, o julgamento já estava concluído. O veredicto havia sido dado e transitado em julgado. Exercendo o papel auto-assumido de vanguarda da oposição ao “lulopetismo”, os proprietários e funcionários da grande indústria de comunicação tinham o script pronto. E ai de quem o contrariasse! O que não quer dizer que o argumento mais forte que usassem fosse o porrete. Uma dosagem equilibrada de ameaça e adulação é sempre mais eficaz. Se os ministros fizessem o que ela queria, as portas do Paraíso se abririam para eles. Se teimassem em discutir coisas menores – como provas, depoimentos e outros detalhes – a fogueira começaria a arder.
 Há alguns meses, o ministro Luiz Fux publicou um livro. Como toda obra técnica, de interesse restrito. Seu título bastaria para afugentar os leigos: “Jurisdição Constitucional”. O lançamento no Rio de Janeiro, cidade natal do autor, mereceu tratamento vip da TV Globo. Com direito a matéria de 1m30seg nos telejornais da emissora, tempo reservado a assuntos relevantes. Talvez alguém se perguntasse o porquê do salamaleque. Mas é fácil entendê-lo. Quem não gosta de ser bem tratado? Quem não aprecia saber que sua família e seus amigos acabam de vê-lo na televisão? Quem não fica feliz quando recebe um cafuné?
 O Paraíso é assim, cheio de carinhos. E quem pode proporcioná-lo pode o oposto. Como dizia Augusto dos Anjos: “A mão que afaga é a mesma que apedreja”. Se fôssemos como os Estados Unidos, onde os juízes da Suprema Corte são figuras inacessíveis, quase desconhecidas do grande público, seria uma coisa. Mas não somos.
Aqui, nossos ministros adoram o reconhecimento e não hesitam em se revelar. Amam os holofotes. Uns fazem saber que andam de motocicleta, outros que são exímios músicos, alguns se apresentam como poliglotas. Identificamos seus times de futebol, os restaurantes que frequentam. Às vezes, até seus negócios e os ambientes inadequados que frequentam.
 Do julgamento do “mensalão”, poderiam sair endeusados, merecendo estátuas e concedendo autógrafos. Bastava que cumprissem o papel que lhes estava reservado. Ou achincalhados. Tornados vilões.
 Cabia a eles escolher o caminho, o fácil ou o difícil.
 No fundo, estão fazendo o que a maioria das pessoas faria na mesma situação. Talvez não o que se esperaria deles. Mas, quem mandou esperar, conhecendo-os?
VIA: http://www.viomundo.com.br/politica/marcos-coimbra-o-paraiso-o-inferno-e-o-mensalao.html

Lewandowski provou que Globo, Veja, Folha, Estadão montaram farsa do 'mensalão'


Sorria, você foi enganado por Globo, Veja, Folha, Estadão, Zero Hora, Correio Brasiliense, etc. Ou seja, por todo o PIG, que espalhou o boato, sabidamente falso, como se fosse notícia contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP).
 No julgamento do chamado "mensalão", o ministro do STF Ricardo Lewandowski, em seu voto que absolveu João Paulo da primeira acusação de peculato, demonstrou, por vias indiretas, que Globo, Veja, Folha, Estadão, Zero Hora, Correio Brasiliense, sabiam o tempo todo que João Paulo era inocente, e montaram uma ponta da farsa do "mensalão" no noticiário, como se ele tivesse desviado o dinheiro do contrato de publicidade da Câmara dos Deputados com a agência SMPB de Marcos Valério. Lewandowski demonstrou que a fatia do leão do dinheiro gasto no contrato foi para o bolso do barões da mídia. Dos R$ 10,9 milhões do contrato, mais de R$ 7 milhões foram pagos aos citados órgãos de imprensa do PIG (Partido da Imprensa Golpista). O restante foram diversos serviços típicos e lícitos de qualquer agência de publicidade, e das obrigações previstas no contrato, e que tiveram os serviços efetivamente prestados, conforme a aprovação de contas pelo TCU e laudo da Polícia Federal.
 É um vexame que a Globo, Veja, Folha, Estadão, Zero Hora, Correio Brasiliense, e o resto do PIG soubessem o tempo todo que receberam esse dinheirão e, conhecendo as práticas do mercado publicitário para saber que o contrato foi lícito, preferiram esconder a verdade dos leitores e telespectadores, noticiando o boato de que o dinheiro teria sido desviado.
 Quem diria, o verdadeiro "mensalão" era esse dinheiro que ia dos cofres da Câmara para os bolsos dos barões da mídia, dentro da legalidade. A pergunta que não calar agora, é: por que estes órgãos mentiram de forma tão descarada? Será que João Paulo cortou esses anúncios depois de algum tempo, e o PIG resolveu retaliar?
FONTE: http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2012/08/lewandowski-provou-que-globo-veja-folha.html

Crise Econômica, Consumo e Sociedades de Transição


E se a atual crise econômico-financeira européia estiver sendo causada por uma mudança de paradigma civilizatório, isto é, se o consumo tiver perdido a sua força como caminho para a satisfação pessoal? Neste caso, a crise não seria apenas financeira, mas sim uma crise que “veio para ficar” até o surgimento de um novo tipo de sociedade. Difícil de entender? O consumo conspícuo, já se sabe, anda em baixa. Essa é a denominação do tipo de consumo destinado a exibir riqueza como forma de melhorar pelo menos na aparência do status social dos indivíduos ou mesmo das instituições. Relógios de marcas famosas, roupas de grife, tudo que pudesse ser visível e que agora pode ser replicado. O mesmo vale para a moda de jatos executivos que serviam mais para influenciar outros executivos e subornar políticos do terceiro mundo. A expressão – consumo conspícuo – foi introduzida por Thorstein Veblen em 1899, com a publicação de A Teoria da Classe Ociosa – Um Estudo Econômico Sobre a Evolução das Instituições. Mas também o consumismo puro e simples parece estar perdendo força. Uma indicação de que isso está acontecendo foi dada pelo presidente da Confederação da Indústria da Inglaterra em seu discurso de posse em janeiro de 2011, quando afirmou algo como: “o valor marginal da hora extra de trabalho já não traz, para os britânicos, uma felicidade marginal equivalente”. Em palavras simples, o cidadão médio já não quer fazer horas extras para trocar de automóvel todos os anos. Talvez o europeu ocidental em geral já esteja se importando muito pouco com o consumo como forma de assegurar o aumento da felicidade. Ou seja, as coisas passam gradativamente a valer pela utilidade real que elas possam ter, não importando a marca ou o “ultimo lançamento”. Nesse caso, a sociedade amadureceu! E talvez isso também esteja acontecendo, em maior ou menor grau, em diferentes partes dos EUA e Canadá. Galbraith descreveu de maneira impecável a sociedade norte-americana do pós-guerra: a demanda de bens e serviços nos EUA não é criada pelo consumidor; as demandas reais – alimentos, roupas e abrigo – já tinham sido satisfeitas para a vasta maioria dos americanos; as novas demandas eram criadas pelos anunciantes e pela “máquina de criação de demanda de consumo” que se beneficia das despesas crescentes do consumidor. De fato, no auge do consumismo norte-americano, era comum ver uma família totalmente hipnotizada pela ideia de ter o mesmo modelo recém lançado de geladeira que havia sido adquirido pelos vizinhos. Era simples, para os fabricantes, mudar o desenho, colocar uma embalagem de aço escovado, e pronto, desencadeava-se uma nova onda de consumo. Hoje, uma família típica de classe média norte-americana cada vez mais utiliza os mesmos eletro-domésticos até o fim de suas úteis ou até que uma tecnologia significativamente diferente seja introduzida. A sociedade parece estar amadurecendo. Se os consumidores se cansam, caem as taxas de crescimento do consumo e, portanto, de emprego. Mas, e daí, se as pessoas preferirem consumir menos? O máximo que pode acontecer é um período de ajuste da economia aos novos paradigmas.
 Para evitar o desemprego nesse período de transição, a Europa resolveu investir em infraestrutura e os EUA em saúde pública (ainda que esteja precisando de renovar a sua infraestrutura em diversos campos). O crescimento do consumo tradicional – eletro-domésticos, em particular – continua acelerado apenas nos países emergentes, mas esse é outro assunto. O consumismo tradicional em países muito avançados têm se restringido aos artigos de alta tecnologia, que demandam poucos materiais – ainda que alguns materiais escassos – e incorporam maior parcela de serviços. Assim, esses países têm maiores condições de fazer uma transição para economias de baixas taxas de crescimento do consumo de bens privados – por oposição aos bens públicos, como infraestrutura de transporte, bem como de educação e de saúde pública. O projeto de nação do Brasil – se é que tem algum além da exportação de matérias-primas e produtos agrícolas não beneficiados – permanece uma incógnita. Seja como for, o Brasil continuará consumindo mais e mais. E isso sem ter a capacidade de geração de tecnologia ou sequer de projetos articulados de infra-estrutura de qualidade.
 O país conseguiu chegar a uma certa decadência que caracteriza o consumismo – em particular quando consome bens que não têm a tecnologia para produzir – sem passar pelo apogeu da infraestrutura e do atendimento de necessidades básicas como habitação e educação. Essa é uma boa oportunidade para a reflexão e para o debate, já que a tal da “crise” na Europa e nos EUA parece ser um ponto de inflexão do “paradigma civilizatório” do consumismo, cujas repercussões no Brasil serão inevitáveis.
 *** O Brasil não tem a capacidade sistêmica de gerar projetos de infra-estrutura de qualidade porque o setor está totalmente controlado por empreiteiras que estão muito mais preocupadas com a “engenharia dos contratos” do que com o estado de arte na engenharia. Para as grandes empreiteiras, a engenharia é terceirizada, é uma espécie de acessório da obra. Isso não acontece nos países sérios.
 *** As ONGs ditas ambientalistas poderiam trabalhar na conscientização sobre os excessos do consumo e sobre a obsolescência programada dos produtos. Mas aí perderiam os seus patrocinadores. Então, preferem a farsa da “madeira certificada” e os navios de protesto com nomes destinados ao marketing de si próprias.
FONTE: http://www.luizprado.com.br/2012/07/01/crise-economica-consumo-e-sociedades-de-transicao/

domingo, 16 de setembro de 2012

Lobbycracia (2)


Os acontecimentos dos últimos dias, envolvendo dois Secretários de Estado do actual Governo – um que fez passar o Primeiro-Ministro por mentiroso e outro que quis defender os interesses dos portugueses e cumprir o acordo da Troika – e as consequências que decorreram dos mesmos, demonstra que começa a ser urgente repensar os limites da autonomia de decisão que a democracia representativa confere aos eleitos. Ao referirmos a capacidade de decisão, inevitavelmente consideramos noções como poder e responsabilidade. Quais são, então, os significados que os vocábulos poder e responsabilidade podem assumir. Poder, pode traduzir:
1. Possibilidade; faculdade.
 2. Império; soberania; mando; autoridade.
3. Governo do país.
4. Força; vigor; energia.
5. Domínio; influência; faculdade de fazer.
6. Posse; dominação; senhorio; jurisdição.
 7. Eficácia; efeito; virtude.
8. Meios; recursos.
9. Importância; valor; consideração.
Por sua vez, Responsabilidade pode ser:
1. Qualidade do que é responsável.
2. Obrigação de responder por actos próprios ou alheios, ou por coisa confiada.
 Tendo em consideração que o Estado é constituído por três elementos, território, povo e organização política, e que os seus fins são a justiça, a segurança e o bem-estar, como é que se relacionam estas características e os conceitos supra referidos entre os cidadãos e os seus representantes nos órgãos políticos da Nação? Para abordar esta temática tem que se ter em mente o princípio da separação dos poderes, segundo o qual, entre os poderes legislativo, executivo e judicial não existe a primazia de nenhum. É, precisamente, o equilíbrio e o recíproco controlo inerente a esta trilogia de poderes que garante a autonomia e o bom funcionamento do sistema. Não é, por isso, de estranhar que cada um destes poderes tenha uma função específica e que seja a complementaridade do conjunto dessas funções que permita a elaboração dos direitos e deveres que assistem os cidadãos de cada Estado, sendo, usualmente, os textos constitucionais a nomenclatura por excelência para o efeito. De acordo com a Constituição da República Portuguesa (CRP), todos os cidadãos portugueses dispõem de direitos e deveres políticos, económicos, sociais e culturais. É, igualmente, segundo a CRP que sabemos quais os órgãos de soberania do Estado – Presidente da República, Assembleia da República, Governo e Tribunais – e a função adstrita a cada órgão em consonância com o principio da separação de poderes. Ora, ao serem democraticamente eleitos, os representantes da população nos cargos públicos adquirem poder e responsabilidade acrescidas pois cabe-lhes decidir pelo todo da sociedade, em conformidade com a lei. Por exemplo, não me espanta que um magistrado seja irresponsável pelas sentenças que profere porque não é o juiz quem faz a lei. Apenas a aplica. Mas, muito me admira que um deputado tenha imunidade durante o desempenho das suas funções, i.e., enquanto elabora e decide as mesmas leis que determinam o comportamento dos seus concidadãos. Os ocupantes dos cargos públicos, eleitos ou nomeados, não devem dispor de qualquer tipo de prerrogativas que os inibam de responder pelas decisões e acções que tomam enquanto titulares desses cargos. O País não precisa de decisores politicos que só decidem com e por causa de imunidades. Quando sabemos que podemos responder pelas decisões que tomamos, temos o cuidado de as tomar sem ligeireza. Decisões que envolvam projectos que mobilizam enormes recursos e condicionam as potencialidades do país devem apenas ser tomadas se os decisores tiverem a consciência que a todo e qualquer tempo poderão ter que assumir as responsabilidades dos seus despachos. Estarei a exagerar? Não creio. Embora haja outros exemplos, o estabelecimento de contratos que garantem valores acima do preço de mercado, para além de não poder ser considerado como bem ou possuidor de utilidade pública, ao fazer cair um Secretário de Estado ilustra na perfeição o que é a lobbycracia. É fácil desbaratar fundos quando esses fundos não são nossos.
E é preciso lembrar aos titulares de cargos públicos que eles são responsáveis por coisas que lhes foram confiadas e não dadas. Portugal precisa de mudar e nenhuma mudança será concretizada sem a responsabilização individual. Seja de quem for. Ocupe o cargo que ocupar. Só assim acabará a lobbycracia! P.S. – peço desculpa se me estou a repetir
 FONTE: http://intransmissivel.wordpress.com/2012/04/24/lobbycracia-2/

Eleição 2012: Como eleito um vereador


Entenda o quociente eleitoral
 NO BRASIL, AS ELEIÇÕES PARA OS CARGOS DE DEPUTADO ESTADUAL, DISTRITAL E FEDERAL E DE VEREADOR SÃO DETERMINADAS POR "ELEIÇÕES PROPORCIONAIS", OU SEJA, HÁ QUE SE FAZER UM CÁLCULO MATEMÁTICO POUCO CONHECIDO:
 É O "QUOCIENTE ELEITORAL", QUE SE OBTÉM DIVIDINDO-SE O NÚMERO DE VOTOS VÁLIDOS (EXCLUINDO-SE OS NULOS E EM BRANCO) PELO NÚMERO DE VAGAS NA CÂMARA (art. 106 do Código Eleitoral).
DESREZA-SE A FRAÇÃO, SE IGUAL OU SUPERIOR A 0,5, ARREDONDANDO-A PARA 1 SE SUPERIOR. ASSIM, PARA SE ALCANÇAR UMA VAGA, CADA PARTIDO/COLIGAÇÃO, OBRIGATORIAMENTE, DEVE SOMAR ENTRE TODOS OS SEUS CANDIDATOS A VEREADOR AQUELE QUOCIENTE ELEITORAL. PARA DETERMINAR O NÚMERO DE CADEIRAS QUE CADA PARTIDO/COLIGAÇÃO OCUPARÁ,
 ENCONTRANDO-SE AGORA O "QUOCIENTE PARTIDÁRIO", DIVIDE-SE A QUANTIDADE DE VOTO DE CADA PARTIDO/COLIGAÇÃO PELO QUOCIENTE ELEITORAL.
POR FIM, O BRASIL UTILIZA O SISTEMA DE LISTA ABERTA,
ASSIM, OS CANDIDATOS MAIS VOTADOS DENTRO DO PARTIDO/COLIGAÇÃO ESTARÃO ELEITOS.
 EXEMPLO: O MUNICÍPIO DE ITAITUBA TEM 15 VAGAS NA CÂMARA DE VEREADORES. NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS, EXCLUINDO-SE OS VOTOS NULOS E EM BRANCO, CONTABILIZARAM 50.000 VOTOS VÁLIDOS PARA VEREADORES, ASSIM, O QUOCIENTE ELEITORAL SERÁ DE 3.333,33 VOTOS. LOGO, PARA QUE CADA PARTIDO/COLIGAÇÃO ELEJA UM VEREADOR, HÁ QUE ALCANÇAR 3.333,33 VOTOS (SOMA DE TODOS OS VOTOS OBTIDOS PELOS SEUS CANDIDATOS).
- PARTIDO "A": 3.333,33,00 VOTOS. LOGO, O PARTIDO "A" CONSEGUIRÁ UMA CADEIRA;
- COLIGAÇÃO "B/C": 6.666,66 VOTOS. DE IMEDIATO, ALCANÇOU DUAS CADEIRAS NA CÂMARA (DENTRE OS MAIS VOTADOS NA COLIGAÇÃO "B/C");
- PARTIDO "D": 16.666,65 VOTOS. O PARTIDO "D" TERÁ DIREITO A CINCO CADEIRAS (DENTRE OS MAIS VOTADOS NO PARTIDO "D");
 - COLIGAÇÃO "E/F/G": 9.999,99 VOTOS. A COLIGAÇÃO ALCANÇOU TRÊS CADEIRAS.
- COLIGAÇÃO "H/I": 13.333,32 VOTOS. A COLIGAÇÃO ALCANÇOU QUATRO CADEIRAS. CONCLUSÃO: AGORA, VAMOS IMAGINAR QUE NO PARTIDO "A" (OBTEVE 3.333,33 VOTOS E UM ELEITO) O CANDIDATO ZÉ MANÉ DA SILVA TEVE 3300 VOTOS E JOSÉ DOS CACHORROS OBTEVE 2000 VOTOS. LOGO, O PRIMEIRO CANDIDATO ESTARÁ ELEITO, MAS O SEGUNDO, EMBORA COM 2000 VOTOS, NÃO.
VEJAMOS O PARTIDO "D" (OBTEVE 16.666,65 VOTOS, CONQUISTANDO CINCO CADEIRAS): OS CANDIDATOS MAIS VOTADOS TIVERAM, RESPECTIVAMENTE, 800 VOTOS, 700 VOTOS, 600 VOTOS, 500 VOTOS E 400 VOTOS. LOGO, ESSES CINCO ESTARÃO ELEITOS. OBSERVE QUE, NESSE CASO, TANTO O QUARTO COLOCADO (500 VOTOS), QUANTO O QUINTO COLOCADO (400 VOTOS) FORAM MENOS VOTADOS QUE JOSÉ DOS CACHORROS QUE OBTEVE 2000 VOTOS.

FONTE: http://fatoitb.blogspot.com.br/2012/08/eleicao-2012-como-eleito-um-vereador.html

Empresário: mensalão tucano vem da educação


ERNANI DE PAULA, DONO DA UNIVERSIDADE SÃO MARCOS, DENUNCIOU AO MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULO ESQUEMA PARA DISTRIBUIÇÃO DE BOLSAS A ALUNOS FANTASMAS; DE LÁ VEM, SEGUNDO ELE, O CAIXA DOIS DO PSDB NAS ELEIÇÕES; ESQUEMA FOI IMPLANTADO, SEGUNDO ELE, NA GESTÃO DE SERRA NA PREFEITURA E LEVADO AO ESTADO
 10 de Setembro de 2012 às 17:41
 247 – José Serra, candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, foi o primeiro candidato a utilizar o mensalão na campanha municipal de 2012. Segundo ele, o “STF está mandando para a cadeia um jeito nefasto de fazer política”. Depois dele, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reforçou a crítica, ao dizer que a Justiça está despertando no Brasil, também no programa de Serra. Agora, em pleno processo eleitoral, um empresário da área de educação, Ernani de Paula, que é proprietário da Universidade São Marcos, sob intervenção do Ministério da Educação, denuncia que o “mensalão” do PSDB vem da área de ensino superior. O esquema consistiria em conceder bolsas de ensino a alunos-fantasma, a instituições pouco conhecidas no mercado. Em 2009, Ernani de Paula fez uma denúncia ao promotor Sílvio Marques, do Ministério Público de São Paulo – o mesmo que investigou o caso Maluf. À época, ele falava em repasses de R$ 80 milhões. Hoje, ele tem a informação de que, desde a chegada de José Serra ao Palácio dos Bandeirantes, em 2006, mais de R$ 800 milhões foram transferidos a essas instituições de ensino. O caso mais sintomático, diz ele, é a da faculdade Sumaré, que liderou os repasses, embora seja pouco conhecida no mercado. “É o mensalão universitário”, diz Ernani de Paula. “Essa universidade, que ninguém sabe o que faz ou quem é o dono já recebeu mais de R$ 70 milhões”, afirma. Outra, a Uniesp, também lidera o ranking. Juntas, as duas teriam levado quase R$ 140 milhões. Ernani de Paula, coincidentemente, tem uma história de vida ligada a outro mensalão: o do PT. Em 2000, ele se elegeu prefeito de Anápolis (GO), cidade do bicheiro Carlos Cachoeira, e depois acompanhou de perto as primeiras articulações do contraventor para plantar denúncias contra o PT na revista Veja – a ex-mulher de Ernani era suplente do senador Demóstenes Torres. Segundo ele, no caso da educação superior, o esquema foi bolado pelo ex-secretário de Educação de Serra e ex-ministro de FHC, Paulo Renato de Souza, já falecido. Sua universidade, a São Marcos, não recebeu as bolsas de ensino do governo paulista, e passou a enfrentar dificuldades financeiras até sofrer a intervenção do MEC. Depois disso, diz Ernani, ele foi procurado pelo filho de Paulo Renato de Souza, Renato Souza Neto, que dizia ter interessados na compra da instituição – se tivesse vendido, afirma o empresário, estaria à frente dos repasses das bolsas de ensino superior em São Paulo. Ernani de Paula se diz disposto a colaborar com o Ministério Público de São Paulo para ajudar a desvendar o esquema de desvio de recursos públicos na educação superior.
FONTE: http://www.brasil247.com/pt/247/poder/79764/Empres%C3%A1rio-mensal%C3%A3o-tucano-vem-da-educa%C3%A7%C3%A3o-Empres%C3%A1rio-mensal%C3%A3o-tucano-vem-educa%C3%A7%C3%A3o.htm

Contra a Censura aos Blogs no Grito dos Exluídos 2012

Blogueir@s Progressistas do Paraná junto com outros movimentos protestam contra a censura aos Blogs e a judicialização da Censura durante o Grito do Excluídos 2012, em Curitiba, ou melhor, na Curitiba real.
MODIFICADO DE: http://contextolivre.blogspot.com.br/2012/09/contra-censura-aos-blogs-no-grito-dos.html

Sospechas en torno a la catástrofe de la refinería venezolana


La explosión que afectó parcialmente a la gigantesca refinería de petróleo de Venezuela no puede sino despertar sospechas de que podría tratarse de uno de los típicos sabotajes que el gobierno de Estados Unidos suele llevar a cabo -a través de diversos medios y agencias- en contra de gobernantes que no se someten a sus dictados. Las dos notas que siguen abonan esta conjetura. Será cuestión de seguir de cerca las noticias y no me sorprendería para nada que en un futuro no muy lejano nuestras sospechas pudieran verse rotundamente confirmadas. Sin más, les invito a leer las dos notas sobre el tema, una de ellas escrita nada menos que por Eva Golinger.
 Golinger: No sería primera vez que hay saboteo contra el Estado previo a elecciones
Por: RNV/Asamblea Nacional |

La especialista en materia internacional Eva Golinger expresó su pesar por los hechos ocurridos en la refinería de Amuay, en el estado Falcón, durante la madrugada de este sábado tras una explosión generada por una fuga de gas. “Muy lamentable! Debe haber investigación a fondo”, sostuvo Golinger a través su cuenta oficial en Twitter @evagolinger, reseña la AN. De igual forma, manifestó en la red social lo siguiente: “No se puede llegar a conclusiones aun sobre tragedia en #Amuay, pero no seria 1ra vez que hay saboteo contra el Estado previo a elecciones”. “Casualidades” mas insólitas sobre la tragedia de Paraguaná Credito: Agencia Venezolana de Noticias (AVN) http://aporrea.org/actualidad/n212941.html A esta redacción llegó esta información enviada por el ciudadano J. W. Wekker Vega, recogida de la red social Facebook. A continuación el contenido de la misma:
 1.- Luis Vicente León (DATANÁLISIS) y Oscar Schemel (HINTERLACES) han dicho en los últimos meses a pesar de ser opositores, que la victoria de Chávez solo sería revertida por eventos “catastróficos, “extraordinarios” que generen “conmoción colectiva” y que afecten políticamente a Chávez.
 2.- Un “aficionado” con una cámara profesional, a las 2:00:am, se encontraba solo en los alrededores de la refinería de Amuay, en un lugar de hecho inusual, por donde no transitan personas y captó la primera explosión. La cual, fue presentada “en exclusiva” por GLOBOVISIÓN en tiempo récord.
 3.- A la misma hora de la explosión de Amuay, fueron hackeados 3 sitios web del Estado, entre ellos la página da CADIVI.
 4.- La muerte de 16 Guardias Nacionales, si bien es reseñada, no es explicada en los medios. No se explica la presencia de 16 Guardias Nacionales en la refinería a esa hora. Y es que los Guardias víctimas de la tragedia, pernoctaban en un Comando de la Guardia instalado en plena refinería, para el resguardo de las instalaciones, dado un importante número de sabotajes registrados y denunciados en la refinería en los últimos años.
 5.- A solo minutos de la tragedia, miles de PIN’es se difundieron tanto por usuarios, como por difusores automáticos (software) que colocaron informaciones en correos y otros medios sobre la situación, por la modalidad de Spam.
 6.- El manejo de la tragedia, tuvo un inmediato tratamiento politiquero, pues muchos dirigentes opositores aparecieron en la escena pública dirigiendo ataques directos a Chávez y a PDVSA.
 7.- La proyección del evento a escala internacional, ha sido inédita. Pocas veces se ha visto una difusión de tal tipo a un evento de estas características. 8.-A pocas horas de la tragedia, circulan PIN’es e informaciones en medios y redes sociales que generan incertidumbre sobre la disponibilidad de combustible.
 Se incita a las personas a ir masivamente a llenar sus tanques y se habla abiertamente de desabastecimiento. Esto luce como una estrategia para generar el caos, pues se ha llamado a la calma, ya que el país cuenta con otras refinerías y una importante reserva en combustibles almacenados.
 TOMADO DEL BLOG DE ATILIO BORO
MODIFICADO DE:http://americadespierta.blogcip.cu/2012/08/27/sospechas-en-torno-a-la-catastrofe-de-la-refineria-venezolana/

sábado, 8 de setembro de 2012

Jogo "Mercenários 2" possui missão de explodir a refinaria venezuelana Amuay. Mera coincidência ou conspiração?


No sábado dia 25/08 os reservatórios da refinaria de petróleo de Amuay sofreram uma forte explosão, o acidente provocou a morte de 48 pessoas e esta sendo investigados pelas autoridades Venezuelanas. Acidente ou conspiração? O roteiro do jogo “Os Mercenários 2” conforme as imagens a seguir em uma das missões do grupo , incluía explodir a refinaria de petróleo de Amuay. Mera coincidência ou apenas entretenimento em pretensões? O mundo na qual conhecemos e feito de aparências, nem tudo que vemos, ouvimos são os fatos como eles realmente são, há muita coisa suja por debaixo do tapete, a muita desinformação e conspiração em jogo. Como já tratamos aqui e outros blogs também relataram as atuações de mercenários financiados por agências de inteligência e principalmente por governos poderosos com intuito, melhor dizendo, com a missão de promover o caos, através de uma falsa rebelião contra um determinado governo para derrubá-lo , mesmo que para isso seja necessário, promover atentados de bandeira falsa para cumprir os objetivos da missão, Vide o caso da Síria. É bem sugestivo esse jogo os mercenários 2, e a ligação direta com a explosão da refinaria Amuay. Análise a imagens abaixo e tire suas próprias conclusões.
James Petras: Explosão em Amuay faz parte de uma campanha terrorista que requer a implementação de um Estado de Emergência

 Para o americano intelectual James Petras, a explosão na refinaria Amuay, que deixou um saldo de 48 mortos , é parte de uma campanha terrorista a fim de desestabilizar o governo venezuelano. Em uma entrevista feita por Chury Iribarne para CX36 Rádio Centenário, em Montevidéu, Uruguai, Petras descreveu o evento como uma "sabotagem grave" um ato de terrorismo realizados pelos inimigos do presidente Hugo Chávez sabotar o processo eleitoral e removê-lo do poder visando instaurar um estado de emergência através de atentados terroristas. Confira na entrevista abaixo
 Fontes: Blog Revelação Final e Gilson Sampaio
MODIFICADO DE: http://www.libertar.in/2012/08/jogo-mercenarios-2-possui-missao-de.html#more

Crônica: Vereadores com passe livre nos dois palanques.


Na política, a arte de se manter vivo no processo eleitoral, é uma boa aliança política. Mais três vereadores atuais, conseguiram um feito, como diz: "Conseguiram se segura em dois galhos, caso um quebre, o outro estará seguro" . São os vereadores do PPS, Diomar Figueira e Dadinho Caminhoneiro, da base aliada do prefeito Valmir Climaco (PMDB), mais não acompanharam o partido, onde é coligado com a adversária número 1, Eliene Nunes (PSD). Falta de capacidade dos dois em convencer o partido a fechar aliança com atual prefeito para uma coligação nesse pleito eleitoral, o mesmo ocorre com a vereadora do PSDB Maria Pretinha, do partido do vice na chapa da adversária. No entanto, o relacionamento não ficou estremecidos depois das convenções partidárias e nem depois do registros das candidaturas, entre os vereadores e o prefeito. Tanto Diomar, Dadinho e Maria Pretinha, juram amor eterno ao prefeito, e que por força maior não podem está no palanque do Climaco, mais por trás pedem votos e fazem campanha para ele. Tudo para ficar de bem, não perderem os cargos na prefeitura e nem o apoio da máquina pública na corrida eleitoral que é muito importante, pois ambos correm atrás da reeleição. Há quem garanta que até material de campanha e cabo-eleitoral e combustível, o candidato a prefeito Valmir Climaco (PMDB), está bancando aos vereadores da coligação adversária. E na outra ponta, os seus aliados, candidatos a vereadores, sofrem para conseguir ajuda para fazerem suas campanhas. Valmir pensa que poderá eleger entre nove e dez vereadores na sua coligação, além de três, na coligação da adversária. Neste caso, os vereadores Diomar, Dadinho e Maria Pretinha. Dessa forma os vereadores, consegue passe livre, pois consegue fazer campanha na rua facilmente, onde há rejeição ao atual prefeito, pedem voto para Eliene, e onde o Valmir concentra votos favorável, pedem para ele. Assim, conseguiram mais votos para se elegerem. E a fidelidade partidária não existe nessa hora? E os presidentes dos partidos do PPS e PSDB, não fazem nada, em relação aos seus candidatos a vereadores que pedem votos, contrário ao decidido nas convenções partidárias? Não há informação de punições e nem de censura no comportamento dos vereadores, e nem o que os demais candidatos da coligação da Eliene Nunes (PSD), pensem mau deles. Caso exista o espaço para se manifestarem será concedidos. No final, vamos vê qual será o resultado as urnas, e se o caminho em que eles tomaram será o melhor. Vamos aguardar.
FONTE: http://fatoitb.blogspot.com.br/2012/08/cronica-vereadores-com-passe-livre-nos.html#comment-form

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Dona Maria I, a Louca já decidiu o mensalão: todo mundo será condenado


No exato momento em que este sofrido e avacalhado Estados Unidos do Brazil se concentra diante das telas da TV para acompanhar suas excelências, os homens da capa preta, a julgar aquilo que o nobre e íntegro Bob filho de Jeffer denunciou por mensalão, recebo de meu mordomo, o Orozimbo - que nas horas vagas é professor de história - importante contribuição para esclarecer o julgamento da Corte Suprema, suas datas vênias e suas culpabilidades. Lembra o instruído lacaio que aqui nestas hoje tucanadas Geraes, lá pelos idos de 1789, um bando homens unidos numa “organização criminosa” de vasto poder na Capitania - vez que incluía a segunda mais importante autoridade da área, o Ouvidor de Vila Rica, coisa assim como Chefe da Casa Civil de hoje - foi preso e enviado ao Rio de Janeiro para que fossem julgados e, apurados seus crimes, sentenciados. Apesar de não haver ainda no Brazil daquele tempo a nossa Proba, Isenta e Gloriosa imprensa a nos defender, a nós da elite, com suas campanhas sistemáticas pela higienização dos povos, o julgamento mostra pelos Autos da Devassa da Inconfidência (Volume 7 – Páginas 116 a 118), que sua Majestade a Rainha de Portugal e deste Brazil, dona Maria I, que já era louca, antevendo as futuras gerações de juristas que ocupariam o Excelso Pretório, deitava farta jurisprudência. A soberana, do alto de seus fantasmas, estabeleceu o princípio da culpabilidade sem provas, por mero indício, e antes mesmo da avaliação do “substrato probatório” com seus depoimentos, razões de acusação e defesa, fixando numa antevisão do futuro que “indícios valem mais que prova formal”. E o julgamento que transcorreria até a sentença lida em abril de 1792 – três anos depois das prisões – foi feito com a condenação já fixada, numa coisa só admissível neste nosso justo Brazil dos ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de dois mil e doze: em 17 de julho de 1790, dois anos antes da sentença, os réus foram condenados. Para sustentar este nosso justo, democrático, correto e elogiável princípio de condenar antes, apurar depois e fingir que há Justiça ao fim, baseava Sua Majestade nos princípios do Direito Positivo de Origem Divina das Ordenações Manoelinas e Filipinas para dizer: “sejam os réus com os adjuntos sentenciados, com a sentença condenatória que contra eles for proferida ficando em segredo, conservando-se os réus em segura custódia... Havendo igualmente entre os mesmos réus outros que nem foram os chefes e cabeças da dita conjuração, nem entraram nela, nem a fomentaram, nem se acharam nas assembleias e conventículos em que os conjurados tinham as suas criminosas sessões, e notícia ou conhecimento da mesma conjuração não a declararam, nem denunciaram em tempo competente: Ordeno que sejam sentenciados...” Destarte e data máxima vênia, vejo pela lição de meu ilustre criado, que tem razão o douto, esbelto e jozísico Procurador Geral da Coroa, Dom Roberto Burbel, em querer por querer que todos os criminosos envolvidos nesta – e não naquel´outra de 1998 nestas Minas – ação sejam presos, condenados, privados da liberdade, da família com Deus pela Democracia, tudo pelos indícios que dona Rosa acha que são maiores quanto maior for o cabeça e, digo eu, data máxima vênia, danem-se os escrúpulos, dane-se aquele livrinho do Dr. Ulysses e dane-se qualquer veleidade. Não podemos mais neste Brazil admitir que sejamos ultrapassados, em atos discricionários e na imposição da nossa férrea e elitizada vontade, por paisecos como Honduras e El Paraguay. A história nos absolverá, pois antecedentes por jurisprudência válida já os há, in verbis veja-se o nosso inesquecível e fabuloso Ato Institucional nº 5 da Gloriosa, a primeira e mais séria jurisprudência de que me lembro de pronto. E que feneçam, com gosto de jiló na boca e para sempre, esses execráveis e lamentáveis direitos e garantias individuais da escumalha que só servem para nos atrapalhar. Em nome da Rainha, ainda que louca, Deo Gratia...
 MODIFICADO DE: http://comendadorphyntias.zip.net/index.html

A ignorância orgulhosa da modernidade


The headline in the Los Angeles Times last week read: “Neil Armstrong, first person to walk on the moon, dies at 82.” First “person?” The man lands on the moon and you have to correct his grammar when he dies? Person is a terrible word, corporations are persons, but I am not a “person.” Call me a man, call me a human being, but don’t correct my grammar. via The Thinking Housewife › Person, Not Man.
 O discurso politicamente correcto começou por argumentar que “devemos deixar que as pessoas decidam sobre quais os termos que desejam ser chamadas”. Ou seja, por exemplo: se um negro prefere que lhe chamem “afro-americano” porque alegadamente o termo “negro” o incomoda, então, e segundo o politicamente correcto, devemos chamar-lhe afro-americano (ou afro-europeu; ou afro-brasileiro) — e isto apesar da celebração da Negritude por parte da elite africana de há 40 anos…! Porém, com a introdução do feminismo e do gayzismo, o discurso politicamente correcto mudou. Uma da características do politicamente correcto actual é a total ignorância acerca da etimologia (a origem etimológica das palavras), e um certo orgulho dessa ignorância. O politicamente correcto é “ignorante com orgulho”, e depois chama os outros de “ignorantes”. Por exemplo, o movimento feminista propôs que se alterasse a palavra inglesa History para Herstory, alegando que o prefixo HIS [que significa “seu, dele”] é machista (!). E propôs também que se substituísse o termo inglês Mankind por Humanity, alegando que este último termo é sexualmente neutro, quando na verdade Humanity provém do latim Homo, que significa homem. Imaginem a Fernanda Câncio sugerindo que, em vez de Humanidade, se adoptasse o termo Homulieridade, ou Mulieridade (do latim mulier, que significa mulher). Em Portugal, a ignorância do politicamente correcto mudou, por exemplo, o termo “poetisa” para o neutral “poeta”, ao mesmo tempo que o politicamente correcto brasileiro mudou o termo “presidente” atribuído a Dilma Roussef, para “presidenta” — que é, como toda a gente inteligente sabe, uma forma de particípio activo. E, apesar dos factos da língua, alguns brasileiros ditos de “direita” ficam muito aborrecidos com esta minha crítica, por uma razão simples: eles também participam da ignorância geral dilmista. Se o politicamente correcto mudou o termo “poetisa” para “poeta”, já não mudou o termo “professora” para “professor”. Seguindo a mesma lógica de raciocínio, uma professora deveria ser neutralmente “professor”. O que mais me repugna no politicamente correcto é o orgulho de ser ignorante. Já viram coisa mais triste que uma pessoa sentir orgulho por ser ignorante?! FONTE: http://espectivas.wordpress.com/2012/08/30/a-ignorancia-orgulhosa-da-modernidade/

Somos Todos Expressionistas Austríacos


Eric Kandel nasceu em Viena em 1929, onze anos depois da queda do Império dos Habsburgos. Cresceu numa casa de Severingasse, perto de três museus. O Museu Médico de Viena, a casa de Freud e o Museu Belvedere. No Museu Médico de Viena conheceu o trabalho de Rokitansky. Com outros médicos famosos, Rokitansky, um anatomopatologista a quem alguns creditam a realização ou acompanhamento de mais de 100.000 autópsias, criou a medicina científica dos nossos dias, baseada na correlação clínico-patológica e na melhor evidência disponível. A Escola Médica de Viena foi, na segunda metade do século XIX, o centro da Medicina, ponto de partida de novas especialidades e pólo de atracção de várias gerações de estudantes de todo o mundo, muitos dos quais se viriam a destacar nos seus países de origem. Sigmund Freud foi o fundador da psicanálise. Mas foi igualmente quem primeiro chamou a atenção para a sexualidade infantil e o papel do inconsciente na percepção humana. Formulou uma teoria da mente e teve a ideia de que a psicologia científica teria de resultar do conhecimento do cérebro e do seu funcionamento. O Museu Belvedere é um bom local para se conhecer o movimento artístico que ficou conhecido como Expressionismo austríaco e que teve em Gustav Klimt, Oskar Kokoschka e Egon Schiele a máxima expressão. O que ligou uma Escola médica, a ciência da mente e o Expressionismo foi, para abreviar, uma cidade e um Salão. A cidade era Viena 1900, Viena fin de siècle, a capital cultural da Europa, nessa altura com dois milhões de habitantes e uma densidade nunca depois repetida de mulheres e homens talentosos e com bom aspecto. O Salão era o Salão de Berta Zuckerkandl. Adele Bloch-Bauer, imortalizada no quadro de Klimt. Hugo von Hofmannsthal e o romancista e dramaturgo Arthur Schniztler, que alguns acreditariam ser um nome literário de Freud . Gustav Mahler e Alma Mahler. O arquitecto Walter Gropius e Alma Mahler. Oskar Kokoshka e Alma Mahler. Wally e Egon Schiele. O filósofo Wittgenstein. Os arquitectos Adolf Loos e Otto Wagner. O cirurgião Theodor Billroth. Estes e outros, mais ou menos célebres, poetas e pintores, jornalistas, filósofos, estudantes, músicos, fotógrafos, médicos, investigadores, confluíam na Universidade e nos cafés, nos teatros e nas tertúlias dos salões. O salão dos Zuckerkandl era um dos mais célebres. Emil foi colaborador de Rokitanski, professor de Anatomia e uma das fontes de Klimt, talvez responsável pela viragem que o transformou de pintor inspirado em líder da Secessão, criador de um estilo fundado numa interpretação actualizada da biologia, da psicologia freudiana e das ciências médicas. Berta, a mais brilhante das mulheres de Viena, nas palavras de Johann Strauss o filho, era jornalista e crítica de arte e manteve o Salão em funcionamento cerca de 50 anos, até à anexação nazi da Áustria e à sua fuga para Paris. O Salão dos Zuckerkandl permitiu aquilo que hoje é condição e essência do conhecimento: a multidisciplinaridade, o encontro, conhecimento e confronto entre investigadores das mais distintas áreas, estes unidos pelo Modernismo, Freud e o fascínio pelas profundidades. Klimt e Schiele morreram no ano em que a gripe pneumónica acabou o serviço da Primeira Guerra Mundial e varreu da face da terra entre 20 a 40 milhões de pessoas. Freud teve de se exilar para Inglaterra onde acabou, entre a cocaína e o pior dos sofrimentos, vítima de um cancro desfigurante. A família de Eric Kandel também teve de deixar Viena, quando o fascismo austríaco tornou impossível a vida dos judeus. O pequeno Eric, com 8 anos, havia de crescer em Brooklin, estudar história e neurociências, psicanálise e biologia molecular, o sistema nervoso de um animal modesto e depois o nosso, a memória e os seus circuitos cerebrais. Em 2000, na sequência de um reconhecimento global, recebeu o Prémio Nobel da Medicina. Muitos anos antes em Boston, comprara uma litografia de Kokoschka, de uma série de retratos de adolescentes. O historiador de arte Ernst Gombrich disse-lhe um dia que Kokoschka era o maior retratista dos nossos tempos. Com Emile Zuckerkandl, neto de Berta e Emil, biólogo em Stanford e residente em Palo Alto, recordou as inúmeras notas que possuía do Salão. E ao longo de uma vida impar foi escrevendo um livro, The Age of Insight, o mais ambicioso de todos os livros, que parte da Viena de 1900, da arte em que se exprimiu a emoção inconsciente e que tinha atrás de si a psicanálise, para a psicologia cognitiva e a biologia da percepção visual e da resposta emocional à arte, através dos dados mais recentes das neurociências. Tudo isto numa linguagem correcta mas simples, criando a ilusão de que afinal estes temas centrais são acessíveis a todos, mesmo os que os Curadores e os epígonos de Damásio enxotaram das suas áreas reservadas. Um monumento de 32 capítulos, centenas de notas, comentários e referências bibliográficas excitantes, lindíssimas reproduções dos Expressionistas austríacos e das suas influências, incluindo o Beijo de Klimt e a quase paródia de Schiele, a boneca de Kokoschka , A rapariga e a Morte ou A noiva do vento. The Age of Insight: The Quest to Understand the Unconscious In Art, Mind and Brain, From Vienna 1900 to the Present , Eric R. Kandle, Random House, 2012 Este texto foi escrito a 17 de julho, em 67 minutos, esperando homologação na campanha conhecida como”dia de Mandela”.
 MODIFICADO DE: http://anaturezadomal.blogspot.com.br/

Foster defende atrelar preço de combustível à especulação externa

A Petrobrás teve um prejuízo R$ 1,346 bilhão no segundo trimestre, o primeiro resultado negativo em 13 anos, fechando no acumulado de janeiro a junho com um lucro líquido de R$ 7,868 bilhões, um resultado 64% inferior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Em nota, a companhia atribuiu os resultados à depreciação cambial (tanto no fechamento do semestre como na cotação média do período, o real chegou a cair 11%), crescimento das importações de derivados e aumento das despesas extraordinárias com baixas de poços secos. “O resultado operacional também foi influenciado pelo câmbio e, em consequência, os custos dos produtos comercializados não beneficiou da redução de 9% na cotação média do petróleo em relação ao trimestre anterior, pois o impacto da variação cambial resultou em aumento de apenas 1% no valor do óleo em real”, diz o comunicado da estatal. A empresa informou que “a produção de petróleo no Brasil diminuiu 1% no semestre e 5% em relação ao primeiro trimestre de 2012, devido à realização de paradas para manutenção” na Bacia de Campos. Os números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) sobre a balança comercial registram no primeiro semestre um total de US$ 1,575 bilhão em importação de gasolina, resultado 373,20% acima do verificado no mesmo período do ano passado, chegando à décima posição na pauta de importações. Já a importação de óleos combustíveis (óleo diesel,”fuel-oil” etc.) somou US$ 3,747 bilhões, montante 32,42% no mesmo intervalo de 2011, alcançando o terceiro lugar na pauta das compras externas. Ante o resultado desfavorável no segundo trimestre, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, voltou a defender o aumento do preço dos combustíveis, acompanhando os preços internacionais. Segundo ela, desde que assumiu a direção da companhia tem enfatizado o “comprometimento com a paridade internacional de preços”. “Conversamos sobre o reajustamento de preços, sim, na busca de 100% da paridade”. Em 25 de junho último, o diesel foi reajustado em 3,94% e a gasolina, em 7,83%. Em 16 de julho, o diesel teve um novo aumento, de 6%. Mas a sra. Foster ainda considera esses aumentos insatisfatórios e argumentou sobre a necessidade de atrelar os preços internos aos preços externos, ou seja, pretende atrelar os preços dos combustíveis no Brasil à especulação internacional. Mas a questão essencial para o Brasil, neste momento, não é a estatal ficar atrelada à política dos monopólios transnacionais – até porque não foi para isso que ela foi criada -, mas de ampliar sua capacidade de refino. VALDO ALBUQUERQUE
FONTE: http://www.horadopovo.com.br/

sábado, 1 de setembro de 2012

                                                                   GATASTROFE DO DIA





                                               GATO-BATEDEIRA

FONTE: 
http://catasters.tumblr.com/

Correio/Consult: Dedé lidera disputa em Pedras de Fogo


Candidato pela coligação ‘A vez do povo’ (DEM / PHS / PSB / PV / PRP / PSD), o bancário Derivaldo Romão dos Santos (PSB), mais conhecido por Dedé, lidera a corrida pela Prefeitura de Pedras de Fogo, com 38,54% das intenções de voto. É o que revela a pesquisa (estimulada) realizada pela Consult, em parceria com o Sistema Correio de Comunicação. Essa é a primeira pesquisa de intenções de voto no município após o início da propaganda eleitoral gratuita no rádio.
 Em segundo lugar está Aurilécio Moreira da Cunha (PT), da coligação ‘Por uma nova Pedras de Fogo’ (PP / PDT / PT / PTB / PMDB / PSC / PR / PT do B), com 34,38%.
 Em terceiro lugar aparece Sérgio Figueiredo Soares (PRB), da coligação ‘União democrática popular’ (PRB / PPS / PSDB), com 8,13%.
Dos eleitores entrevistados, 2,29% afirmaram que não votarão em nenhum dos ‘prefeitáveis’ citados. Os indecisos (não sabem dizer) somam 16,67%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) sob o número 00048/2012 no dia 24 deste mês. A pesquisa de campo foi realizada no dia 25 deste mês. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos com grau de confiabilidade de 95%. Ao todo, a Consult fez 480 entrevistas com eleitores de ambos os sexos, de todas as faixas etárias, níveis de escolaridade e rendimentos familiares. Todos os três candidatos tiveram o registro deferido pela Justiça Eleitoral.
 À frente na espontânea
Na pesquisa espontânea, o socialista Derivaldo Romão, o Dedé, que conta com o apoio do governador Ricardo Coutinho (PSB), também se mantém na liderança. Ele foi citado por 37,08% dos entrevistados. Dedé tem como vice Leonardo Ferreira Barros, do PSD. Em segundo aparece o petista Aurilécio, que tem o apoio do ex-prefeito e atual deputado federal Manoel Júnior (PMDB), com 30,83%. A companheira de chapa de Aurilécio é Kilza Ribeiro (PMDB). Em terceiro também na espontânea está Sérgio Figueiredo, atual vice-prefeito e que conta com o apoio da prefeita Clarice Ribeiro. Ele obteve 6,67%. Como vice, a coligação registrou o nome de Kleber Cesar Rodrigues Guedes (PSDB). Outros nomes são citados na pesquisa espontânea. O deputado federal Manoel Júnior (0,42%), a prefeita Clarice Ribeiro (0,21%), Júnior (0,21%) e ‘No candidato de Manoel Júnior’ (0,21%).
Dos eleitores entrevistados pela Consult/Correio, 22,08% informaram que ainda não sabem em quem votar para prefeito de Pedras de Fogo nas eleições de 7 de outubro e 2,29% responderam nenhum. Pode mudar o voto A Consult quis saber ainda se “A sua intenção de voto para Prefeito de Pedras de Fogo, hoje, poderá ou não mudar até a eleição?”. A opção ‘não mudará’ foi a escolhida por 62,08%. Já 20,42% afirmaram que podem sim mudar o voto faltando pouco mais de um mês para as eleições. Os indecisos (não sabem dizer) somam 17,5%.
 Disputa para a Câmara está indefinida
 Com 128 candidatos na disputa para as 11 vagas da Câmara Municipal de Pedras de Fogo, a pesquisa Consult/Correio revela que dos eleitores entrevistados 48,96% ainda não sabem em quem votar para vereador e 1,67% afirmou que não votará em nenhum dos candidatos postos. Na pesquisa (espontânea), foram citados 58 nomes, desses sete obtiveram percentuais acima de 2%. Dentre esses, o mais citado é Nelson da Una com 3,75%. Em seguida aparece Rivaldo Melo (2,71%), Noronha (2,5%), Zeca Empeleiteiro (2,5%), Jailson do Casadinho (2,29%), João Pedreiro (2,08%) e Nal de Campo Verde (2,08%).
 Rejeição
 O candidato que apresenta maior rejeição, segundo os dados da Consult/Correio, é Sérgio Figueiredo. Ele obteve 22,92%. Em seguida vem Dedé com 21,25%. O terceiro que apresenta maior rejeição é Aurilécio: 20,42%. Apenas 1,04% disse que rejeita todos os candidatos citados na pesquisa estimulada e 34,38% não sabem dizer.
 Quem vai ganhar
 Aos eleitores entrevistados na pesquisa foi perguntado “Quem o(a) sr.(a) (você) acha que vai ganhar a eleição para Prefeito de Pedras de Fogo?”. Para 35,83% quem ganhará as eleições esse ano será Derivaldo Romão, o Dedé. Aurilécio obteve 34,17% e Sérgio, 6,04%. Os indecisos somam 23,96%.
 Parceria
 A Consult Pesquisa trabalha em parceria com o Sistema Correio de Comunicação há 12 anos e atua no Estado da Paraíba há 20 anos. A empresa está no mercado há 24 anos e tem sua sede na Capital do Estado do Rio Grande do Norte, Natal. Liderança A pesquisa Consult/Correio perguntou aos eleitores de Pedras de Fogo “Quem o(a) sr.(a) (você) considera maior liderança política, hoje, em Pedras de Fogo?”. O deputado federal Manoel Júnior, sobrinho da prefeita Clarice Ribeiro, foi apontado por 28,33% como sendo a maior liderança do município, localizado na Zona da Mata paraibana. Os três candidatos a prefeito Derivaldo Romão, Aurilécio Cunha e Sérgio Figueiredo vêm em seguida com 22,92%, 8,96% e 2,5%, respectivamente. Em quinto lugar aparece Dr. Júnior (2,5%), seguido por Clarice Ribeiro (2,29%), Lula (0,21%), Gordo (0,21%) e ‘Legenda 13 (0,21%). Dos entrevistados, 27,5% responderam que não sabem e 4,38% responderam nenhum. Situação A Consult perguntou aos eleitores: “Em sua opinião, nos últimos anos, o(a) sr.(a) (você) acha que Pedras de Fogo, melhorou, piorou, ou está igual como era antes?”. Para 42,5% a cidade está “igual ao que está hoje”. Responderam ‘melhor’, 31,7% e, pior, 20%. Sony Lacerda
VIA: www.alhandraemfoco.com/2012/08/correioconsult-dede-lidera-disputa-em.html

A “gospelização” está em alta


Pense num beco estreito e sombrio, com calçamento de paralelepípedo, cercado de galpões. Imagine-se entrando por uma das portas, de madrugada. Você avista jovens de jeans rasgado e camiseta preta, cabelo eriçado, bracelete, tatuagem e piercing. Com latinhas de energético à mão, eles dançam sorridentes e saltitantes. Casaizinhos em cantos escuros trocam carícias e beijos... A descrição acima é de um encontro evangélico (evangélico?) que está se tornando cada vez mais comum, e com o apoio das lideranças, nesses tempos pós-modernos. Estou falando da “balada gospel”, diferente da balada original, mundana, visto que foi “gospelizada” pelos seus frequentadores, pertencentes à “geração gospel”. Muitos cristãos (cristãos?) do nosso tempo têm usado o adjetivo “gospel” para “santificar” atitudes, posturas, comportamentos, condutas e eventos que outrora estavam relacionados a pessoas que não conhecem o Evangelho. Parte-se da premissa de que o crente tem liberdade para fazer o que quiser e se divertir do jeito que bem entender — mesmo que imite o mundo —, e ninguém tem nada a ver com isso. “Não me diga que você é um daqueles protestantes retrógrados que ainda pensa que participar de festa junina é impróprio para o cristão. Deixa de ser legalista, meu chapa! Acorda, rapá!”, diria um famoso telepregador gospel. Isso mesmo: já existe o “arraiá gospel”, também conhecido como “festa jesuína”, inclusive em algumas pretensas Assembleias de Deus. O mesmo se aplica a baile e desfile de carnaval, música erotizante (que simula o ato sexual), esporte (esporte?) violento e sanguinário — cuja “bola” a ser chutada ou golpeada com a mão é a própria cabeça do “esportista” —, Halloween (conhecido como “Elohim”), “pegação”, etc. Como se depreende da leitura deste artigo, “gospelizar” é, pretensamente, “tornar evangélico”. Uma vez “gospelizado”, o que outrora era considerado pecaminoso pode ser praticado livremente, sem peso de consciência. O lema dos crentes da “geração gospel” é: “Vamos curtir a vida. Afinal, Jesus não é careta”. Os líderes e membros das igrejas “gospelizadas” se conformaram com o mundo. Seus cantores se inspiram em astros mundanos, como declarou, há algum tempo, o integrante de uma famosa banda gospel: “A gente ouve Bob Marley, mas só para se informar”. A tônica das mensagens “evangelísticas” pregadas nessas igrejas é: “Venha como está e fique como quiser”. Empreguei o termo “gospelização” pela primeira vez em abril de 1994, em um texto que escrevi para o jornal Mensageiro da Paz. À época, escrevi: “Os que quiserem podem até pular carnaval, pois já existem blocos de ‘samba evangélico’. Para os apreciadores de bebidas fortes já existe a ‘cerveja gospel’, sem álcool, é claro. E não ficaremos surpresos se lançarem o ‘cigarro gospel’, sem nicotina”. Naquela época, esse texto soou como profético para os conservadores, e ácido demais para os liberais, em razão de o processo de “gospelização” ainda estar em seu início. Não tenho conhecimento de que o “cigarro gospel” tenha sido inventado. Em compensação, hoje temos o “carnaval gospel” , o “arraiá gospel” , o “dia das bruxas gospel” , as “lutas de gladiadores gospel” , o “barzinho gospel” , a “balada gospel” , o “funk pancadão gospel” ... Como diz um “meme” do Facebook (imagem acima), “Só está faltando o inferno gospel”. Ciro Sanches Zibordi
FONTE: http://cirozibordi.blogspot.com.br/2012/07/a-gospelizacao-esta-em-alta.html