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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Foster defende atrelar preço de combustível à especulação externa

A Petrobrás teve um prejuízo R$ 1,346 bilhão no segundo trimestre, o primeiro resultado negativo em 13 anos, fechando no acumulado de janeiro a junho com um lucro líquido de R$ 7,868 bilhões, um resultado 64% inferior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Em nota, a companhia atribuiu os resultados à depreciação cambial (tanto no fechamento do semestre como na cotação média do período, o real chegou a cair 11%), crescimento das importações de derivados e aumento das despesas extraordinárias com baixas de poços secos. “O resultado operacional também foi influenciado pelo câmbio e, em consequência, os custos dos produtos comercializados não beneficiou da redução de 9% na cotação média do petróleo em relação ao trimestre anterior, pois o impacto da variação cambial resultou em aumento de apenas 1% no valor do óleo em real”, diz o comunicado da estatal. A empresa informou que “a produção de petróleo no Brasil diminuiu 1% no semestre e 5% em relação ao primeiro trimestre de 2012, devido à realização de paradas para manutenção” na Bacia de Campos. Os números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) sobre a balança comercial registram no primeiro semestre um total de US$ 1,575 bilhão em importação de gasolina, resultado 373,20% acima do verificado no mesmo período do ano passado, chegando à décima posição na pauta de importações. Já a importação de óleos combustíveis (óleo diesel,”fuel-oil” etc.) somou US$ 3,747 bilhões, montante 32,42% no mesmo intervalo de 2011, alcançando o terceiro lugar na pauta das compras externas. Ante o resultado desfavorável no segundo trimestre, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, voltou a defender o aumento do preço dos combustíveis, acompanhando os preços internacionais. Segundo ela, desde que assumiu a direção da companhia tem enfatizado o “comprometimento com a paridade internacional de preços”. “Conversamos sobre o reajustamento de preços, sim, na busca de 100% da paridade”. Em 25 de junho último, o diesel foi reajustado em 3,94% e a gasolina, em 7,83%. Em 16 de julho, o diesel teve um novo aumento, de 6%. Mas a sra. Foster ainda considera esses aumentos insatisfatórios e argumentou sobre a necessidade de atrelar os preços internos aos preços externos, ou seja, pretende atrelar os preços dos combustíveis no Brasil à especulação internacional. Mas a questão essencial para o Brasil, neste momento, não é a estatal ficar atrelada à política dos monopólios transnacionais – até porque não foi para isso que ela foi criada -, mas de ampliar sua capacidade de refino. VALDO ALBUQUERQUE
FONTE: http://www.horadopovo.com.br/

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