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sábado, 13 de outubro de 2012

O mistério sagrado do sono


Postado por Josiel Dias
 O que nossos hábitos de sono revelam a respeito de nosso relacionamento com Deus? Um artigo recentemente publicado na revista americana Time chamou a atenção para uma oportunidade de negócio bastante atraente para a época em que estamos vivendo: a indústria do sono. “Insônia: um negócio em crescimento”, dizia a manchete. A população, que em sua maioria, vive privada do sono, constitui um mercado maduro. O “negócio do sono”, como já é conhecido, está em franca expansão, apesar da economia lenta, e já soma um montante de mais de 32 bilhões de dólares nos Estados Unidos. De medicamentos a colchões e até velas, essa indústria promete fornecer tudo o que a pessoa insone precisa. A maioria de nós acredita que precisa apenas de umas poucas horas de sono para enfrentar um dia inteiro de trabalho e se dedicar ao que é realmente importante: produzir e correr atrás dos sonhos. O fato é que o sono é essencial para o bom funcionamento de nossos corpos e mentes. Estudos mostram que o déficit de sono retarda o pensamento, compromete a memória, dificulta o aprendizado, causa irritabilidade e dificulta o desenvolvimento de bons hábitos, como a boa alimentação e o exercício físico. A insônia também aumenta os riscos de depressão e ansiedade. A privação do sono afeta nosso julgamento e concentração e também está associada ao abuso de substâncias. Está ligada também ao aumento de riscos em acidentes de trânsito, obesidade, diabetes e problemas cardíacos. Nossas atividades ao longo do dia têm uma importante relação com a qualidade do nosso sono. A alimentação, os níveis de estresse e as preocupações afetam nosso descanso à noite. Recentes pesquisas mostram que até mesmo a tela do computador ou da televisão, pouco tempo antes de dormir, pode causar insônia. As necessidades de sono variam de pessoa para pessoa, mas de acordo com especialistas, uma pessoa adulta precisa, de pelo menos, sete a nove horas de sono por noite. Quase dois terços das pessoas entrevistadas afirmaram que não dormem a quantidade de horas necessárias durante a semana. É aí que está a oportunidade para o negócio. O sono se tornou um negócio, em parte porque não enxergamos sua relação com o tempo em que passamos acordados. Muitos de nós o consideramos uma interrupção forçada de nossas vidas produtivas. Quando sentimos sono, nos forçamos a não nos entregar a ele, até que terminemos nossas tarefas. No entanto, ironicamente, a abstinência do sono diminui nossa produtividade. Essa suposta separação entre o sono e as horas produtivas é um tanto falsa. Afinal de contas, ambos os momentos fazem parte de nossas vidas. Acaso ofereceríamos a Deus o trabalho que realizamos quando estamos acordados e eliminaríamos nosso tempo de sono como sendo algo indigno de Sua atenção? Talvez o sono não se trate apenas de um combustível para nos ajudar a cumprir o trabalho que Deus nos chamou para fazer aqui na terra. Talvez ele seja parte desse trabalho. Fomos criados por Deus, com mais do que uma necessidade de descanso, fomos criados com uma capacidade incrível para isso – a maioria de nós precisa passar um terço de nossas vidas dormindo. Seria toda essa quantidade de sono, um desperdício? Um luxo ao qual não podemos nos dar? Um paraíso para os preguiçosos? Ou seria uma expressão de nossa humanidade, um ato de submissão a Deus, uma celebração de Sua criação? Poderia ter valor em si mesmo? A Bíblia retrata frequentemente o sono como um reflexo do nosso relacionamento com Deus. O sono é...
 Um ato de confiança: “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, SENHOR, me fazes habitar em segurança” (Salmos 4:8).
 Um ato de humildade: “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono” (Salmos 127:2).
 Uma celebração da bênção de Deus: “Quando te deitares, não temerás; ao contrário, o teu sono será suave ao te deitares. Não temas o pavor repentino, nem a investida dos perversos quando vier. Porque o SENHOR será a tua esperança; guardará os teus pés de serem capturados” (Provérbios 3:24-26).
 Uma posição de receptividade: “E, tendo eles se retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há de procurar o menino para o matar” (Mateus 2:13).
 Uma distinção entre Deus e nós: “Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará. Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel” (Salmos 121:3-4).
 O sono não é inútil. É algo crítico e ativo – não podemos, literalmente, viver sem ele. Quando dormimos, descansamos. Relaxamos nossos músculos. Sonhamos e geramos ideias. Solidificamos e retemos memórias. Nossa imunidade é reforçada. Nossos corpos são restaurados e curados. Trata-se, também, de um momento em que deixamos o controle de lado e nos colocamos nas mãos de Deus. O sono pode ter ainda mais benefícios que ainda não conhecemos – trata-se de algo misterioso para a ciência. Apesar de não compreendermos totalmente nossa necessidade de sono, não podemos simplesmente dispensa-lo. Em vez disso, devemos tentar enxerga-lo de forma diferente. Trata-se de um ato de fé em uma vida conturbada, ato que honra nosso Criador e faz parte do nosso propósito na terra. O aspecto mais importante do sono é que ele faz parte de uma vida inteira consagrada Àquele que nunca dorme.
 Traduzido por Julia Ramalho
VIA: http://josiel-dias.blogspot.com.br/2012/09/o-misterio-sagrado-do-sono.html

Prove que você não é um louco terrorista em potencial, crie perfil no Facebook


Fernando Soares Campos
 Leio no site do jornal Correio do Brasil:
 Ação do Facebook despenca 7% com desvalorização de US$ 4 bilhões
 “As ações do Facebook despencaram mais de 7% nesta quinta-feira, para o menor nível desde o IPO da rede social, eliminando mais de US$ 4 bilhões em valor de mercado da empresa depois que o primeiro de vários períodos de retenção de venda dos papéis por detentores que têm relação com a companhia chegou ao fim.” (...)
 “O Facebook, maior rede social do mundo com 955 milhões de usuários, tem visto queda em suas ações desde a estreia que havia definido valor de mais de US$ 100 bilhões para a empresa.”
 Taí uma notícia que revela mais do que a simples análise da situação do Facebook em operações bursáteis. Como assim? Explico, ou tento explicar. Observe que a matéria indica que se trata da “maior rede social do mundo com 955 milhões de usuários”. E daí?! Daí que, considerando que atualmente a população mundial gira em torno dos 7 bilhões de pessoas, se deduzirmos destes os cerca de 1 bilhão de usuários do Facebook, restariam 6 bilhões de pessoas suspeitas de serem terroristas em potencial ou de denotarem alterações patológicas das faculdades mentais.
 Como assim?! (Ora, o sanduba é seu, e você come do jeito que lhe der na telha.)
 Acontece que recebi por e-mail outra matéria tratando de questões relacionadas ao Facebook, uma nota a mim enviada pelo meu amigo João Tertuliano, professor universitário, uma pessoa que só pôde comprovar sanidade mental depois de ter criado perfil do Facebook.
 Como assim?! (Ora, você pode comer do jeito que achar mais conveniente, não precisa se preocupar com etiquetas.) Mas... vamos aos fatos, ou à desfaçatez dos factiodes. A nota, publicada internet adentro, intitula-se... Não estar no Facebook pode ser sinal de perturbação mental, dizem psicólogos Casos recentes de assassinatos em massa foram cometidos por quem está fora da rede O Facebook se tornou um espaço tão comum para os internautas que não estar presente na rede social transformou as pessoas em estranhas. A revista alemã Der Taggspiegel chegou a traçar uma relação entre os assassinatos em massa cometidos pelo americano James Holmes e o norueguês Anders Behring Breivik: nenhum dos dois tinha perfil no Facebook. Em outro indício de que a falta no site nos torna "suspeitos", a Forbes.com reportou recentemente que os departamentos de recursos humanos das empresas dos Estados Unidos estão mais cautelosos quanto aos candidatos que escolheram ficar de fora. A ideia dos recrutadores, como ressalta o Daily Mail, é que se a pessoa não quis criar uma conta no Facebook, tem uma vida complicada demais para se expor. E o Daily ainda traz o exemplo do repórter de tecnologia Farhad Manjoo, que escreveu uma coluna para o Slate.com dizendo que não se deve namorar quem está fora da rede social. "Se você tem uma certa idade e vai se encontrar com alguém com quem pode acabar indo para a cama, e essa pessoa não tem uma página no Facebook, pode ser que você tenha recebido um nome falso", afirma. "Poderia ser um tipo de bandeira vermelha." Mas Manjoo acredita que isso é uma situação válida apenas para os jovens, já que os mais velhos não tinham redes sociais até se tornarem adultos. Outro site de tecnologia, o Slashdot, resumiu o que sugestiona a Der Taggspiegel da seguinte forma: "Não ter uma conta no Facebook pode ser o primeiro sinal de que você é um assassino em massa." Tanto Holmes, que matou 12 pessoas num cinema, quanto Breivik, que matou 77, deixaram pequenas pegadas virtuais, mas nenhum indício pelo site de Mark Zuckerberg. Em entrevista à revista alemã, o psicólogo Christopher Moeller defendeu que o Facebook se tornou atestado de sanidade porque mostra que as pessoas têm relações sociais saudáveis. E você, acha que o Facebook tem todo esse poder? .................................................................................
 Mas existe outro problema a ser resolvido.
 Como assim?! (Ora, coma do jeito que achar mais cômodo, afinal, isso aí deve ser um coito consentido, ao contrário da acusação que pesa contra o Julian Assange.) Trata-se de outra matéria do próprio Correio do Brasil Facebook reconhece ter 83 milhões de perfis falsos. Então, nesse caso, deduzindo esses 83 milhões de perfis falsos dos “955 milhões de usuários” do Facebook, restam no mundo apenas 872 milhões de pessoas confiáveis, os que possuem perfis “verdadeiros” no Facebook. Somos, portanto, aproximadamente 6 bilhões de suspeitos e 83 milhões de comprovados loucos terroristas que invadiram o site. Mas foi o mesmo amigo meu, o João, quem forneceu a pista para matar a charada da lógica facebookiana. Ele enviou junto à nota o comentário de um leitor(a): Oi João Essa lógica é um pouco controvertida. Dizer que os dois indivíduos eram assassinos por não terem perfil no Facebook me lembra aquela velha piada do português que concluiu que "era lógico" que quem não tivesse um aquário era bicha. Rsrsrsrs .... Mas, o fato é que o FB pode tomar tanto tempo que as pessoas podem até não ter mais tempo de matar as outras, OU de salvá-las da morte, também. Rsrsrs ... Um abraço Na mosca! Ou no asterisco dos tais psicólogos. Você já perguntou ao seu vizinho se ele registrou perfil no Facebook? Não?! Então você é um sujeito ingênuo! Não é um autêntico paranóico, como estão querendo fazer de toda a população mundial - um bando de esquizofrênicos paranóides. Agora pode comer seu sanduba ou trepar à vontade. _________________________________________________
 MODIFICADO DE: http://juntosomos-fortes.blogspot.com.br/2012/08/prove-que-voce-nao-e-um-louco.html

Hebe Camargo e o respeito à vida (ou a falta dele)


Dou aulas de Geografia há 19 anos. Talvez poucos nomes foram tão lembrados nas minhas aulas quanto o de Hebe Camargo. E tenho certeza de que jamais disse algo de bom a respeito dela. Muita gente deu risada e, de vez em quando, alguém não se continha e perguntava: "Mas por que você não gosta dela?". Para alguns alunos eu dizia as minhas razões. Na maior parte das vezes respondia com outra pergunta: "Por que deveria gostar dela?", ou ainda, "Dê-me pelo menos 3 razões para gostar dela...". Nunca me disseram uma única razão. Ontem Hebe Camargo morreu e não foram poucos os amigos que me avisaram. Mensagens pelo celular, recados em caixa-postal e mais de 60 notificações no Facebook me obrigaram a dizer qualquer coisa. A primeira coisa que pensei foi explicar, finalmente, as razões de minha implicância com a falecida. Mas julguei que tão importante quanto isso seria deixar claro que não havia motivo para debochar da sua morte. Quem respeita a vida e luta contra os abusos contra ela não tem o direito de brincar com a morte dos outros. Eventualmente uma piada ou outra acaba saindo, em ambiente privado, descontraído. Publicamente não é bom. E no mundo em que vivemos é preciso cada vez mais separar o que é íntimo, privado, daquilo que pode ser público, aberto. E eis que aí procuro me diferenciar de Hebe Camargo. A busca pela correção naquilo que tornamos público. Já disse algumas vezes, para algumas turmas de alunos, que um professor deve ter responsabilidade com aquilo que diz. Brincadeiras à parte, manifestações racistas, preconceituosas ou que preguem qualquer tipo de mal individual ou coletivo, devem ser combatidas, mais do que evitadas. Na minha carreira de professor tive períodos de lecionar, semanalmente, para centenas de alunos. Não tive o direito de pregar ódio. E procurei ser cuidadoso com isso. Sempre, apesar de erros. Hebe Camargo tinha um alcance maior. Em rede nacional de TV atingia milhões de brasileiros. Era descontraída e tinha uma capacidade de comunicação rara. Reconhecer isso não me traz nenhuma dificuldade. Minha repulsa era justamente o que ela fazia com essa capacidade rara de comunicação. Quem ler o livro "Autopsia do medo", de Percival de Souza, ficará sabendo de muitas histórias a respeito do maior torturador do regime militar, Sergio Paranhos Fleury. Nele saberá de ao menos uma das relações entre o delegado torturador e Hebe Carmargo. Fleury se notabilizou pela capacidade de combater opositores do regime militar, em especial os guerrilheiros. Ele era um delegado de péssima reputação na polícia de SP, mas foi útil ao empregar suas "técnicas" para a ditadura. Um promotor público de SP, baixinho e fisicamente frágil, chamado Hélio Bicudo, ousou enfrentar o delegado torturador, assassino e ocultador de cadáveres. Hélio Bicudo sabia que não podia enquadrar Fleury por crimes de combate a perseguidos políticos. Usou outra estratégia. Resolveu enquadrar o delegado pelos abusos que cometeu ANTES de ser agente da repressão política. Fleury fazia parte de um esquema de assassinatos conhecido como "Esquadrão da Morte", e por ele foi processado e julgado. A estratégia de Hélio Bicudo foi tão engenhosa que a ditadura não tinha como livrá-lo da cadeia. A solução para a ditadura foi mudar a lei. Inventou que réu primário não precisava necessariamente ser preso. A lei ficou conhecida como "Lei Fleury". Criada para livrar a cara de um delegado torturador. No processo contra Fleury foram arroladas testemunhas para a sua defesa. Uma delas foi Hebe Camargo. Fleury agenciava policiais que trabalhavam como seguranças para cantores e gente da televisão. Por isso era bem relacionado com gente da TV. A estratégia da sua defesa foi impressionar o tribunal com uma figura conhecida e muito influente. Muita gente pode ser poupada de críticas pelo que fez ou deixou de fazer durante a ditadura. Hebe Camargo não. Num dos momentos mais tristes da história do nosso país ela escolheu um lado. No caso, o lado de quem não respeitava a vida e a dignidade. E fez isso conscientemente. No período pós ditadura não me impressionou que Hebe apoiasse Paulo Maluf e atacasse uma figura como Dom Paulo Evaristo Arns. Não foram poucas as vezes em que vi Hebe Camargo protestar contra defensores de direitos humanos. Também não me causou espanto vê-la no falido movimento "Cansei", aquele que tentou explorar politicamente a dor causada pela queda do avião da TAM. O movimento "Cansei" partiu de uma ação nojenta. Usar a morte e a tristeza para interesses político-eleitorais. Hebe Camargo mais uma vez não respeitou isso. Num país que valorizasse a vida humana e o respeito ao direito básicos de TODOS, Hebe Camargo não teria público. Não seria proibida de falar as bobagens e as apologias de violência que tanto apreciava. Num país mais civilizado ela simplesmente seria ignorada. Entendo que uma figura como Hebe Camargo não aparecerá novamente, pela simples razão de que a televisão já não é a mesma. Até poucos anos atrás uma apresentadora de TV tinha um peso muito grande na opinião das pessoas, pois não havia muitas opções. Fico muito feliz hoje em saber que meus alunos ficam mais tempo da internet do que diante da TV. É cada vez menor o número de pessoas que ainda assistem novela e que levam a sério porcarias de programas como os que são apresentados na TV brasileira. O que lamento nessa história toda é que a saída de Hebe Camargo da TV brasileira se tenha dado apenas por conta da sua morte. O país que desejo para o povo seria capaz de se livrar desse tipo de conduta sem a morte. O respeito à vida me obriga a continuar lutando e me manifestando nessa direção. O respeito à vida humana que Hebe Camargo jamais demonstrou ter. Morreu Hebe Camargo e espero que um dia morra esse jeito nefasto e desumano de usar a TV no Brasil.Sérgio de Moraes Paulo No Assaz Atroz
VIA: http://contextolivre.blogspot.com.br/2012/10/hebe-camargo-e-o-respeito-vida-ou-falta.html