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terça-feira, 20 de novembro de 2012

O Emir do Qatar ajudou Israel a localizar os líderes e escritórios do Hámas


Palestina - Somos Todos Palestinos -
O Emir do Qatar, xeque Hamad bin Jalifa Al Thani, durante sua recente visita à Faixa de Gaza, localizou as residências e escritórios de vários líderes do Hamas, que tornaram-se alvos de ataques do regime sionista.
 De acordo com um relatório publicado no último sábado pela agência iraniana de notícias Fars, o Emir qatari presenteou com uma série de relógios e canetas os principais líderes do Movimento de Resistência Islâmica Palestina (Hámas), presentes que poderiam transmitir sinais de baixa frequência aos satélites israelenses. As autoridades militares do regime israelense, segundo o texto, em seguida, teria usado os sinais recebidos para detectar e matar líderes do Hamas. De acordo com a Fars, Ahmed al-Jabari, um alto comandante do Hamas que foi morto na quarta-feira em um ataque aéreo israelense em seu veículo, foi vítima desse script preparado contra o Hamas. Além disso, as primeiras horas de sábado, a sede do Hamas, depois de ser alvo de quatro ataques, foi completamente destruída, enquanto as casas adjacentes também foram danificadas.
 O Emir chegou a Gaza em 23 de outubro, sua visita tornou-se a primeira de um chefe de Estado a viajar para o enclave costeiro desde que o Hámas venceu as eleições parlamentares em 2006 e formou um governo eleito.
 Com informações da Hispantv.
VIA: http://www.diarioliberdade.org/mundo/direitos-nacionais-e-imperialismo/33207-o-emir-do-qatar-ajudou-israel-a-localizar-os-l%C3%ADderes-e-escrit%C3%B3rios-do-h%C3%A1mas.html

Senador Costa: desnacionalização está levando à desindustrialização


Para líder do PPL no Senado, “nação alguma conseguiu crescer sem que a base desse crescimento fosse sua própria indústria”
 O líder do Partido Pátria Livre no Senado, João Costa (TO), em pronunciamento no Plenário, terça-feira (06), afirmou que “não há como resolver o problema do crescimento nacional autossustentado, se a economia não é mais nacional, sendo gerida a partir de fora”. O senador alertou para a desnacionalização e a desindustrialização de empresas e sintetizou: “nação alguma conseguiu crescer sem que a base desse crescimento fosse sua própria indústria. Pensar o contrário, em momento em que as filiais de empresas externas aqui instaladas têm que enviar lucros para ajudar suas matrizes no exterior, tornando seus investimentos aqui dentro, que já não eram grandes, cada vez mais secundários, é uma ilusão fatal na qual não temos porque cair”. A seguir a íntegra do discurso.
 “Sr. Presidente, senador José Sarney, boa tarde. Senhoras e senhores senadores; senhoras e senhores que nos assistem pela TV Senado, os integrantes do Partido Pátria Livre (PPL) têm a honra de ter contribuído com a eleição da Presidente Dilma Rousseff. Da mesma forma, temos apoiado a Presidente da República em sua campanha contra os juros altos – em seu objetivo de fazer os juros, dentro do País, chegarem ao patamar da maioria dos outros países. Apesar de todos os cortes de juros que o Banco Central realizou desde 31 de agosto do ano passado, o Brasil ainda continua com os maiores juros reais do mundo. A taxa real dos juros básicos – assim considerada, a taxa de juros básica, descontada a inflação – está hoje em 1,75% a.a., enquanto a média internacional é negativa; está em menos 0,4% a.a. Mas, enquanto a taxa de juros básica real está abaixo de 2% a.a., a taxa média de juros reais do crédito para pessoas físicas e jurídicas alcançou 23,2% a.a. em setembro, isto é, 29,9% em termos nominais!!!. Esse nível altíssimo reflete principalmente um elevadíssimo spread bancário real de 16,3% a.a. (22,3% a.a. em termos nominais). Relembre-se que spread é a diferença de juros que os bancos pagam aos aplicadores e cobram dos tomadores de empréstimos. Mesmo com a redução do spread bancário, observada desde abril –quando a Presidente Dilma iniciou uma política de redução de juros praticados pelos bancos públicos para elevar a concorrência –, a economia brasileira opera com o mais eleva-do spread bancário do mundo, o que penaliza gravemente e de forma injustificável os investimentos produtivos, reduzindo, por conseguinte, a taxa de crescimento da economia brasileira. Dados relativos aos custos de captação, aos custos fiscais (impostos) e administrativos (empregados e despesas com agências), ao custo com o compulsório, e o risco de inadimplência, não podem mais justificar a absurda taxa de juros efetiva cobrada do consumidor brasileiro, ou seja, inaceitável é a alta taxa dos juros pagos na ponta pelas pessoas.
 DESNACIONALIZAÇÃO
 Nosso partido apoiou, e só poderia apoiar e apoia a luta da Presidente Dilma para que os juros no Brasil cheguem a um nível civilizado, pois trata-se de uma condição para que o País consiga crescer, desenvolver-se e ser justo para com todos aqueles que o formam. Exatamente no mesmo sentido em que, a partir de janeiro de 2011, para colaborar com a Presidente Dilma em sua missão de fazer o País crescer, nós a alertamos contra os consecutivos aumentos de juros realizados até julho do ano passado pelo Banco Central. Cabe-nos agora apontar as seguintes questões: a desnacionalização e a desindustrialização de empresas. Para um país com os recursos do Brasil, nenhum desses problemas é muito difícil de superar, embora reconheçamos, não seja uma tarefa fácil de governo elaborar uma política econômica que contemple o conjunto de nossas necessidades. No momento, nós ainda não conseguimos reverter as baixas taxas de crescimento que sucederam aos aumentos de juros de 2011. Sem dúvida, não é a crise dos EUA, da Europa e do Japão que nos tem impedido de crescer de forma condigna a contemplar as necessidades de nosso povo. Como também tem sido dito pela Presidente, nosso diferencial é o imenso mercado interno e, como aconteceu em outros momentos da nossa história, não será, como nunca foi, o mercado externo que impulsionará o nosso crescimento. A questão, em síntese, é que nação alguma conseguiu crescer sem que a base desse crescimento fosse sua própria indústria. Pensar o contrário, em momento em que as filiais de empresas externas aqui instaladas têm que enviar lucros para ajudar suas matrizes no exterior, tornando seus investimentos aqui dentro, que já não eram grandes, cada vez mais secundários, é uma ilusão fatal na qual não temos porque cair. Infelizmente, o contrário tem acontecido no Brasil. Relatório divulgado pela consultoria KPMG, no último dia 11, revela que até o final de setembro nada menos que 247 empresas nacionais foram adquiridas por fundos, bancos ou outras empresas estrangeiras. Essas 247 empresas são um número recorde: o maior número de empresas nacionais já compradas por dinheiro estrangeiro no período que vai de janeiro a setembro em toda a história do Brasil. Porém, isso não é tudo: essas 247 empresas são mais do que o número de empresas brasileiras desnacionalizadas em qualquer ano anterior, apesar de essa ser uma comparação entre nove meses de 2012 com os 12 meses dos anos anteriores. Para que possamos ver essa tragédia numa dimensão mais próxima da verdadeira, ressaltemos que de janeiro de 2011 a setembro de 2012 foram desnacionalizadas 455 empresas. De 2004 para cá, foram 1.247 as empresas desnacionalizadas. Obviamente, não são as empresas menores e de menor importância as que são compradas pelo capital estrangeiro, embora, é bom que se diga, a desnacionalização já atinja até mesmo redes de lanchonetes. Quais são as consequências desse processo intenso de desnacionalização, dessa feira a que estão submetidas as empresas nacionais? O primeiro e mais grave chama-se desindustrialização, pois a causa maior e mais profunda do que hoje se tornou notório sob esse nome é, precisamente, a desindustrialização. As filiais de multinacionais são empresas importadoras. Assim, na medida em que avança a desnacionalização, uma série de empresas brasileiras fornecedoras de componentes ou insumos é substituída por importações de produtos. Além disso, nos últimos anos, as multinacionais vêm aumentando suas importações não apenas de componentes e insumos, mas também de produtos acabados, com o resultado de diminuir cada vez mais o mercado das empresas nacionais. Com isso, filiais de multinacionais, que já eram apenas montadoras, passam agora a ser apenas, crescentemente, balcões de vendas de produtos importados. O resultado é que o nosso crescimento é travado pela desnacionalização: em vez de produzir, uma parte cada vez maior da economia do País torna-se um entreposto de importações de componentes, insumos ou mesmo mercadorias acabadas, com a consequente desindustrialização. Como notou a Presidente Dilma, a política dos países que estão em crise é o expansionismo monetário. Em poucas palavras: a começar pelos Estados Unidos e por alguns países da Europa, eles estão desvalorizando as suas moedas através de emissões de dinheiro para, com trilhões de dólares, sustentar seus bancos falidos, manipular o câmbio, vender mais mercadorias, ou seja, exportar mais com um preço completamente artificial. Buscam com essa barreira cambial impedir, cada vez mais, que nossos produtos entrem em seus mercados. Mas não é só para isso que serve esse dinheiro. Liberado, de forma cautelosa, ele vem para países como o nosso, para especular com papéis, e, nos últimos anos, principalmente para comprar empresas nossas. Naturalmente, nada temos contra a existência de capital estrangeiro dentro do País, porque o País é nosso. Empresas estrangeiras podem ser importantes como acessórias ao desenvolvimento nacional. Nossas propostas para resolver o problema são aquelas que, por sinal, outros países já colocaram em prática: uma política de financiamentos públicos, sobretudo os do BNDES, centrados, principalmente, nas empresas genuinamente nacionais, prioridade nas compras e fornecimentos do Estado para as empresas nacionais. O que elas não podem é ser elas próprias o desenvolvimento nacional. Esse é um ponto chave, Sr. Presidente, para o qual o Partido Pátria Livre (PPL) vem chamando atenção. Não há como resolver o problema do crescimento nacional autossustentado, se a economia não é mais nacional, sendo gerida a partir de fora. Hoje, ainda há quem confunda a questão dessas prioridades centrando-as na indústria local – que são, ou se tornaram rapidamente as filiais de multinacionais – ou em fornecimentos locais. No entanto, a questão básica são as empresas de capital nacional, as empresas genuinamente nacionais. Com essas ponderações, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o PPL chama atenção para a desindustrialização que toma conta do Brasil e para a internacionalização das empresas. Muito obrigado.”
 FONTE: http://www.horadopovo.com.br/

Petrobras colabora com criação de Norma Técnica para avaliação da qualidade da gasolina


O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) anunciaram nesta semana o lançamento da norma “ABNT NBR 16038 – Combustíveis – Medição de depósitos em válvulas de admissão em motor com ignição por centelha”, uma metodologia de teste para avaliar a qualidade da gasolina comercializada no Brasil. Esta metodologia foi utilizada durante vários anos pelo Centro de Pesquisas & Desenvolvimento da Petrobras – Cenpes no desenvolvimento e aperfeiçoamento das gasolinas da Companhia e, recentemente, adaptada aos motores flex.
 A necessidade da norma surgiu com a instituição da Resolução ANP nº 38, de 09 de dezembro de 2009, na qual a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estabeleceu que, a partir de janeiro de 2014, toda gasolina comercializada no Brasil deverá conter aditivo detergente-dispersante. A presença desse aditivo na gasolina propicia um melhor nível de limpeza nos componentes internos do motor (tais como válvulas de admissão e injetores de combustível), o que proporciona ao veículo as condições necessárias para cumprir, no decorrer de sua vida útil, o atendimento aos requisitos de emissões de poluentes exigidos pela legislação, contribuindo para a qualidade do ar nas cidades brasileiras.
Desse modo, a ANP conta agora com um instrumento de avaliação e certificação da qualidade da gasolina, com o qual poderá testar se a gasolina comercializada a partir de 2014 estará de acordo com as exigências de qualidade recomendadas.
 Para a transformação dessa metodologia em norma, além da Petrobras, da ANP e do IBP, participaram também a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a Fiat, a FPT Powertrain (empresa fabricante de motores), a Associação Brasileira dos Fabricantes de Aditivos (Abrafa), os fabricantes de aditivos e as instituições de pesquisa Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais – Cetec, Instituto Mauá de Tecnologia – IMT e Instituto Nacional de Tecnologia – INT. “A gasolina brasileira é única no mundo e possui um teor de etanol, definido por Lei Federal, na faixa de 18 a 25%, em volume adicionado. Sendo assim, percebemos a necessidade de uma adequação dos ensaios às características e às peculiaridades dos veículos e combustíveis nacionais”, explica Ricardo Sá, consultor do Cenpes.
 Dentre os benefícios trazidos pela metodologia de avaliação de aditivos, Ricardo destaca a homogeneidade da gasolina aditivada no país, assim como um melhor desempenho dos motores nacionais, uma vez que a gasolina passará a ser desenvolvida de acordo com os padrões brasileiros. “Outro ponto importante é que, por causa da gasolina adequada, há a menor formação de depósito nas partes do motor, sendo possível aumentar o espaçamento entre as manutenções realizadas”, finaliza.
 FONTE:
http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2012/11/16/petrobras-colabora-com-criacao-de-norma-tecnica-brasileira-para-avaliacao-da-qualidade-da-gasolina-nacional/

          QUE BOM QUE VOCÊ ESTÁ SE DIVERTINDO COM ISTO!
ORIGINAL: www.catasters.com

PSDB e o Principado do Jardim Paulista


Por Dilair Aguiar, no Blogue, porém limpinho:
 A futura bancada do PSDB na Câmara de Vereadores de São Paulo proporá em seu primeiro projeto de lei a criação do Principado do Jardim Paulista, dando autonomia político-administrativa a um dos bairros mais nobres da cidade, no qual o candidato José Serra recebeu 78% dos votos. “A ideia surgiu durante as comemorações dos 80 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, ao notarmos as semelhanças entre a ditadura varguista e os rumos que o país vem tomando desde 2002”, revelou em entrevista à imprensa o vereador eleito Andrea Matarazzo, responsável pela renovação urbanística implantada na região central do município. Andrea disse ter vislumbrado a oportunidade de “tirar o conceito do papel” ao analisar o Plano de Governo de Fernando Haddad. ”Na página 114, Haddad fala sobre ‘descentralização e valorização das Subprefeituras’; na prática, apenas uma versão acanhada do que já havíamos pensado. Mas quando a ideia do adversário é boa, nós não a jogamos fora: a melhoramos e vamos além, ousamos”, destacou. “Nosso projeto segue a bem-sucedida, mas pouco compreendida, estrutura jurídico-administrativa mantida durante décadas na África do Sul, pela qual brancos e não-brancos exerciam sua cidadania com plena liberdade, em áreas separadas. Como os brancos constituem 92% da população do Jardim Paulista, este é o caminho natural.” Indagado se a proposta não seria segregacionista, Andrea argumentou que “em nossos restaurantes, basta exclamar ‘Joaquim Barbosa’ para ouvir calorosos aplausos. Eu mesmo dou bom-dia a todos os meus empregados e, durante a campanha, até apertei a mão daquela gente diferenciada”.
 Tradição aliada à modernidade Sobre o sistema político a ser adotado, o vereador disse que “incorporamos o bom-gosto e refinamento dos microestados europeus, como o Principado de Mônaco, onde a tradição do regime monárquico se alia ao que há de mais moderno nas práticas fiscais. Um paraíso. É justamente por isso que assumiremos o nome de Principado do Jardim Paulista”. Segundo ele, o modelo de Mônaco – no qual o Executivo é composto por um Príncipe e um chefe de governo – foi considerado ideal. “Mas antes que nos acusem de recorrermos somente a fórmulas estrangeiras, adianto que retomaremos um sábio dispositivo da primeira Constituição brasileira, a de 1824, promulgada por D. Pedro I: o voto censitário, restrito aos habitantes de maior renda. Assim evitaremos o grande flagelo da democracia no país, que é a troca do voto por bolsas-esmolas”. “Nas eleições do Principado, bastará apresentar o título de eleitor e algum cartão de crédito internacional, mas Platinum ou acima, pois até mesmo este verdadeiro certificado do mérito está sendo comprometido pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal”, completou.
 Antes de encerrar a entrevista, Andrea observou que há ainda vários pontos em debate pela bancada, e citou um exemplo: “Discutimos muito se moradores de bairros próximos, como Higienópolis, poderiam se candidatar ao cargo de Príncipe, até nosso coronel especialista em Direitos Humanos lembrar que foi um austríaco quem realizou o melhor governo já tido pela Alemanha, resolvendo a questão”.
 * Esta é uma obra de ficção - todos sabemos que as pessoas eventualmente citadas JAMAIS agiriam dessa forma.
VIA: http://altamiroborges.blogspot.com.br/2012/11/psdb-e-o-principado-do-jardim-paulista.html#more

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Os tipos Populares do Ceará Moleque: Bembém Garapeiro, Manezinho do Bispo e Raimundo Varão


O epíteto Ceará Moleque foi incorporado ao imaginário cearense e designa as presepadas de um povo gaiato que vaiou o Sol, transformou um bode chamado Yoiô em peça museológica e é capaz de rir da própria miséria. A molecagem do cearense é expressa na oralidade do povo mas também possui registro escrito nos clássicos “Coisas que o tempo levou” de Raimundo Menezes , “Fortaleza Belle Epoque” de Sebastião Rogério Ponte ,“Sábado – Estação de Viver” do Juarez Leitão ou ainda o saudoso Blanchard Girão que antes de partir nos brindou com seu livro "O Liceu e o Bonde - Na Paisagem Sentimental da Fortaleza-Província".
 O termo “Ceará Moleque” surgiu com o escritor Adolfo Caminha no romance “A Normalista”, obra naturalista do século XIX que desnuda a Fortaleza das irreverências e ironias mas também dos preconceitos e da hipocrisias, do qual o próprio autor foi vitimado. A Praça do Ferreira era a capital da república do Ceará moleque. Era lá que a pilhéria e a compulsão a molecagem encontrava seus maiores representantes nos tipos populares originados das camadas mais pobres ou ainda na boemia literária, escritores e poetas, oriundos da classe média. Segundo o poeta Plautus Cunha, filho do genial Quintino Cunha, todo cearense carrega o estigma da molecagem pois , “o moleque do Ceará, manifesta-se repentinamente em qualquer cearense, e neste momento não há preocupação de classe ou posição social; desembargadores, militares, políticos, eclesiásticos, comerciantes, caixeiros, gente de rua, zé-povinho, respeitosas, engraxates, mães de família, mocinhas, todos enfim, que nasceram no Ceará, guardam em si uma molecagenzinha para disparar quando menos se espera.”
 Mas afinal, quem eram esses tipos que fizeram rir os nossos conterrâneos? Quem foram aqueles poetas e loucos que nos fizeram refletir sobre a cearensidade? Será que a propensão ao deboche não refletia , na verdade , um preconceito das elites contra os tipos populares? Havia o Bembém Garapeiro, proprietário de um quisque que vendia caldo de cana defronte ao Passeio Público. Garapeiro era fascinado com os hábitos franceses da elite Fortalezence que imitava Paris. Com muito sacrifício, juntou dinheiro e realizou o sonho de conhecer a capital da França. Voltou impressionado e dizia que lá até as crianças, prostitutas e garis falavam francês. Aculturado, agora queria ser chamado de Bién-Bién Garapiére.
 Outro tipo inesquecível foi o Manezinho do Bispo, porteiro do palácio católico, que tempos depois virou sede do poder executivo municipal. Pois bem, Manezinho era um tipo esquisito. Usava um surrado paletó cinzento bem menor do que seu corpo comportava, deixando amplamente à mostra o punhos brancos da camisa O cabelo, ensebado e liso era muito branco. Se pretendia escritor e carregava sempre um rolo de papel com seus escritos, poemas, pensamentos e aforismas.
Do seu talento surgiram pérolas como “amar sem ser amado é correr atrás de um trem e perder”, “O bacharel pobre que casa com uma moça pobre dá um tiro com pistola do passado nos miolos do futuro”, “gostaria de ser como as borboletas: as borboletas voam e eu não vôo”ou então o poema dedicado a sua falecida genitora: “Para minha ex-mãe”. Manezinho acordava de madrugada e escrevia poemas aforismas que lhe pareciam geniais mas que eram motivos de risos na Praça do Ferreira.
Um dos seus clássicos foi o poema dedicado ao Brasil: “ Minha Pátria, Minha Pátria/ Querida terra brasileira, / Por ti dou eu / Uma grande carreira.” Outro tipo engraçado foi Raimundo Varão, poeta que tinha seis dedos em cada mão e possuía um um sapo como animal de estimação. Os antigos diziam que Raimundo Varão tinha parte com o diabo. Uma histórias de Varão corroborou para esta a a lenda desta mefistofélica parceria: Certa noite boêmia, o poeta terminou a farra na Praia Formosa em meio a uma tempestade com raios e trovões. Raimundo Varão não se intimidou e berrava ensadecido aos céus que Deus provasse a sua existência mandando um raio que o partisse ao meio.
 O cearense moleque revela no espelho da sua gaiatice seu corpo e alma que desafia o tempo no palco da vida. Destas paragens merece destaque a história do Bode Yoiô e uma certa padaria, comandada pelo padeiro Antônio ( Moacir Jurema) que alimentava com o pão o espírito inquiento do cearense. Mas aí já vão outras histórias.
. FONTE: http://www.evaldolima.com.br/2011/12/os-tipos-populares-do-ceara-moleque.html

Destaques da semana: ações de enfrentamento à estiagem e encontro com prefeitos


Em reunião na última terça-feira (30), a presidenta Dilma Rousseff debateu com ministros as ações de enfrentamento à estiagem. Segundo balanço divulgado no dia anterior pelo Ministério da Integração, foram liberados R$ 3,2 bilhões que beneficiaram 5 milhões de famílias. Os trabalhos acontecem desde abril, em articulação com dez estados que formaram comitês para controle e execução das ações. A presidenta também se reuniu com os prefeitos eleitos em São Paulo, Fernando Haddad, em Goiânia, Paulo Garcia, e em Niterói (RJ), Rodrigo Neves. Ainda ocorreu, na quarta, no Palácio do Planalto, a 14ª Reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). Durante o evento, os ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, fizeram um balanço do primeiro ano do Plano Brasil Maior. Segundo Pimentel, as medidas adotadas foram importantes no enfrentamento da crise internacional. “O plano não é voltado para o enfrentamento da crise, é muito mais do que isso. É um plano de desenvolvimento do país, de inovação, de recuperação da competitividade da nossa indústria, mas teve um efeito muito positivo nesse enfrentamento da crise internacional. As medidas até agora adotadas e anunciadas têm um impacto muito positivo sobre o desempenho da economia brasileira”, afirmou.
FONTE:   http://blog.planalto.gov.br/destaques-da-semana-acoes-de-enfrentamento-a-estiagem-e-encontro-com-prefeitos/

domingo, 4 de novembro de 2012

Murar o Medo, por Mia Couto


by Maria Ivonilda
Nesses tempos em que nós somos demasiado envolvidos pelo espírito de uma época, nos familiarizamos com manifestações que, de certa maneira, visam limitar a expressão da liberdade, embora nem sempre estejamos conscientes disso. Isso se deve muito ao fato de que, via de regra, concebemos a história a partir de uma perspectiva linear. E fazemos a distinção entre os fatos de tal modo que passamos a atribuir valor a dimensões da história, em muitos casos, passamos a escolher o nosso “lado” da história, como se essa definição fosse suficiente para dar conta do seu caráter polissêmico. Gosto dessas palavras do Isaiah Berlin em seu livro O sentido de realidade, ao meu ver, elas expressam bem a necessidade de se considerar os critérios dos quais partimos para avaliar os fatos: “Nós não começamos nos situando em algum ponto arquimediano fora do mundo, de onde escolhemos este ou aquele ideal ou desejo, como objetivos em um supermercado; nascemos, como disse Aristóteles, em um mundo e uma sociedade; vemo-nos comprometidos com eles pelo modo que agimos normalmente, pelo fato de sermos o que somos, e estarmos onde e quando estamos (e nossas sociedades); ao tomarmos consciência disso, percebemos as contradições existentes entre os fatos e nossas noções ou fantasias, ou entre os nossos ideais, ou entre fins e meios adotados para servi-los; e podemos – e nisto consiste ser racional – tentar superá-los por meio de uma compreensão mais plena dos fatos.” Na verdade, eu gostaria mesmo é de compartilhar esse texto (melhor ainda ver o vídeo) do Mia Couto. Trata de um desses critérios que seguimos e que nos leva a uma concepção um tanto carente de auto-reflexão. Aprecio o texto especialmente pelo fato de ele deixar em aberto a discussão, afinal, como o texto mesmo sugere, não é apenas o medo em seu caráter, por assim dizer, nu e cru que aprisiona, que silencia, mas o medo também legitimado através das formas de vida em comunidade e seus padrões de crenças e ação. Enfim, o texto e o vídeo:
 Murar o medo, por Mia Couto
 O medo foi um dos meus primeiros mestres. Antes de ganhar confiança em celestiais criaturas, aprendi a temer monstros, fantasmas e demónios. Os anjos, quando chegaram, já era para me guardarem, servindo como agentes da segurança privada das almas. Nem sempre os que me protegiam sabiam da diferença entre sentimento e realidade. Isso acontecia, por exemplo, quando me ensinavam a recear os desconhecidos. Na realidade, a maior parte da violência contra as crianças sempre foi praticada não por estranhos, mas por parentes e conhecidos. Os fantasmas que serviam na minha infância reproduziam esse velho engano de que estamos mais seguros em ambientes que reconhecemos. Os meus anjos da guarda tinham a ingenuidade de acreditar que eu estaria mais protegido apenas por não me aventurar para além da fronteira da minha língua, da minha cultura, do meu território.
 O medo foi, afinal, o mestre que mais me fez desaprender. Quando deixei a minha casa natal, uma invisível mão roubava-me a coragem de viver e a audácia de ser eu mesmo. No horizonte vislumbravam-se mais muros do que estradas. Nessa altura, algo me sugeria o seguinte: que há neste mundo mais medo de coisas más do que coisas más propriamente ditas.
 No Moçambique colonial em que nasci e cresci, a narrativa do medo tinha um invejável casting internacional: os chineses que comiam crianças, os chamados terroristas que lutavam pela independência do país, e um ateu barbudo com um nome alemão. Esses fantasmas tiveram o fim de todos os fantasmas: morreram quando morreu o medo. Os chineses abriram restaurantes junto à nossa porta, os ditos terroristas são governantes respeitáveis e Karl Marx, o ateu barbudo, é um simpático avô que não deixou descendência.
 O preço dessa construção [narrativa] de terror foi, no entanto, trágico para o continente africano.
Em nome da luta contra o comunismo cometeram-se as mais indizíveis barbaridades. Em nome da segurança mundial foram colocados e conservados no Poder alguns dos ditadores mais sanguinários de que há memória. A mais grave herança dessa longa intervenção externa é a facilidade com que as elites africanas continuam a culpar os outros pelos seus próprios fracassos.
 A Guerra-Fria esfriou mas o maniqueísmo que a sustinha não desarmou, inventando rapidamente outras geografias do medo, a Oriente e a Ocidente. E porque se trata de novas entidades demoníacas não bastam os seculares meios de governação… Precisamos de intervenção com legitimidade divina… O que era ideologia passou a ser crença, o que era política tornou-se religião, o que era religião passou a ser estratégia de poder.
 Para fabricar armas é preciso fabricar inimigos. Para produzir inimigos é imperioso sustentar fantasmas. A manutenção desse alvoroço requer um dispendioso aparato e um batalhão de especialistas que, em segredo, tomam decisões em nosso nome. Eis o que nos dizem: para superarmos as ameaças domésticas precisamos de mais polícia, mais prisões, mais segurança privada e menos privacidade.
 Para enfrentar as ameaças globais precisamos de mais exércitos, mais serviços secretos e a suspensão temporária da nossa cidadania. Todos sabemos que o caminho verdadeiro tem que ser outro. Todos sabemos que esse outro caminho começaria pelo desejo de conhecermos melhor esses que, de um e do outro lado, aprendemos a chamar de “eles”. Aos adversários políticos e militares, juntam-se agora o clima, a demografia e as epidemias.
O sentimento que se criou é o seguinte: a realidade é perigosa, a natureza é traiçoeira e a humanidade é imprevisível.
Vivemos – como cidadãos e como espécie – em permanente situação de emergência. Como em qualquer estado de sítio, as liberdades individuais devem ser contidas, a privacidade pode ser invadida e a racionalidade deve ser suspensa.
 Todas estas restrições servem para que não sejam feitas perguntas [incomodas] como, por exemplo, estas: porque motivo a crise financeira não atingiu a indústria de armamento? Porque motivo se gastou, apenas o ano passado, um trilião e meio de dólares com armamento militar? Porque razão os que hoje tentam proteger os civis na Líbia são exatamente os que mais armas venderam ao regime do coronel Kadaffi? Porque motivo se realizam mais seminários sobre segurança do que sobre justiça? Se queremos resolver (e não apenas discutir) a segurança mundial – teremos que enfrentar ameaças bem reais e urgentes.
Há uma arma de destruição massiva que está sendo usada todos os dias, em todo o mundo, sem que sejam precisos pretextos de guerra. Essa arma chama-se fome. Em pleno século 21, um em cada seis seres humanos passa fome. O custo para superar a fome mundial seria uma fracção muito pequena do que se gasta em armamento. A fome será, sem dúvida, a maior causa de insegurança do nosso tempo. Mencionarei ainda outra silenciada violência: em todo o mundo, uma em cada três mulheres foi ou será vítima de violência física ou sexual durante o seu tempo de vida… A verdade é que… pesa uma condenação antecipada pelo simples facto de serem mulheres.
 A nossa indignação, porém, é bem menor que o medo. Sem darmos conta, fomos convertidos em soldados de um exército sem nome, e como militares sem farda deixamos de questionar. Deixamos de fazer perguntas e de discutir razões. As questões de ética são esquecidas porque está provada a barbaridade dos outros. E porque estamos em guerra, não temos que fazer prova de coerência nem de ética nem de legalidade.
 É sintomático que a única construção humana que pode ser vista do espaço seja uma muralha. A chamada Grande Muralha foi erguida para proteger a China das guerras e das invasões. A Muralha não evitou conflitos nem parou os invasores. Possivelmente, morreram mais chineses construindo a Muralha do que vítimas das invasões do Norte. Diz-se que alguns dos trabalhadores que morreram foram emparedados na sua própria construção. Esses corpos convertidos em muro e pedra são uma metáfora de quanto o medo nos pode aprisionar. Há muros que separam nações, há muros que dividem pobres e ricos. Mas não há hoje no mundo muro que separe os que têm medo dos que não têm medo.
Sob as mesmas nuvens cinzentas vivemos todos nós, do sul e do norte, do ocidente e do oriente… Citarei Eduardo Galeano acerca disso que é o medo global:
 “Os que trabalham têm medo de perder o trabalho. Os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho.
Quem não têm medo da fome, têm medo da comida. Os civis têm medo dos militares, os militares têm medo da falta de armas, as armas têm medo da falta de guerras.”
 E, se calhar, acrescento agora eu, há quem tenha medo que o medo acabe.
FONTE: http://ademonista.wordpress.com/2011/11/20/murar-o-medo-por-mia-couto/

Mandamentos libertadores



 Os dez mandamentos não são uma lista de ordens a serem seguidas a fim de alcançarmos o favor de Deus “Vistes que o Senhor, vosso Deus, vos levou, como um homem leva a seu filho ...” (Deuteronômio 1:31). Ver também: (Levítico 26:3-13). Existe uma piada em que Deus convoca a humanidade para o julgamento final. “O anjo Gabriel lerá todos os dez mandamentos, um por um”, Ele anuncia; “Aqueles que desobedeceram a algum deles, será lançado à escuridão eterna”. Depois de lido o primeiro mandamento, muitos são expulsos da presença de Deus. O mesmo acontece quando o anjo lê o segundo, o terceiro, e assim por diante até que chegue ao oitavo. A essa altura, apenas um punhado de pessoas com expressões duras e ar arrogante permanece ali. Deus então imagina como seria passar a eternidade com essa gente séria e sem alegria, e grita para os que estavam se retirando: “Voltem aqui! Eu mudei de ideia!”
 Os dez mandamentos são vistos muitas vezes como uma lista de exigências árduas que uma divindade faz questão de que sejam cumpridas antes de abençoar seu povo. Mas isso não é verdade. Deus já havia demonstrado que amava a Israel incondicionalmente. Eles já estavam sem esperanças quando Deus os salvou de sua perdição, concedendo-lhes um novo começo. Os dez mandamentos não são uma lista de ordens a serem seguidas a fim de alcançarmos o favor de Deus. Ao contrário, eles são Deus dizendo: “Eu amo vocês, e já provei isso. Portanto, confiem em mim. Cumpram esses mandamentos, pois é bom para vocês que façam assim, e porque ao cumpri-los, vocês mostram ao mundo quem Eu sou – um Deus de amor e misericórdia, e não de condenação e vingança”. Que o Senhor nos ajude a experimentar a liberdade de viver dentro dos limites de Seus preceitos.
 Traduzido por Julia Ramalho
MODIFICADO DE: http://josiel-dias.blogspot.com.br/2012/09/mandamentos-libertadores.html

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